As duas administrações do
ex-presidente Lula (PT) foram aprovadas pela maioria dos brasileiros, porém no estado,
como já sabemos, a história é outra. Caso Lula dependesse somente do Espírito
Santo para eleger Dilma Rousseff (PT), com base em seu prestígio, o tucano José
Serra estaria dando as coordenadas no país.
Nas eleições de 2010, até mesmo o
então candidato ao governo do Estado, Renato Casagrande (PSB), único palanque
de Dilma em terras capixabas, teve de afirmar que há um passivo histórico do
governo federal com o estado.
A verdade é que as ações da União
ainda não são consideráveis, portanto possivelmente insuficientes para mudar a
opinião dos eleitores capixabas. Sem contar com a série de alterações tributárias
que agridem diretamente os cofres do Estado, deixando os municípios à míngua.
Enquanto os prefeitos chegaram a
pensar em entregar as chaves das prefeituras à presidente Dilma, a bancada capixaba
em Brasília sofre com a não liberação das emendas parlamentares.
Para se ter uma ideia da dimensão
do dinheiro retido, somente o deputado Camilo Cola (PMDB) tem em poder do
governo R$ 20 milhões já carimbados para, também, beneficiar os hospitais de
Cachoeiro.
Por conta disso, por todo o estado quem não está
chamando o prefeito de “irresponsável” ou suspeitando de falcatruas, está
taxando os parlamentares de inoperantes, incapazes, até mesmo, de elaborar
emendas. E as chances de reeleição vão a caminho do ralo.
Ao que parece o discurso para ser
oposição ao PT nacional nas eleições do próximo ano aqui no estado é vantajoso.
Neste ponto de vista, ser palanque de Eduardo Campos (PSB) ou de Marina Silva (Rede)
seria menos desgastante.
Então, qual a vantagem de ser o
palanque de Dilma no Espírito Santo, a não ser a estrutura financeira para uma
campanha de alto nível?
Se assim o for, o dinheiro está
sendo a garantia para qualquer cabeça de chapa ter um petista a reboque, já que
o partido não tem nomes com capital político suficiente para disputar o
governo.
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