quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Rodrigo é prioridade para o governo


A eleição de Rodrigo Coelho à Assembleia Legislativa é uma questão de sobrevivência do PT em Cachoeiro. A sua vitória pode contribuir até mesmo para a melhoria da imagem do governo, pois mostrará que o prefeito Carlos Casteglione teve força para eleger um deputado, embora não seja a verdade absoluta.

Digo isso porque com o Orçamento Participativo (OP), Rodrigo Coelho conquistou moradores e lideranças que, após sua candidatura, tornaram-se seus eleitores. E desconsiderando a militância petista, não é todo mundo que votou em Casteglione para deputado estadual que também votará em Rodrigo. Muito menos a legião que está insatisfeita com o prefeito.

Sem contar também que o Orçamento Participativo teve a participação popular triplicada neste ano, quando Rodrigo já tinha se desincompatibilizado do governo para ser candidato. E ainda deve ser levada em conta a indignação de cidadãos com a marcha lenta das obras do OP. Se há mais público hoje no citado programa, não há a celeridade e a habilidade com que Rodrigo o conduzia.

Rodrigo Coelho está muito bem cotado nos municípios do Caparaó, liderando, principalmente, em Bom Jesus do Norte. Em Cachoeiro, maior colégio eleitoral do sul, ele disputa a terceira colocação com os vereadores Marcos Mansur (PSDB) e Alexandre Bastos (PSB), que também disputam vaga na Assembleia. À frente, estão Theodorico Ferraço (DEM) e Glauber Coelho (PR).

O governo Casteglione precisa da vitória de Rodrigo por questões políticas e administrativas. Política pela a sensação de força que repassará à administração petista e o nascimento da possibilidade dele reverter o quadro e chegar resistente em 2012.

A importância administrativa é o por causa do quadro político que se formará. Na Assembleia, estão muito bem cotados para se eleger Ferraço e Glauber, ambos são opositores ao governo Casteglione. Ou seja, mesmo elegendo mais um do sul, certamente as verbas de emendas parlamentares passarão longe dos cofres da prefeitura.

Na Câmara dos Deputados, Camilo Cola (PMDB) já anunciou que repassará os recursos direto aos hospitais do município e não mais para a prefeitura, que não utilizou as emendas destinadas pelo peemedebista. Tudo isso erradica o prestígio de um prefeito, pois dá a impressão de que ele não sabe utilizar os recursos; isso se a população não pensar mais coisas. É como, por exemplo, não deixar remédios, solventes ou objetos ponteagudos ao alcance de crianças.

E o pior: a deputado federal Iriny Lopes (PT) corre o sério risco de não se eleger. Uma vertente do PT, principalmente de Colatina, decidiu apoiar o candidato do governador Paulo Hartung (PMDB), o deputado Lelo Coimbra (PMDB). Outra remessa petista, um pouco menor, pede votos para Guilherme Lacerda (PT).

Por dois anos, na área legislativa, caso Rodrigo não se eleja, Casteglione vai contar somente (e olhe lá) com o apoio da senadora (suplente) Ana Rita Esgario, que tem a Grande Vitória como reduto eleitoral, e do deputado estadual (caso for reeleito) Claudio Vereza (PT). De outros partidos, é claro que o prefeito pode conseguir algo, mas vai ter que chegar com o pires na mão e entrar na fila. Magno Malta (PR), nem pensar; Ricardo Ferraço (PMDB), quem sabe.

Diante do novo governo do Estado, com Renato Casagrande (PSB) governador e Givaldo Vieira (PT) vice – se o resultado for o que dizem as pesquisas -, Casteglione tem que correr agora, antes da definição do Orçamento 2011 que é elaborado ainda por Hartung.

Com um petista na vice-governadoria, o prefeito de Cachoeiro pode utilizá-lo como porta de entrada para conseguir os recursos que precisa. Porém, a confecção do Orçamento 2012, esse feito por Casagrande, pode não ter tudo aquilo que se espera por aqui, considerando um possível interesse do PSB ter pretensões para 2012. Afinal, se Rodrigo disputa a terceira colocação no ranking de votos com Alexandre Bastos, é sinal que o socialista também sairá cacifado para as eleições municipais.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Desespero ou denúncia fundamentada?


Durante a sessão ordinária da Câmara de Cachoeiro, nesta terça (28), o vereador Tenente Moulon (PV) levantou suspeita de desvio de recursos públicos na prefeitura local em benefício da candidatura de Rodrigo Coelho (PT), que tem o apoio do prefeito Carlos Casteglione (PT). E também revelou que foi coagido a desistir de sua candidatura a deputado estadual, ainda antes da conclusão das coligações, para apoiar Rodrigo, que concorre ao mesmo cargo.

Sobre o desvio de verbas públicas, Moulon utilizou em seu discurso o recente escândalo da operação da Polícia Federal, chamada de Moeda de Troca. Ele insinuou que a empresa Impacto, que teve seus donos presos pela PF, teriam recheado um suposto Caixa 2 da campanha do petista.

Obviamente, prefeitura e Rodrigo Coelho negaram tal denúncia. Até mesmo o presidente do diretório municipal do PV, Valdir Fraga, afirmou que desconhece o assunto. Sobre o Caixa 2, é preciso uma averiguação a fundo, já que é uma acusação de extrema gravidade.

Agora, a coação que o vereador do PV diz ter sofrido é que não dá para entender. Lembro-me muito bem que houve uma tentativa de puxar o ex-vereador Fábio Mendes Glória (PMDB) para a Câmara. Para isso acontecer, um vereador pevista teria que ocupar uma secretaria. Tentaram Julio Ferrari, que recusou o convite. Moulon também diz ter recebido o convite, porém em forma de coação e como moeda de troca para abandonar a ideia de tentar vaga na Assembleia Legislativa.

Pois bem. Lá se vão três meses. Por que o vereador Moulon não fez essa denúncia na época? Será que sofreu alguma ameaça para não falar? Será que estudava a proposta? Ou agora ele resolveu gritar porque se vê em péssima situação eleitoral e decidiu atrapalhar Rodrigo? Ele tem provas diante da séria denúncia de Caixa 2 ou quer fazer barulho? Se ele suspeitava há mais tempo, por que não cumpriu com o seu papel de fiscalizador do executivo? Por que foi conivente com aquilo que denuncia agora?

Também vejo que se há suspeita é mais que necessário existir também a investigação. O que soa eleitoreiro são as denúncias que sempre surgem na reta final de quaisquer eleições. A partir disso, acredito que tem duas épocas na qual as pessoas deveriam perpetuar o comportamento que só tem no período: Natal, onde todos são solidários; e campanha eleitoral, onde todos são contra tudo que é errado e favoráveis às soluções, além de metralharem denúncias para todos os lados (até de olhos fechados).

Roupa suja


A lavagem de roupa suja entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) no debate da Record no domingo (26) foi, no mínimo, horripilante. Apesar de ter sido uma boa resposta para Dilma, o presidente Lula deve ter chegado próximo ao infarto naquele dia.

Marina perguntou à petista quais foram as medidas que ela tomou ao saber que sua sucessora na Casa Civil – a Erenice - foi derrubada após a denúncia de tráfico de influência. Dilma respondeu que a mesma atitude que Marina adotou quando foi ministra de Meio Ambiente, em meio à denúncia de compra de madeira ilegal dentro do Ministério, por pessoas que ocupavam cargo de chefia.

Fico imaginando se houvesse mais candidatos que foram ministros de Lula: um atacando a gestão do outro, em suas respectivas pastas, e mostrando as víceras do governo. Seria a maior prestação de contas de todos os tempos, como nunca antes visto na história brasileira. Lula, que já teme este final de eleição, teria sérios problemas para administrar sua popularidade.

Serra: o laranja de Marina

Na semana passada, li uma frase engraçada - e verdadeira - no Twitter sobre as eleições presidenciáveis. Dizia que Marina Silva (PV), diferentemente da onda verde, provocava a ‘onda laranja’, já que votando nela quem irá para o 2º turno das eleições é o candidato José Serra (PSDB).

E é verdade. Algumas pesquisas apontam que a queda de 5% da petista Dilma Rousseff teve como principal beneficiária a candidata do partido verde. A possibilidade de Marina crescer ainda mais nas pesquisas de intenção de voto é grande. Porém, imagino que o teto para ela seja os 15%, ou seja, índice insuficiente para disputar a outra etapa somente com a Dilma.

Por conta dessa realidade, são muitos os tucanos que pintaram suas penas de verde. Pois sabem que somente poderão chegar ao 2º turno através de Marina Silva. Serra não apresenta propostas que vão de encontro às já mostradas pelo PT, não tem nada reluzente, até mesmo sua promessa de aumentar o salário mínimo para R$ 600,00 não surtiu o efeito esperado.

A única manifestação de Serra que serviu para atingir Dilma foi a denúncia de tráfico de influência na Casa Civil. Sem dúvida, a acusação – que ele diz que foi a imprensa que fez e não ele, apesar de a imprensa citada ser de sua fauna – abriu uma leve ferida na candidatura petista. Fora isso, os votos de Serra só existem mesmo para impedir a definição destas eleições no 1º turno. Se Marina contribuir, a vitória petista só será adiada, feliz ou infelizmente.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Debate entre presidenciáveis tem baixa audiência


A audiência da Tv Record, durante o debate entre os presidenciáveis, que ocorreu na noite de domingo (26), foi muito baixa. A emissora conseguiu ocupar a segunda colocação no ranking apenas nos primeiros 30 minutos, ainda assim com larga distância da Globo. Depois, amargou o quarto lugar, ficando atrás também da Rede Tv e SBT.

Geralmente, os telespectadores gostam de debates mais acirrados, com confrontos entre os candidatos. Somente Plínio Arruda (Psol) estava com esse espírito e, por isso, proporcionou os momentos mais hilários e irônicos do debate.

Plínio rotulou Marina Silva (PV) de eco-capitalista e disse que ela fugia das questões mais polêmicas, utilizando a ideia de plebiscito para resolvê-las. Chamou Dilma Rousseff (PT) de uma “invenção da cabeça de Lula” e que ela saiu da esquerda – quando era ligada ao saudoso Leonel Brizola – para entrar agora para a direita: atual PT.

Não ficou barato para José Serra (PSDB) também. Plínio mirou o grande analfabetismo que há em São Paulo, estado governado pelo tucano. Serra informou que fez reformas na educação e revelou que chegou a dar aulas nas escolas locais. Sacártisco, Plínio suspeitou da eficiência do professor Serra, alegando que o analfabetismo continua.

Devido à baixa audiência, o debate da Record serviu mesmo como preparação para o da Globo. Com isso, os candidatos passam a ter um modelo para realizar mudanças decisivas. Dilma aprender a ser firme com as palavras e não soletrar as frases. Marina polarizar com Dilma e tratar Serra como caso perdido, símbolo de um passado descartado. Serra aprender a mostrar que está no debate e deixar claro qual é a posição que ele ocupa nesta eleição, já que ninguém sabe em que lado ele está. Já Plínio pode continuar sendo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Agora não serve


Como já disse aqui, é inegável o preparo e a competência do candidato ao governo Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB). Mas, a sua recente estratégia política de criticar o adversário Renato Casagrande (PSB) beira à incoerência.

Luiz Paulo ataca na televisão a participação de Casagrande no governo Vitor Buaiz (PT), considerado um dos menos eficientes da história capixaba. E deposita essa mazela na conta do socialista para sustentar que ele não será um bom governador para a população local.

No entanto, talvez o tucano se esqueça que durante as conversas para fechamento das coligações partidárias, ainda antes da histórica reviravolta política, ele convidou Casagrande para ser o seu vice nestas eleições.

Pois bem: para compor uma chapa com ele, Casagrande servia por ter seus atributos; como o socialista incorporou a chapa governista e se tornou seu adversário, agora ele não serve mais e as suas qualidades de outrora se perderam na recente admiração que Luiz Paulo tornou pública. Vai entender...

Crédito: arquivo Século Diário

Concurso da Câmara reserva 5% das vagas para deficientes


O concurso público da Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim reserva 5% das vagas oferecidas para cada cardo para pessoas portadoras de necessidades especiais. A empresa responsável é a Gualimp, de Guaçuí, e as provas devem acontecer até o mês de novembro.

Segundo consta no Diário Oficial, na hipótese de aplicação do percentual resultar número fracionado (igual ou superior a 0,5 (cinco décimos), a fração será arredondada para 1 (uma) vaga. Se inferior a 0,5 (cinco décimos) será considerada nas nomeações posteriores, esclarecendo-se tal circunstância por ocasião da ocorrência do evento.

Não havendo candidatos aprovados para as vagas reservadas aos portadores de defi ciência, estas serão preenchidas pelos demais concursados, com estrita observância da ordem classificatória.



quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Nem o demônio esperava por tanto


Após ouvirmos Paulo Maluf sempre negar que uma conta ou outra no exterior não era dele, assim como assinaturas em documentos comprometedores; a moda agora é dizer que é vítima do demônio ou de alguma ratoeira armada por ele.

O deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM), recentemente, ao ver seu filho Ricardo Ferraço (PMDB) perder o posto para Renato Casagrande (PSB) na disputa ao governo, disse que a alteração foi uma decisão demoníaca.

Meses antes, Ferraço esteve na Câmara Municipal de Cachoeiro para depor na CEI do ‘Elefante Branco’ e lá falou que no referido município havia três demônios. Porém, não os identificou. A citada CEI investigava possíveis irregularidades na construção de um prédio, onde seria um Hospital Materno Infantil. O imóvel, construído por Ferraço quando ele foi prefeito, foi inaugurado antes de ser finalizado; e nunca funcionou o nosocômio.

Com a política sofrendo fortes influências da igreja, vê-se que os discursos de alguns políticos já foram influenciados pelas oratórias de umas lideranças religiosas que falam mais a palavra diabo do que Deus.

O último político a mencionar o chifrudo foi a deputada estadual Aparecida Denadai. A Polícia Federal divulgou conversa telefônica onde Aparecida é citada como recebedora de propina do esquema que fraudava licitações em benefício de empresas. Inclusive, a chefe de seu gabinete é da família dos supostos integrantes da quadrilha.

Veja parte da conversa telefônica: "Se Aparecida falar qualquer coisa, você pega meu carro. Pega meu carro para pagar a propina dela. Vou dar uma ligada pra ela (a deputada), se não vai ficar o final de semana todo reclamando", ordenou Aldo Prudêncio, empresário que foi preso na operação Moeda de Troca.

Ao saber que parte dessa lama atingiu seu nome, a deputada Aparecida chorou e recorreu ao chefe do inferno. "O que interessava era achincalhar a honra da deputada a 10 dias das eleições. Todo mundo sabe que estou bem nas pesquisas. Quero que minha vida, meu patrimônio e minhas contas de campanha sejam vasculhadas, de ponta a cabeça. Estou sendo vítima de uma armadilha demoníaca".

Que a sua vida, patrimônio e contas serão vasculhadas não resta dúvida, ela não precisa se preocupar com isso. Agora, quem deve estar encafifado é o demônio. Acusado de tentar desviar a conduta de Jesus, durante sua passagem na terra, e de ser o responsável por todas as desgraças neste planeta, mesmo sem provas jurídicas, certamente ele não esperava que também seria a válvula de escape para as negociatas políticas. Pobre diabo.

Em tempo:
 
A deputada Aparecida Denadai (PDT) foi eleita como uma promessa de oposição ao governo Hartung. Até hoje, não se sabe porque, ela se tornou mais uma fraterna aliada, abandonando todo o seu discurso ferrenho e emotivo que garantiu a sua vitória nas urnas em 2006.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Desafios políticos de Casagrande


Considerando a vitória de Renato Casagrande PSB), baseado na ampla vantagem que tem diante de seu adversário na disputa pelo governo estadual, é certo saber que ele terá grandes desafios políticos pela frente. A primeira será com o conglomerado de partidos que compõe a sua coligação – 15 -, depois com a Assembleia Legislativa, com os pontos fracos do governo Hartung e também com tudo que é positivo na atual gestão.

A primeira dificuldade a ser encontrada por Casagrande será com a sua própria caneta e o Diário Oficial. Não será tarefa simples acomodar integrantes dos 15 partidos no governo. Embora ele diga que não tenha compromisso com os partidos na composição de sua possível equipe de governo, pode ter certeza que as siglas já se encontram no direito de participar efetivamente da administração.

E esse será um problema que pode gerar grande desgaste ainda no início de seu governo, caso seja eleito neste outubro. É importante considerar que todos os partidos de sua coligação não apoiam Casagrande por acreditar em seu projeto e suas propostas, afinal eles já estavam ali apoiando o nome de Ricardo Ferraço (PMDB) para o governo; o socialista chegou depois. O grupo político é do governador Paulo Hartung (PMDB).

Mesmo tendo lutado sozinho para manter sua pré-candidatura e ter chegado ao posto que ocupa hoje por perseverança, será difícil Casagrande ter independência na montagem de sua equipe. Com o espólio político herdado, ele não vai querer arruinar o grupo e fazer inúmeros inimigos, sendo que pode, um dia, ser o novo mentor desse agrupamento.

Resumindo: se Casagrande não atender às vontades das siglas que estão hoje em sua coligação ele terá dificuldades para governar; caso atenda, terá dificuldades para acomodar a todos. Será uma administração paralela para satisfazer uma demanda realmente exigente.

Uma possível insatisfação desse grupo refletirá na Assembleia Legislativa, sem contar nos adversários de peso que ele terá na Casa de Leis, tais como Theodorico Ferraço (DEM) e Max Mauro (PTB). São políticos que fazem oposição com a facilidade que Lampião caminhava pela mata escura para fazer as suas vítimas.

Outro ponto é a sombra do governo Hartung que sempre acompanhará a gestão de Casagrande. Como nesta campanha ele ‘pegou para si’ as realizações do governador, cairá sobre ele o que há de negativo nesta administração, como as mazelas nas áreas de Saúde e Segurança. Como a pressão pode ser grande, o trabalho deverá ser focado para resultados a curto prazo. Isso se a sua administração não for completamente marcada por essas exigências.

Do outro lado, o que está bom terá que ficar, no mínimo, melhor. O seu discurso de ‘casa arrumada’ o compromete a fazer um governo impecável. Qualquer imprevisto se transformará em incompetência e, automaticamente, Casagrande alimentará uma saudade coletiva de Hartung e uma ansiedade geral para o término de sua gestão. Enfim, governar não será tão fácil como está sendo se tornar governador.

Prefeitura adquire emulsão asfáltica


A prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim acaba de adquir R$ 123,5 mil em emulsão asfáltica. Este produto serve para a produção de asfalto. A empresa que forneceu o produto é a Centro Oeste Asfaltos Ltda. Algums demandas relacionadas ao Orçamento Participativo devem ser atendidas a partir dessa aquisição.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Só para saber

Área para biblioteca já é de utilidade pública


A prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim declarou de utilidade pública, para fins de desapropriação, um terreno na rua 25 de março, nº 151, no Centro. A área mede 885,90 m². No local, deve ser erguida a Biblioteca Pública Municipal.

A obra terá a participação efetiva da Câmara Municipal, que destinará aos cofres públicos a quantia superior a R$ 1 milhão oriunda de economia. O decreto que declara o terreno de utilidade pública entrou em vigor no dia 14 deste setembro. Sem dúvida, será o símbolo do enriquecimento cultural e educacional do município.


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Servidores da Secretaria de Obras padronizados

A prefeitura de Cachoeiro forneceu uniformes para os servidores da Secretaria de Obras. O objetivo, segundo a administração, é garantir melhor apresentação das equipes, a segurança do sistema e a melhoria da autoestima dos profissionais.

Com a nova medida, fica proibida a entrada de funcionários nas imediações do Centro de Manutenção Urbana (CMU) sem o uniforme. Quem descumprir fica passível a advertência de seu superior hierárquico. O investimento é de R$ 750,00.

Concurso é a cruz de David Loss


A adequação de cargos comissionados perante à lei e a realização de concurso público são obrigações do poder público. O Ministério Público recomenda o cumprimento da legislação em todo o Brasil, e em Cachoeiro não é diferente. O que acontece é que nem todo agente político quer perder a ‘mamata’ de poder empregar seus cabos eleitorais ou futuros eleitores.

A rejeição que o presidente da Câmara Municipal, David Loss (PDT), tem na Casa é estreitamente associada à viabilidade do concurso público. Há vereadores que não querem perder seus cargos e chegam a justificar, sem pudor, que concurso impede a evolução do serviço público; como se somente profissionais despreparados fossem conseguir a aprovação no certame.

E há parlamentares que não se opõem somente ao concurso da Câmara, mas também ao da prefeitura. Quando o prefeito Carlos Casteglione (PT) foi ao legislativo municipal se explicar sobre a determinação da justiça de exonerar quase 300 servidores comissionados, certamente ele já imaginava que teria o apoio da maioria. Afinal, no cabide do Palácio Bernardino Monteiro tinha empregados com o carimbo de vereadores.

O apoio obtido por Casteglione foi surreal, se séria fosse tratada a Constituição. Aliás, o documento que rege juridicamente o país foi rasgado numa encenação deplorável, onde gregos e troianos se uniram para formar uma nuvem de maldade sobre o Ministério Público, quando na verdade a situação era fruto de desleixo e irresponsabilidade com a coisa pública, a qual querem ter a autoridade perpétua de manipular livremente.

Depois de não reelegerem David, querem agora desmoraliza-lo utilizando contra ele a atitude correta. Uma inimaginável inversão de valores. Alegam que não houve transparência na condução da contratação da empresa que realizará o concurso, nem a devida publicidade entre os vereadores. Até onde eu acompanhei, todo o processo foi claro e divulgado (com exceção do investimento que é de R$ 170 mil). Caso um vereador não tenha participado da discussão, de repente faltou-lhe interesse.

O que me preocupa também é ver o presidente eleito, Júlio Ferrari (PV), alimentando o discurso opositor, dando a entender que pode obstruir o andamento do concurso, em nome de um amplo debate entre os edis. Fazendo isso, ele estará ceifando a oportunidade da população ingressar no serviço público e tomará para si o rigor da lei.

Resta a David se indignar. Soltar da garganta tudo o que preferiu engolir para manter a paz na câmara. O cheiro no ar é de guerra, e de forma covarde. O presidente precisa enxergar que é o seu nome e a sua biografia que tentam manchar. Caso ele levante e torne públicas as mazelas (se é que existem) locais, duvido que a sociedade cachoeirense fará oposição a David, mesmo que caia contra ele uma nuvem de munições. Será também uma defesa à ética na política cachoeirense. Não acredito que David quis entrar na vida pública para se calar diante de situações desastrosas.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Vídeo que bomba na internet


Este vídeo mostra o deputado estadual Theodorico Ferraço (PMDB) dando a sugestão para a criação de projeto que proíba o governo do Estado de destinar recursos a Cachoeiro de Itapemirim. A birra de Ferraço é a falta de movimentação para colocar em funcionamento o famoso Elefante Branco (Hospital Materno Infantil), construído por ele, mesmo sem ser a obra de competência do município.

O imóvel é totalmente contestado pela justiça, que, inclusive, bloqueou os bens de Ferraço, que é ex-prefeito de Cachoeiro, apontando irregularidades desde a licitação, aditivos e a estrutura do prédio. Sem contar que o hospital foi inaugurado antes mesmo de estar pronto. O ex-prefeito está revoltado por assistir o governador enviar recursos para a cidade e não 'se empenhar' no Elefante Branco, que é a sua bandeira de campanha.

Assista ao discurso lamentável daquele que deveria representar o sul e Cachoeiro na Assembleia Legislativa. Um ato de puro egoísmo e pirraça. Clique no linque.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Falta de comunicação finda apoio de Camilo


Não me restam dúvidas de que faltou habilidade do governo Casteglione para manter a parceria com o deputado Camilo Cola (PMDB). O parlamentar destinou mais de R$ 16 milhões de suas emendas para Cachoeiro e quase nada foi utilizado pela prefeitura.

O governo alega inúmeras dificuldades, falhas técnicas entre outros pontos que teriam gerado a demora para conseguir utilizar os recursos. Só que foi lento para anunciar os supostos problemas.

Ainda no ano passado, quando a insatisfação de Camilo Cola começava a ganhar corpo, o prefeito, já vivenciando os tais obstáculos, deveria informar ao deputado sobre em que pé estava a confecção dos projetos, se surgiram exigências por parte do governo federal fora do previsto, se algum documento necessitava de alterações. Ou seja, faltou informar, atualizar – dar a satisfação a quem empenhou milhões para o benefício da cidade.

Dessa forma, se realmente não foi a morosidade a culpada, prefeito e deputado estariam convictos de onde estava o problema. O ônus jamais ficaria com o governo Casteglione. Além de transparecer a Camilo todo o processo, a prefeitura também poderia ter noticiado a peripécia à população, por meio de sua Secretaria de Comunicação.

Como a administração petista se omitiu a dar satisfação, fica difícil agora acreditar em outra coisa a não ser lentidão ou má vontade política para utilizar os recursos das emendas de Camilo, mesmo que isso não seja verdade.

O fato da prefeitura ainda não ter conseguido transformar em obras os recursos destinados por Camilo, tem um custo muito alto para o deputado. Basta imaginar a cobrança que ele sofre pelos bairros de Cachoeiro (onde teve o maior volume de votos), nos mesmos locais por onde ele caminhou pedindo votos em 2006 e prometendo representar bem a cidade; tendo agora que amargar críticas e correr o risco de duvidarem de sua palavra por conta de um erro que não é dele.

Não só erra piamente quem duvida da insatisfação do deputado, como também carece de mínima sensibilidade política. Além de ter chamado o prefeito de tartaruga na última semana, durante comício-relâmpago no bairro Zumbi, o peemedebista reclamou a questão pessoalmente com Casteglione semanas antes.

E mais: para 2011, Camilo já anunciou que só irá empenhar verbas carimbadas aos hospitais, sinal claro que a prefeitura será ignorada e deixada de lado até mesmo nas solenidades nestes nosocômios, quando a cerimônia for motivada por apoio de Cola.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Limpeza pública é uma boa pauta para a Câmara


Há um fato curioso na licitação que a prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim prepara para a contratação de empresa que preste o serviço de limpeza pública. A assessoria do Palácio Bernardino Monteiro informou que não sabe se haverá ampliação ou redução dos trabalhos, mas sabe que deixará de pagar R$ 550 mil, por mês, para investir até R$ 1.453.688,33, o equivalente a R$ 17.444.199,00, por ano.

Com isso, corre o risco da população pagar quase três vezes mais por quantidade menor de serviço prestado. A explicação é de que haverá adequação dos atendimentos mediante à realidade atual do município.

Quem executa a limpeza pública atualmente é a CTRVV. Segundo a prefeitura, o contrato se encerra neste mês de setembro. A licitação ocorre no dia 30. A destinação do lixo, que hoje é transportado para o aterro sanitário da CTRVV, em Vila Velha, será decidida pela empresa vencedora da concorrência.

Dentro de suas atribuições, essa licitação deve ser acompanhada pelos vereadores cachoeirenses, para o conhecimento do currículo das empresas que irão participar. Até porque, uma contratação desse porte, que envolve R$ 17 milhões, não teve a devida publicidade da prefeitura. Entende-se que a administração só tornaria o assunto público depois da efetivação da empresa vencedora.

Reflexão

Por que será que a A Gazeta não contrata mais as pesquisas eleitorais do Instituto Futura?
Depois que os números da Futura foram contrariados, somente sai na publicação os levantamentos feitos pelo Ibope. Que coisa!

Movimento de implosão

Meses antes do período eleitoral, o senador Magno Malta (PR) dizia que não usaria a CPI da Pedofilia como bandeira política. Mas, jamais acreditaria nisso quem assistiu a novela da CPI do Narcotráfico.

Não há dúvida que o combate à pedofilia é de extrema importância no mundo inteiro. Acontece que para investigar e aplicar as penalidades cabíveis existem a Polícia Federal, o Ministério Público, o judiciário com a Vara da Criança e Adolescente e outros setores.

Ou seja, o trabalho da CPI no Senado é apenas um braço nesta luta em favor das crianças e não o agente principal. Da forma como é colocada, Magno Malta aparece com um semideus que veio à terra para prender os pedófilos, sem considerar o pecado de utilizar um tema delicado para conseguir se reeleger no Senado – exatamente como fez com o assunto narcotráfico.

As bases católicas já mostraram insatisfação com a campanha de Magno. Até hoje, a igreja não engoliu a forma como se deu a prisão de um monsenhor em Alagoas, tida como um show pirotécnico.

Agora, até mesmo representantes da igreja evangélica – principal eleitorado do senador, que é pastor - estão se opondo à campanha eleitoral pautada na pedofilia. Conforme publicado em A Gazeta, o coordenador de comunicação do Fórum Político Evangélico do Espírito Santo e presidente da Associação dos Pastores Evangélicos da Grande Vitória, Enoque de Castro, afirmou que Magno tem exagerado ao focar com privilégio o combate à pedofilia e ao narcotráfico.

"Eu acho que ele está usando excessivamente essa questão de pedofilia, assim como também levantou como bandeira a questão do narcotráfico na eleição passada. A assessoria dele deve achar que com isso estão alcançando algum sucesso e atingido objetivo. Acho que deve ter propostas mais voltadas pra questões sérias de nosso Estado. O trânsito na região metropolitana, por exemplo. Cabe ao Estado, senadores e deputados federais tentar intervir na resolução desse problema", disse.

Reeleição

Mesmo sem também concordar com a apelação da campanha de Magno Malta, vejo que a sua reeleição está consolidada, embora só as urnas possam confirmar. O senador terá de ter a destreza de administrar o que tem, se conseguir não há dúvida que será o candidato mais votado.

Agora, se a insatisfação da igreja se alastrar e atingir os milhares de fieis capixabas, vai ser difícil para Magno administrar a posição que ocupa atualmente. Ao que se vê, a água começou a entrar no barco do republicano; com a ausência de habilidade para retirar essa água, Magno pode perder o posto para Ricardo Ferraço (PMDB). No pior das hipóteses - que eu duvido -, para Rita Camata (PSDB).

Carta

Segue abaixo a carta assinada pelos religiosos D. Luiz Mancilha Vilela, Arcebispo de Vitória do Espírito Santo; D. Décio Sossai Zandonade, Bispo de Colatina; D. Zanoni Demettino Castro, Bispo de S. Mateus; Pe. Antonio Tatagiba Vimercat, Administrador diocesano de Cachoeiro de Itapemirim:


Nós, bispos da Província Eclesiástica do Espírito Santo, sentimos a necessidade de esclarecer os católicos e pessoas de boa vontade sobre o seguinte:


1. A Igreja não exerce política partidária, portanto, não indica partido ou candidato durante as campanhas políticas. Porém, a Igreja, em seu discurso e ação defende a política do bem comum e a construção da democracia. "A Igreja tem o dever de oferecer, por meio da purificação da razão e através da formação ética, a sua contribuição específica para que as exigências da justiça se tornem compreensíveis e politicamente realizáveis". "A Igreja não pode nem deve tomar nas suas próprias mãos a batalha política para realizar a sociedade mais justa possível [...]. Mas toca à Igreja, e profundamente, o empenhar-se pela justiça trabalhando para a abertura da inteligência e da vontade às exigências do bem" (Deus Caritas Est 27).

2. Recentemente, foi veiculado durante a propaganda eleitoral do candidato ao Senado, senador Magno Malta, o depoimento de um padre e de um bispo sobre atividades do candidato. Nós não concordamos com a veiculação de imagens de padres e bispos para apoiar um determinado candidato. Mais grave ainda, quando o padre e o bispo afirmam não terem autorizado o uso das imagens para fins eleitorais. Esta atitude fere o Princípio de Direito de Imagem resguardado pela Constituição.

3. Orientamos todos os católicos que se posicionem criticamente diante desta campanha que coloca o foco na CPI da pedofilia e na CPI do narcotráfico. Estes temas exigem nossa reflexão e atitude, mas não concordamos que a dor, a humilhação e o sofrimento das crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual e tráfico de drogas e de armas, sejam transformados em espetáculo para angariar votos.

Caríssimos padres, lideranças católicas e pessoas de boa vontade, mantenhamo-nos dentro de nossos direitos sem violar o direito do outro, mas não nos omitamos nos esclarecimentos que devem ser dados a quem precisa, de forma que o voto seja consciente e responsável. O voto é um compromisso. É uma procuração que cada um dá ao candidato em quem vota.

Não podemos ser coniventes com pessoas que não têm ética na política.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

PMDB libera Camata

O PMDB deu carta-branca ao senador Gerson Camata (PMDB) o deixando livre para apoiar sua esposa Rita Camata (PSDB), que é candidata ao Senado em coligação adversária. A liberação do partido pode caracterizar a existência da tão falada chapa clandestina, supostamente sustentada pelo governador Paulo Hartung (PMDB) para impedir a reeleição de Magno Malta (PR).

Adversário de Magno, Hartung tem como fiel escudeiro o atual presidente do PMDB, deputado Lelo Coimbra (foto). Inclusive, Lelo, que tenta a reeleição e também ser o mais votado, é o candidato do governador. Coimbra já foi vice-governador e secretário de Educação de Hartung.

Sobre o apoio público do senador à sua esposa Rita, o presidente Lelo Coimbra falou com exclusividade para o blog Em Off. “Essa manifestação está mais no campo afetivo que partidário, Moreira. A posição do PMDB é de deixá-lo liberado”, explicou Coimbra.

Neste pleito, o senador Gerson não tenta a reeleição e sua participação na vida pública se encerra no dia 31 de dezembro. Ele já foi governador do Espírito Santo e senador por três mandatos.

Missão quase impossível


Em uma escancarada infidelidade partidária, o senador Gerson Camata (PMDB) entra ‘de cabeça’ na campanha de sua esposa Rita Camata (PSDB), que disputa vaga ao Senado em coligação adversária ao do partido do marido. O senador já promovia reuniões com lideranças pelo estado e, agora, decidiu pedir voto para Rita também na televisão e rádio.

De acordo com a pesquisa Ibope/Gazeta publicada no sábado (11), Rita Camata caiu três pontos em relação ao levantamento feito em agosto e está a 28 pontos atrás do segundo colocado, que é Ricardo Ferraço (PMDB) – 52%.

Isso significa que Rita e Camata terão que convencer os 30% de eleitores indecisos a votarem na candidata tucana, caso queria se eleger. A missão é extremamente difícil, mas não é impossível. Quem lidera a corrida é Magno Malta com 59%.

A 6,6 pontos da marca de Hartung


O candidato ao governo Renato Casagrande (PSB) se aproxima cada vez mais da votação que o governador Paulo Hartung (PDB) teve em 2006 contra Sérgio Vidigal (PDT). Na época, Hartung ‘atropelou’ o pedetista tendo 77,3% dos votos válidos contra 21,7%, portanto 55,6% de diferença. Casagrande está com 61% e Luiz Paulo com 12%, sendo 49 pontos à frente, conforme pesquisa Ibope/Gazeta, publicada no dia 11/09.

Mesmo com Luiz Paulo (PSDB) também se associando a Hartung e sem o governador pedindo voto publicamente para o socialista, a população capixaba já mostrou que tem o conhecimento de que Casagrande é o candidato governista. A aprovação do governo tem influência considerável nesta discrepância entre o segundo e o primeiro colocado.

Considerando o número de indecisos, na marca de 18%, Casagrande ainda pode ampliar as intenções de votos favoráveis à sua campanha e, até mesmo, superar o embate de Hartung contra Vidigal.

Crédito da foto: Celio Azevedo

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Secretaria verde

Consta no documento da reforma administrativa da prefeitura de Cachoeiro, além da criação de sub-secretarias com salários superiores aos dos diretores atuais, a abertura de mais uma secretaria. Trata-se da pasta de Transportes.

Segundo integrantes do primeiro escalão, a Secretaria de Transportes terá a função de cuidar da frota municipal. A exemplo da Secretaria de Cultura, que só tem servidores comissionados, a pasta de Transportes seguirá a mesma estrada.

E não é difícil imaginar de onde virá o chefe dessa secretaria. Na minha opinião, ela será chefiada por algum integrante do Partido Verde ou indicado por ele. O raciocínio se faz lógico após o governo petista se curvar diante do PV e PMN – partidos que têm dois vereadores na câmara. O ‘entendimento’ não foi apenas por causa das eleições internas no legislativo e demais questões parlamentares, mas principalmente para eleição de Rodrigo Coelho.

O PMN, em parte, já pede voto para o candidato petista a deputado estadual. Em contrapartida, já ganhou a Secretaria de Serviços Urbanos, o Procon e demais cargos. Já o PV não deve apoiar, pelos menos explicitamente, a campanha de Rodrigo, já que tem o seu próprio candidato – o vereador Tenente Moulon.

Mas, como o PV faz parte da ‘base aliada’ e terá a partir de 2011 o presidente da Câmara, certamente já tem garantida a sua compensação. O PV já tem cargos no governo, porém nada relevante. Os verdes podem até não ficar com a pasta de Transportes, mas somente pelo simples motivo de querer outra mais representativa. E não estranhem se o PMN ganhar uma terceira. É aguardar pra ver.

Crédito da foto: PMCI

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Casteglione define inimigos e pede voto a comissionados

O prefeito de Cachoeiro, Carlos Casteglione (PT), agiu na noite de quarta-feira como cabo eleitoral. Ele reuniu os comissionados da prefeitura no Caçadores Carnavalesco Clube, no Centro, e orientou em quem votar e em quem não votar.

Ao pedir aos servidores em cargos de comissão para não votarem em determinados candidatos, Casteglione deixou clara a sua inimizade política. Segundo pessoas presentes ao evento, o petista soliciou que os comissionados não votassem em Glauber Coelho (PR) e Theodorico Ferraço (DEM), ambos candidatos a deputado estadual.

Para uma das vagas na Assembleia Legislativa, Casteglione, como era de se esperar, pediu voto para Rodrigo Coelho, seu ex-assessor e ex-secretário de Governo. Para deputado federal, o prefeito indicou os nomes de Pastor Braz (PR), Camilo Cola (PMDB) e Abel Santana (PV). E foi partidário ao dizer que votaria em Iriny Lopes (PT) para federal.


Crédito da foto: Gazetaonline


Detalhe:

Casteglione aproveita o bom momento após 'salvar' o emprego dos comissionados da decisão da Justiça, que acatou a denúncia do Ministério Público (MP). O prefeito travou uma 'guerra' com o MP recentemente, o que acabou transferindo o ônus da questão para a promotoria.

Até onde o DEM é importante para Abel?

No início do período eleitoral, o deputado estadual e candidato à reeleição Theodorico Ferraço (DEM) teria feito contato telefônico com o candidato a deputado federal Abel Santana (PV) lhe oferecendo apoio nestas eleições. Como não foi pedido nada em troca, qual o mal de receber a colaboração de um político bom de voto? O único malefício poderia surgir para o próprio Ferraço, que é de outra coligação - motivo que lhe impede de apoiar o médico cachoeirense.

Em Cachoeiro, Abel Santana disputa votos com o deputado federal Camilo Cola (PMDB), embora em larga desvantagem. Acredita-se que Abel consiga nas urnas da Capital Secreta algo em torno de 25 mil votos – o que é demais para quem se aventura pela primeira vez na política.

O candidato a federal do PV estreia a sua vida política em bom estilo, principalmente por ser um nome leve e ter engajamento social. Como médico, é conhecido por centenas de famílias da região. Como cidadão, também é saudado por milhares de pessoas por conta de seu projeto Nossa Criança – de socialização infantil – e pelo programa executado em Monte Alegre.

Ele também é filho de Abel Santana, que já foi prefeito em Cachoeiro de Itapemirim de 1963/67. Seu pai era dono de muitas terras, principalmente onde hoje é o bairro Zumbi (mais populoso do município). Todos os lotes foram doados e as famílias daquele lugar são eternamente gratas ao Santana – gratidão que pode ou já se estende a Abel.

Pois bem. Em Cachoeiro, é mais que possível Abel andar com suas próprias pernas, eleitoralmente falando. O problema pode ser as outras cidades, onde Ferraço seria um grande aliado. Mas, antes mesmo desta história com o ex-prefeito, o médico já tentava se viabilizar nos municípios vizinhos e também em outras regiões. Além da saúde, ele levanta a bandeira do cooperativismo e ultrapassa as delimitações municipais pegando carona com a Unimed.

Na sessão ordinária desta quarta, o vereador Amaral afirmou que a maioria do DEM não apoia a candidatura de Abel. Como já disse, teoricamente nem deve. E essa birra de Amaral está ligada à eleição para a presidência da Câmara Municipal, a qual o PV – e demais companheiros - o deixou chupando dedo. Amaral só teve o próprio voto.

No entanto, não se sabe se Ferraço entra na maioria insatisfeita dos Democratas. Não acredito que o ex-prefeito esteja mais preocupado com o resultado do pleito da câmara do que com as eleições deste ano. Ainda mais estando claro para ele que 2010 define um forte adversário em 2012, podendo forçá-lo a cumprir todo o seu mandato na Assembleia Legislativa. Para tentar impedir, vai ter que agregar. Quanto ao DEM, paciência.





quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Comissão investiga irregularidade no magistério

A prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim instaurou Comissão Interna de Sindicância Administrativa para apurar denúncias de irregularidade atribuídas a servidores integrantes do quadro de pessoal do magistério.

A contar desta quarta-feira (8/09), a comissão tem 30 dias para apresentar relatório das apurações, com sugestão de procedimentos que entender pertinentes. A informação consta no Diário Oficial do município desta quarta. Porém, a natureza da suposta irregularidade não foi mencionada.

Utilizando o descartado

A quebra de sigilo na Receita Federal, que teria vitimado a filha de José Serra (SDB), parece ter sido a última cartada dos tucanos contra a liderança de Dilma Rousseff (PT). O ‘escândalo’ não teve o efeito eleitoral esperado e se igualou a qualquer crítica que Serra dispara contra Dilma.

No início do período eleitoral, Serra adotou a estratégia de não atacar o governo Lula sob pena de perder inúmeros votos, considerando a super-popularidade do presidente. E o tucano seguiu assim por um bom tempo. Só resolveu alterar o perfil de sua campanha quando se viu muito perto de Marina Silva nas pesquisas e o desespero imperou.

A cúpula tucana resolveu adotar a estratégia que antes era considerada equivocada. Até porque para eles chegarem ao entendimento de não se opor ao governo petista, certamente houve uma construção repleta de pesquisas, alicerçada pela evidente aprovação de Lula.

Na reta final, Serra utiliza o descartado e ataca a Dilma, associando à ela as mazelas que fizeram parte deste governo. Talvez, os tucanos esqueceram de medir o poder de blindagem de Lula e, o que é pior, o seu poder de estrago.

sábado, 4 de setembro de 2010

Saúde é chamada de vergonhosa em programa de Rita

No programa da propaganda eleitoral da candidata ao Senado, Rita Camata (PSDB), de sexta-feira (3), uma popular afirmou que a Saúde no Espírito Santo é vergonhosa. A crítica foi feita dentro da construção da pergunta que a cidadã fez para a tucana.

Certamente, a coordenação de campanha de Rita Camata não deixou essa crítica escapar atoa. De repente, estão percebendo que ‘fazer de conta’ que tudo está perfeito não é a mesma concepção dos eleitores.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Atos quase secretos


De repente, o próprio prefeito pediu silêncio. Mas, ainda assim, não dá para compreender a falta de divulgação de algumas ações de Carlos Casteglione. Há aproximadamente dois meses, a prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim tem se mobilizado para a liberação da próxima parcela do PAC, e se esforça para conseguir recursos do PAC 2 – esse trabalhado em sigilo. Detalhe: o governo federal pretende investir R$ 1,59 trilhão no país com o PAC 2 e é um programa do PT, mesmo partido do mandatário local.

Imagina-se que os palacianos não estão acreditando que o governo continua mal avaliado. As importantes obras feitas e em andamento estão caindo como obrigação na cabeça da população. Ou seja, para os moradores o prefeito não está fazendo nada além do que tem que ser feito.

Considerando isso, ele tem que mostrar ainda mais. Tem que apresentar aos cachoeirenses as suas indas e vindas ao Palácio Anchieta e à Brasília e seus pedidos, com os devidos resultados. Se ninguém souber de sua luta por benefícios para a cidade, ninguém o verá como merecedor deste mandato. E sem saber, nunca haverá a compreensão do porque ele merece continuar.

A imagem acima é referente às diárias pagas pela prefeitura ao prefeito e integrantes de sua equipe de governo que foram (mais de uma vez) à Brasília com a finalidade de incluir Cachoeiro no PAC 2. Abaixo, um pouco do que é o PAC 2.

Obs.: Caso não dê para visualizar as diárias, segue o link:

http://www.cachoeiro.es.gov.br/transparencia/contaspublicas/arq/Diárias_Pagamentos_órgãos02a19_Agosto_2010.pdf


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A prova de fogo da base aliada

Em breve, o assunto que perdurará na mídia local será a apreciação do Orçamento Municipal pelos vereadores cachoeirenses e, principalmente, o limite de remanejamento que o prefeito Casteglione poderá fazer na peça orçamentária. Já que a prefeitura tem uma base aliada ampla na Câmara, teoricamente não terá dificuldades em conseguir folga para as suplementações que podem ser necessárias em 2011.

Assim que assumiu em 2009, Casteglione trabalhou com o orçamento elaborado pela gestão anterior, porém teve da Câmara a autorização para remanejar livremente (100%). Para 2010, só foi liberado a alocar 10% daquilo que estava fixado no orçamento, numa época em que também acreditava ter a maioria na Casa. Veja bem, de 100% para 10%.

O orçamento é uma peça fictícia, onde são fixadas as despesas que o município terá durante o ano, baseado numa arrecadação prevista. O poder executivo pode não ter a receita que imaginou e, por isso, ficar impossibilitado de gastar o que planejou. Por conta disso e de outros imprevistos, é preciso retirar recursos de uma secretaria em benefício de outra. Quando o limite para remanejar concedido pelos vereadores se encerra, esse manuseio no orçamento só poderá ser feito com a permissão da Câmara.

Neste ano, após uma ‘vitória da base aliada’ na eleição para a presidência do legislativo, Casteglione poderia enviar projeto pedindo 100%. Por que não? São oito vereadores sustentando os interesses da prefeitura na Câmara. Sem contar que pode ter mais dois: David Loss (PDT), que perdeu o pleito, mas era o candidato do governo; e Wilson Dillen, que é líder do governo na Casa e já fez parte do primeiro escalão palaciano. É ainda melhor: a prefeitura tem 10 de 13 edis, não há como perder.

Imagine o Casagrande perdendo estas eleições para o governo do Estado com mais de 40% à frente do adversário. Pense também na Dilma sofrendo uma virada de José Serra, que perde em todos os estados, inclusive em São Paulo, onde foi governador. Ora, Casteglione tem 77% do apoio que o plenário pode disponibilizar, uma derrota seria vexatória. A não ser que a base não seja tão aliada assim.



quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Articulação deficiente


Na apresentação dos candidatos à presidência da Câmara Municipal na tarde de terça-feira, o atual presidente David Loss (PDT) assumiu que é péssimo em articulação. A essas alturas ele já tinha certeza de que seu grupo estava desfeito, já que muitos vereadores revelaram da tribuna os seus votos bem antes do pleito. E não deu outra: Julio Ferrari (PV) foi eleito com oito votos.

Acontece que não foi apenas o David o péssimo em articulação. Também faz parte desse time a própria prefeitura de Cachoeiro, que ficou meses pensando se iria interferir na eleição da Câmara e só foi se decidir quando já era tarde demais. Melhor seria se não tivesse entrado.

Com o atual resultado fica mais bonito para o governo petista dizer que ficou tudo em casa, que a eleição caminhou da forma como queria, tendo um vereador da base aliada na presidência e um petista como vice. Maravilha, mas só para inglês ver.

O candidato do governo era David, até mesmo por sua competência administrativa, ética e ausência de artimanhas políticas. Porém, como escrevi no último texto postado aqui, o PMN votaria em qualquer um, menos em Loss. A rejeição era unânime. Essa foi a primeira derrota do governo, já que perdeu o poder de escolha.

A partir daí, o PMN lançaria um político de seus quadros, no caso o vereador Roberto Bastos. Seu nome ficou ainda mais forte entre às 10h00 e 13h00 de terça. Só que Roberto achou por bem não aceitar a empreitada justificando seus compromissos como médico.

Os palacianos tentaram outra aproximação com o PMN. Mas, não houve acordo e nem haveria um entendimento – de última hora – que descontruísse algo há muito articulado. Com isso, o PMN fechou com o PV, que tinha Julio como candidato, e o apoiou.

Restando cinco minutos para a votação, os palacianos teriam dado o último suspiro e pedido uma virada de mesa: Wilson Dillen (PR) no lugar de Júlio. Mas, só conseguiram uma risada do grupo parlamentar. PMN e Cia emplacaram Júlio apoiados pela indignação do Professor Leo (PT) e Neném Cadável (PTB).

Para se ter uma ideia da falta de articulação do governo, já que não se podia esperar isso de David, a derrota se deu por dois vereadores que teriam todos os motivos para nunca votar contra. Neném é suplente de Braz Zagotto, que foi puxado para a Secretaria de Interior em benefício do primeiro. Leo é o único vereador do PT.

Caso Neném e Leo votassem em David, o presidente seria reeleito após desempatar o pleito por ter mais idade que Julio. Resultado final: o governo perdeu para os partidos e integrantes de sua ‘base aliada’. Sendo que poderia vencer sem os ‘gigantes’ PMN e PV.