quinta-feira, 31 de março de 2011

Uma bandeira para relembrar


Não é de se estranhar essa nova bandeira levantada pelo deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM) de querer mudar o curso do rio Itapemirim, em Cachoeiro. A intenção dele é acabar com a conhecida ‘Curva do Caixão’, na altura do Baiminas. Ferraço acredita que assim será possível diminuir os prejuízos com as enchentes, pois seria esse trecho o causador da morosidade do fluxo e, por isso, ‘responsável’ pelo rápido aumento do nível do leito.

No campo político, vê-se que a preocupação dele é outra. Ferraço pode estar querendo remeter o pensamento da população local ao passado, para que ela relembre de suas obras de grande impacto. Poderia ter essa estratégia o objetivo de fortalecer o seu, até então, favoritismo para as eleições de 2012.

Se for realmente isso, fica claro que um possível funcionamento do Hospital Materno Infantil não será associado ao deputado. Até porque o imóvel chegou a ser chamado de ‘Elefante Branco’, já que quando ele foi prefeito pela última vez inaugurou um hospital que nunca funcionou e nem estava adequado para sê-lo, conforme laudo de auditoria.

Em recente encontro na Assembleia Legislativa, com a presença do governador Renato Casagrande (PSB), ocorreu um episódio que reforça a desvinculação da abertura do hospital e Ferraço. O também deputado Glauber Coelho (PR) solicitou ao governador que se empenhasse no caso do hospital, atendendo a um pedido de Theodorico. Imediatamente, Casagrande rebateu dizendo que o Hospital Materno Infantil era também um pedido do prefeito Carlos Casteglione e de outras lideranças do sul do estado.

Fica óbvio que o que sobrará politicamente do hospital ao ex-prefeito são os processos gerados, frutos de investigações do Ministério Público Federal. Talvez, por isso, ele busca outra bandeira de maior ou igual porte, já que a do nosocômio caiu.

Essa provocação de reflexão pode fazer com que os cachoeirenses se lembrem da famosa ‘Torre de fazer chover’, uma construção que não serviu para nada. Era como se tivessem quatro pessoas, no alto de um prédio, cada um com uma mangueira na mão, jogando água nos trabalhadores que passavam pela praça Jerônimo Monteiro. Atualmente, a torre virou sucata, teoricamente encostada em algum lugar do Centro de Manutenção Urbana (CMU).

No que diz respeito a prejuízos oriundos das chuvas, vale registrar que obras de drenagem nunca foram o forte do demista. Tanto que, ainda hoje, ao invés de apresentar projeto abrangente de infraestrutura e acionar o apoio do governo, prefere mudar a rota do velho Itapemirim. Sorte que nem todos os pleitos são atendidos por nosso padroeiro, senão a torneira ficaria fechada para não haver problemas.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Fora do OP

A justiça determinou a suspensão do contrato entre a prefeitura de Cachoeiro e a RV Cerimônias e Promoções de Eventos Ltda. A empresa está sob investigação do Ministério Público e da CEI das Licitações. Apesar das averiguações, outras empresas, na mesma situação, ganharam concorrências públicas e prestaram serviços para a administração municipal.

A RV foi contratada neste ano para prestar serviços de sonorização e locação de mesas e cadeiras para a realização das reuniões plenárias do Orçamento Participativo (OP). A decisão liminar (Processo nº. 011.11.005925-7) foi prolatada pelo juiz Ezio Luiz. O contrato entre a prefeitura e a empresa RV é originário do Pregão Presencial nº. 021/2011.

De acordo com a decisão, a empresa Play City, que fez a denúncia de ter sido excluída de uma licitação para suposto favorecimento à outras empresas, venceu liminarmente a causa na justiça. A referida concorrência deverá ser refeita, pois, segundo a Justiça, a Play City atendia aos critérios do procedimento licitatório, ao contrário do que alegou a prefeitura na época.

Confira a decisão na íntegra:



DECISÃO


Local e data: Cachoeiro de Itapemirim – 17/03/2011
Processo n° 011.11.005925-7

Tenho dito ao longo dos dias correntes que a liminar em sede de mandado de segurança tem a natureza de antecipação de efeitos de um tipo de tutela mandamental e é concedida, a rigor, com apoio em fundamento relevante e estado emergencial (art.7º, inciso III, da Lei nº 12.016/2009). Com efeito, na concessão da liminar, o juiz passeia no território das decisões sob um juízo de summaria cognitio; não de certeza, daí o seu caráter de provisoriedade. Em tema de antecipação de tutela, não se há de falar em fumus boni juris das cautelares, sobretudo porque há diferenças ontológicas na concessão das medidas distintas e ocorre confusão amiúde, mas aqui não será palco para a diferenciação técnica.

No caso sob comento, o que se pretende é uma liminar com o escopo de alvejar o ato administrativo que “desclassificou” o Impetrante do certame para o fim de participação na licitação visando à contratação de empresa para sonorização e locação de mesas e cadeiras para reuniões. Segundo a fundamentação da Autoridade Coatora, o objeto social da Impetrante não contempla o objeto licitado.

Ocorre que o objeto social da empresa é bastante genérico, pois tem como teor: “aluguel de palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário, exceto andaimes”, conforme se vê na inicial e documentos juntados, de maneira que não se pode restringir a interpretação contratual, sobretudo em se tratando de licitação pela amplitude do acesso à participação, conforme retilíneo perfil de julgar do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, em caso análogo. Senão vejamos (extraído do DVD Magister).

A licitação pública tem por escopo selecionar a proposta mais vantajosa para a administração, sempre prestigiando os princípios da supremacia do interesse público e da isonomia, de maneira a assegurar oportunidade igual a todos os interessados e possibilitar o comparecimento ao certame ao maior número possível de concorrentes. 2. A apresentação de cópia autenticada extraída de outra cópia autenticada de documento, não é suficiente para a inabilitação do participante do certame licitatório, devendo ser mitigado o excesso de formalismo, com o intuito de preservar a finalidade precípua da licitação. 3. Remessa conhecida. Sentença confirmada. (TJ-ES; REO 26090024485; Segunda Câmara Cível; Rel. Des. Subst. Fernando Estevam Bravin Ruy; DJES 17/09/2010; Pág. 35).

De outro ângulo, o estado emergencial salta aos olhos, pois o Impetrante pretende a participação do certame do qual foi excluído abrupta e liminarmente, fato que, por si só, evidencia o estado emergencial, reclamado pela lei de regência do MS. Portanto, há, indubitavelmente, relevante fundamento e estado emergencial. Sem embargo, na aplicação da lei o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige. Di-lo o art.4º da Lei de Introdução ao Código Civil.

Decerto, o ato coator, ao que tudo indica, magoa a garantia constitucional de livre exercício da atividade laborativa da Impetrante, razão pela qual devo conceder a liminar de que trata o art.7º da Lei nº 12.0116/2009. De mais a mais, há precedentes pretorianos em prol da concessão. Em última análise, enquanto se discute o enquadramento, (ou não) do Impetrante nas condições do edital, não se pode cogitar – porque não é razoável – de uma presunção em seu desfavor. Devo trazer a terapia judicial necessária.

Destarte, os relevantes motivos acima delineados me bastam para formar convencimento, neste momento processual embrionário, acerca da concessão da liminar perquirida, razão pela qual, com alicerce no art.7º, inciso III, da Lei nº 12.016/2009, concedo a liminar perscrutada para determinar a sustação dos efeitos das decisões aqui questionadas para o retorno ao procedimento da Impetrante, salvo se houver outro motivo que não o noticiado nos presentes autos.

Notifique-se a Autoridade Coatora. Dê-se ciência ao Órgão Estatal vinculado à Autoridade Coatora. Seguidamente, remeta-se ao MP. Tudo na forma da lei de regência.


Juiz Ézio Luiz

Dispositivo
Destarte, os relevantes motivos acima delineados me bastam para formar convencimento, neste momento processual embrionário, acerca da concessão da liminar perquirida, razão pela qual, com alicerce no art.7º, inciso III, da Lei nº 12.016/2009, concedo a liminar perscrutada para determinar a sustação dos efeitos das decisões aqui questionadas para o retorno ao procedimento da Impetrante, salvo se houver outro motivo que não o noticiado nos presentes autos. Notifique-se a Autoridade Coatora. Dê-se ciência ao Órgão Estatal vinculado à Autoridade Coatora. Seguidamente, remeta-se ao MP. Tudo na forma da lei de regência.

sábado, 26 de março de 2011

Após apuração do Em Off, justiça decide suspensão de contrato

O blog Em Off mostrou no dia 17 de março deste ano que as empresas alvo de investigação do Ministério Público e da CEI das Licitações continuam vencendo as concorrências públicas na prefeitura de Cachoeiro. Elas realizaram o carnaval 2011 e algumas atuaram (e continuariam atuando) no Orçamento Participativo de 2012.

Ao tomar conhecimento, a justiça expediu decisão liminar determinando a suspensão do contrato entre a prefeitura e a empresa RV Cerimônias e Promoções de Eventos Ltda. A medida judicial foi publicada nessa sexta-feira (25), dia da emancipação política do município, no Diário Oficial.

Vale ressaltar que no carnaval deste ano a RV Cerimônias e Promoções de Eventos Ltda. embolsou a quantia de R$ 79.275,00; mesmo estando sob investigação dos vereadores da Comissão Especial de Inquérito, que apura possíveis irregularidades nessas licitações, e do MP.

O rumo das averiguações segue em direção ao secretário municipal de Obras, Leandro Moreno, que foi proprietário de uma dessas empresas que prestam serviços para a prefeitura desde 2009. A suspeita é de que as licitações foram direcionadas em benefício ao secretário. O relatório da CEI deve ser apresentado nesta semana. 

Sobre a decisão judicial, mais detalhes a qualquer momento.


quinta-feira, 24 de março de 2011

“Divergências são naturais”

A ex-vereadora de Cachoeiro, Claudia Lemos (PSB), ligou para este blogueiro nesta manhã para expor que as divergências dentro do PSB de Cachoeiro são naturais, como acontece em outras agremiações. Segundo ela, da mesma forma como existe pessoas com pouca afinidade com ela, acontece o mesmo com outras lideranças socialistas.

No texto postado na quarta (23), publiquei que há uma ala que ameaçou deixar a sigla caso Claudia tivesse apoio para ser candidata à presidência do PSB local. “Divergências são naturais. O partido segue coeso. É preciso superar as divergências internas e caminhar juntos; e estamos juntos”, afirmou.

Membro da executiva provisória do PSB, uma vez que ainda não houve a homologação do diretório local pela executiva estadual, Claudia Lemos também expôs sobre a reunião que aconteceu nessa quarta-feira (23). (Aproveitando o ensejo, faço uma errata: o presidente estadual do PSB não é mais o Luiz Carlos Ciciliotti e sim Macaciel Jonas Breda, desde janeiro).

De acordo com Claudia, o encontro, que contou com a presença de Macaciel e mais três integrantes da executiva estadual, abordou a organização do partido (que incluem as eleições do diretório e a harmonia interna), a realização de congresso municipal neste ano, a reforma política e também a discussão sobre as eleições de 2012. Com bons quadros, o PSB vai debater a possibilidade de ter candidatura própria no pleito municipal do próximo ano. 



Crédito da foto: José Rubens Brumana

Vereadores articulam mais duas CEIs

Embora isolada na Câmara Municipal, a oposição tem a quantidade de vereadores necessária para abrir uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), que depende de quatro assinaturas para ser instaurada.

Nos bastidores da política cachoeirense, sabe-se que a oposição articula veemente para instalar mais duas CEIs. Atualmente, os parlamentares investigam licitações feitas pela prefeitura para a contratação de empresas para eventos como o carnaval e a Bienal Rubem Braga. Essa é a chamada CEI das Licitações, que deve ter o seu relatório apresentado na próxima semana.

Sobre a CEI das Licitações, cabe ressaltar que ela foi aberta após o Ministério Público ter iniciado há meses as averiguações sobre o mesmo tema. Além disso, a comissão surgiu depois de uma queda de braços entre a Câmara e a prefeito Carlos Casteglione (PT), que teve seu mandato ameaçado com o anúncio de uma Comissão Processante – não ocorrida.

Até o momento, os edis oposicionistas têm três assinaturas. Um deles ainda não decidiu pela criação das duas CEIs, que investigariam a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cachoeiro de Itapemirim (Agersa) e todos os procedimentos que envolvem o Orçamento Participativo (OP).

Ainda não são conhecidas as supostas irregularidades para justificar a instalação das CEIs. Porém não é novidade que o intuito principal é provocar mais ferimentos políticos ao já debilitado governo petista.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Ciciliotti vem a Cachoeiro hoje (23)

Para apaziguar os ânimos no PSB de Cachoeiro, o presidente estadual do PSB, Luiz Carlos Ciciliotti, se reunirá com integrantes do partido. Para quem não sabe, o diretório local está sem executiva, já que a composta com o vereador Alexandre Bastos na presidência não foi homologada. Faltam dois meses para as eleições na sigla.

Com essa indefinição na executiva municipal, o PSB acabou se dividindo em grupos em Cachoeiro. O momento deixou clara a insatisfação de uma ala do partido pela ex-vereadora Claudia Lemos. Alguns socialistas ameaçaram deixar a agremiação caso Claudia fosse a candidata à presidência.

Não se sabe ao certo se Alexandre tentará a reeleição. O partido conta com outros nomes fortes, tais como o do ex-vereador José Renato Frederich, Atílio Travaglia e Higner Mansur.

A presença de Ciciliotti na capital secreta pode ter o objetivo de colocar as coisas em seu devido lugar e apagar o fogo que pode incendiar o partido em Cachoeiro. Afinal, com as eleições municipais se aproximando e o partido na governadoria do Estado, na pessoa de Renato Casagrande, o momento é de agregar.

A reunião acontecerá na noite de hoje (23), no Banana Rio, propriedade de Alexandre Bastos, no bairro Independência, 

segunda-feira, 21 de março de 2011

Todos contra a intolerância racial e religiosa

Confira parte do discurso de Maria Laurinda Adão, representante do Caxambu de Monte Alegre, durante o protesto que ocorreu na praça Jerônimo Monteiro, em Cachoeiro, no sábado (19/03). Segue o link:

http://www.youtube.com/watch?v=yGn0nmO0ZJA 

sexta-feira, 18 de março de 2011

Cachoeirense ausente

Três meses após a enchente que causou inúmeros prejuízos em Cachoeiro, o município volta a sofrer com as volumosas águas de março. Choveu em 16 dias o que estava previsto para ocorrer em todo o ano. Com 80 pessoas desalojadas, 302 edificações danificadas e prejuízos incalculáveis na produção rural, qualquer ajuda é importante. Ou seja, o momento é de deixar de lado as desavenças políticas, arregaçar as mangas e colaborar – na verdade, deve ser desse jeito no primeiro minutos após as eleições.

Cachoeiro, teoricamente, conta com dois deputados estaduais, são eles Glauber Coelho (PR) e Theodorico Ferraço (DEM). O republicano se mostra presente. Tentou por vezes agendar encontro com o prefeito Carlos Casteglione (PT) para se colocar à disposição do município. Como o pedido não foi atendido, o período chuvoso tratou de reuni-los, quase que coincidentemente, nesta quinta-feira na sala da presidência da Câmara, onde o petista apresentou a todos vereadores os números do temporal.

Liso e antenado, Glauber disse que está na Assembleia Legislativa para lutar por Cachoeiro, pediu que lhe fossem encaminhadas as demandas e garantiu que fortaleceria também os pedidos feitos ao governo do Estado.

E onde está Theodorico? Será que mudou seu reduto eleitoral para Itapemirim, onde sua esposa governa? Ele não se colocará à disposição dos cachoeirenses nem mesmo neste período de grandes prejuízos? É com essa ausência de dedicação e interesse que Ferraço pretende governar Cachoeiro mais uma vez?

Não dá para entender o silêncio do demista. Será que o motivo de não se colocar à disposição do município é porque a prefeitura é administrada pelo PT? Se assim o for, como ele será prefeito de Cachoeiro sem reivindicar o apoio dos governos federal e estadual, considerando que a União é gerida por uma petista e o Estado por um socialista que é da base aliada à Dilma?

Pela quantidade de água que atingiu a cidade, tudo indica que o ano já começou expondo a pior tragédia natural deste 2011. Por isso, o momento é de refletir e identificar quem realmente tem apreço e cuidados com Cachoeiro de Itapemirim.

quinta-feira, 17 de março de 2011

A CEI não tem finalidade mesmo?

De duas uma: ou a CEI das Licitações realmente perdeu a finalidade, como disse o seu ex-relator Tenente Moulon (PV), ou nunca teve. Acontece que as empresas que a Comissão Especial de Inquérito investiga ganharam novamente as concorrências públicas do carnaval 2011. Pelo silêncio da CEI, a prefeitura pode estar correta quando alegou lisura no procedimento licitatório.

Uma CEI composta pela oposição ao governo petista em Cachoeiro, jamais deixaria de ‘gritar` ao flagrar que as empresas que estão sob apuração de possíveis irregularidades não só participaram como ganharam nova licitação.

A Play City Eventos Epp foi contratada para prestar serviços de locação de banheiro químico, no lançamento dos sambas de enredo dos blocos carnavalescos de Cachoeiro. O investimento da prefeitura foi de R$ 1.516,00.

A H.V. Oliveira Produções e Eventos ME recebeu R$ 5.950,00 para prestar serviços de estrutura também para o lançamento dos sambas de enredo dos blocos carnavalescos. A Colli Som Nova Ltda ME prestou serviços de sonorização e iluminação para o lançamento dos sambas de enredo, no valor de R$ 4 mil.

No carnaval

Para a realização do carnaval 2011 em Cachoeiro, os números foram maiores. A Colli Som Nova Ltda foi contratada para prestar serviços de estrutura, sonorização e iluminação. Valor: R$ 34.230,00, o prazo do contrato se encerra no dia 30 deste março. A Play City, empresa que apresentou a denúncia que incentivou a abertura da CEI, prestou serviços de estrutura e locação de banheiro químico, no valor de R$ 22.700,00.   


Confira as demais empresas contratadas e valores (* nem todas são investigadas pela CEI)

Play City Eventos Ltda.                                                          R$ 22.700,00

RV Cerimônias e Promoções de Eventos Ltda.                     R$ 79.275,00

H. V. Oliveira Produções e Eventos                                       R$ 52.194,50

Colli Som Nova Ltda.                                                              R$ 34.230,00

Campos Tek Sonorização e Aluguel de Geradores Ltda.      R$ 32.800,00

Scorpion Telões Ltda.                                                             R$ 84.500,00

Maff Equipamentos e Produções Ltda.                                 R$ 53.885,00


Também no OP

Essas empresas também irão prestar serviços para o Orçamento Participativo 2012, e tudo debaixo do nariz da inofensiva CEI das Licitações. A H. V. Oliveira Produções e Eventos ME prestou serviço de telão com transmissão simultânea no lançamento do OP. A Colli Som realizou a sonorização também no lançamento e o fará ainda nas reuniões preparatórios do projeto.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Depois da pesquisa, haverá mudanças em Colatina

Pés no chão. Foi dessa forma que se posicionou o prefeito de Colatina, Leonardo Deptulski (PT), após receber o resultado da pesquisa da Futura, divulgada pelo jornal A Gazeta. A situação dele não é a das melhores, porém está melhor avaliado que o petista cachoeirense. Leonardo reconheceu que precisa melhorar a comunicação, vai se aproximar mais da população e vai alterar quatro ou cinco secretarias.

Entre ‘Bom’ e ‘Ótimo’, Leonardo Deptulski obteve 30%, 6,2% a mais que Carlos Casteglione. No entanto, a avaliação do governo colatinense teve queda em relação ao ano anterior de 6%.

O que mais impressiona é a reação dos dois petistas diante da avaliação divulgada. No primeiro momento, Casteglione disse estar feliz com o resultado, sem considerar que os números gritavam a insatisfação popular.

Inversamente, Leonardo mostrou planejamento para reverter os pontos e ressaltou que a pesquisa deu novo ânimo ao governo. Ou seja, posicionou-se ao lado do anseio popular, respeitando a opinião dos cidadãos e buscando atendê-la. Segue um trecho da entrevista de Leonardo concedida ao site Gazeta Online.


Por que tanta descrença sobre as promessas de campanha?

Coisas ditas na campanha de 2008 não podem ser consideradas isoladamente. Na crise violenta de 2009, perdemos R$ 23 milhões em receita. Pusemos o pé no freio logo no primeiro ano, quando há muita expectativa, está muito aceso no eleitor o compromisso de campanha. Mostramos pouco o que estamos fazendo. Vamos cumprir as metas na pavimentação e há mais casas que o prometido. Faltou comunicação. Quando as unidades de saúde e casas forem entregues, haverá nova percepção. Só tivemos 2010 para fazer e mostrar.

E como vai convencer os insatisfeitos com seu governo?

Vou buscar mais aproximação. Estamos melhorando também a comunicação. Estou acertando minha agenda para ter uma presença maior na cidade, acompanhando obras, fazendo reuniões nos bairros, preparando o planejamento do centenário da cidade. Essas medidas vão contribuir para reverter pontos que precisamos melhorar.

A sua equipe será mantida?

Vamos fazer em março algumas alterações em quatro ou cinco secretarias. Não tenho todas definidas, mas teremos substituição e remanejamento. É para dar um novo animo nessa reta final do mandato. A pesquisa já nos deu um novo ânimo.



Crédito da foto: Bernardo Coutinho

Casteglione, enfim, assume que não atendeu expectativa do povo


Parece que o palácio resolveu mudar de estratégia. Após quase um mês da divulgação da pesquisa do Instituto Futura, o prefeito de Cachoeiro, Carlos Casteglione (PT), resolveu assumir que seus dois anos de mandato não atenderam às expectativas da população. Nesse intervalo de tempo, o petista insistiu em dizer que gozava crescimento em sua avaliação e que, por isso, estava muito feliz.

Para quem não se lembra, a administração do PT atingiu 29,2% de ‘Ruim’ e ‘Péssimo’; o índice ‘Regular’ foi de 42,5% e 23,8% dos entrevistados consideraram ‘Ótima’ ou ‘Boa’. A pesquisa também aponta que 41,8% têm a impressão de que a atual gestão é pior que a anterior, chefiada pelo ex-prefeito Roberto Valadão (PMDB), que obteve apenas 7 mil votos quando tentou a reeleição.

Casteglione deu publicidade à leitura correta dos números em entrevista ao site Folha Vitória, no dia 14 deste março. Só não é possível saber se o prefeito só enxergou o que os números mostravam por influência externa ou se sempre soube, mas quis forjar um cenário favorável. Confira a parte da entrevista que Casteglione reconhece a insatisfação retratada na pesquisa:

Folha Vitória: Recentes pesquisas mostraram que a população da cidade não aprova sua administração. A que o senhor atribui essa insatisfação?

Na verdade a pesquisa é um resultado dos últimos dois anos de governo. A prefeitura viveu anos de muita dificuldade para reestruturá-la, mas conseguimos colocar obras de grande volume em andamento. Penso que a população tem uma expectativa imediata, mas lamentavelmente não consegui atender. Foram anos de muito esforço e tenho certeza de que vamos colher os frutos desse trabalho. É compreensível essa insatisfação, já que não conseguimos atender a expectativa que a população depositou no Governo, mas temos certeza de que com os planejamentos que temos e os projetos que executamos os resultados vão aparecer muito em breve nas próximas avaliações.

FV: A população diz que o senhor não cumpriu promessas de campanha nas áreas da saúde e educação, por exemplo. Qual é a avaliação do senhor em relação a essas críticas?

Foi o que disse anteriormente. Não foi possível atender às expectativas da população nos últimos dois anos. Mas tivemos muitos avanços. Ampliamos os serviços de saúde, resolvemos problemas que a população tinha antes e que hoje não existem mais. Na educação crescemos bastante. Melhoramos o serviço de creches. Um exemplo é que em 2010 fechamos o ano com 2,2 mil vagas. Em 2011 já são mais de 5 mil vagas abertas. Atualmente temos creches que funcionam em tempo integral, além do atendimento em uma hora a mais para facilitar a mãe trabalhadora. Estamos trabalhando no sentido de aprimorar e melhorar os índices. Nesses dois primeiros anos estamos comemorando muitos avanços e com trabalho vamos avançar ainda mais, seremos reconhecidos por isso.


terça-feira, 15 de março de 2011

Apoio ao PMDB pode se resumir a Cachoeiro

O título não é uma afirmação, mas é o que parece esse apoio incondicional do senador Ricardo Ferraço (PMDB) ao seu partido no que tange as eleições de 2012. Ele disse aos peemedebistas, há quase um mês, que queria o partido disputando todas as prefeituras do estado. Porém, tudo indica que por detrás da cortina está seu pai, Theodorico Ferraço (DEM), ensaiando a sua entrada no palco eleitoral.

Alguns cogitam o possível ingresso de Ferraço no partido do filho para disputar a prefeitura de Cachoeiro. Só que a cada dia que passa esta meta – se é que ela existe – vai ficando mais distante e inviável.

Em romance com o moribundo DEM, Ricardo teve sua iniciativa vetada pela deputada Rose de Freitas (PMDB), que é a vice-presidente da Câmara dos Deputados e líder da bancada federal. Para ela, como é para qualquer conhecedor da história e do quadro atual, o DEM é oposição ao PMDB e ao governo Dilma. Ou seja, uma aliança entre peemedebistas e demistas não é homogênea.

O DEM, prestes a morrer, tentava uma fusão com o PSB – outro caso de ausência de coerência ideológica. Ainda ontem, parte do PSB se posicionou contrária à fusão com os demistas, o que significa que o DEM sofrerá um pouco mais antes de vir a óbito.

Quem poderá entrar em confronto com o próprio partido pode ser o senador Ricardo, caso seja comprovado o seu interesse oculto pela eleição de seu pai em Cachoeiro. Mobilizar a sigla de norte a sul, assegurando total empenho, porém para unir o útil ao ‘agradável’ pode não deixar os peemedebistas satisfeitos, principalmente os do sul do estado. Apesar de tudo, Ricardo ainda está comprometido a apoiar os nomes lançados pelo PMDB no estado.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Magno Malta em maus lençóis


Conforme veículo de comunicação de Cachoeiro, o senador evangélico Magno Malta (PR) teria ficado constrangido ao saber que a prefeitura realizou evento em um centro espírita a partir de emenda parlamentar destinada pelo republicano. O recurso foi aplicado em construção de escadaria no bairro Zumbi e a cerimônia foi realizada em local de oração de pessoas que mantêm viva a religiosidade africana.

Ainda não é sabido se o senador realmente manifestou tal intolerância religiosa. Mas, são de notória publicidade os seus discursos carregados de homofobia (http://www.youtube.com/watch?v=6JkLD4KERDk) e o seu recente conflito com a igreja católica.

Desta vez, caso seja verdade, Magno levou a segregação ao altar dos broncos e tentou macular parte da tradição negra que ainda resiste em Cachoeiro. Raízes essa que sustentam a sua própria origem e a da maioria dos brasileiros.

É de extrema intolerância intelectual alguém achar que qualquer outra religião, que não seja a sua, é associada ao diabo (que só existe para poucos religiosos). Inclusive, quando a questão são as religiões provenientes da mãe África, fica nítida a influência do preconceito racial. Além dos negros não terem a sua cultura preservada nas escolas, nas ruas o que se vê é uma milícia de tolos babilônicos tentando erradicar com o que resiste.

No dia 10 de março, a partir das 19h30, na praça Jerônimo Monteiro, também estarei na manifestação popular contra a intolerância religiosa. E como o senador Magno Malta foi convidado a ir, espero vê-lo por lá; afinal esse protesto é de cidadãos de Cachoeiro – seu reduto eleitoral. Segue a carta pública ao senador Magno Malta escrita por dona Isolina, responsável pelo Centro Espírita Menino Jesus.


Carta pública ao senador Magno Malta

Exmo. Sr. Senador Magno Malta,
 
Fiquei muito triste com o que li na Folha do E. Santo do último dia 3 de março. A principal matéria do jornal, sobre ordem de serviço para construção de uma escadaria no bairro Zumbi, foi extremamente desrespeitosa comigo e com minha crença.

A ordem foi dada pelo prefeito Casteglione no Centro Espírita Menino Jesus, espaço pelo qual sou responsável, porque lá também estava sendo inaugurada a Biblioteca Comunitária do bairro.

Mas, de acordo com o jornal, a ordem de serviço teria sido dada num “centro de macumba” só para constranger o senhor, que é evangélico e que conseguiu os recursos para a obra, por meio de emenda parlamentar. 

Daí, eu pergunto ao Senador: esse fato constrange o senhor?

Doeu-me o coração pensar que sim, como o jornal sugere. Por isso, venho a público fazer essa pergunta, já que não posso ignorar que o Estado é laico e que a intolerância religiosa não pode ser defendida por um representante do povo, como é o senhor.

Só sei, Senador, que o que era uma ótima notícia para os moradores do Zumbi – a escadaria é esperada há anos pela comunidade - foi transformada num ato de preconceito religioso. Podemos admitir isso?

E que fique claro que o desrespeito não foi apenas a mim, mas a toda e qualquer pessoa que, segundo a Constituição de nosso país, tem a liberdade de escolher a religião que quer seguir.

Graças a Deus vivemos num país democrático.

Como repúdio a esse ato de intolerância religiosa, realizaremos na próxima quinta feira, dia 10 de março às 19h30min na Praça Jerônimo Monteiro, uma manifestação pública. Aproveitamos a oportunidade para convidá-lo para que se junte a nós.

Cordialmente,
Niecina Ferreira de Paula Silva (a Dona Isolina)