sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Casteglione é a esperança do PT


O PT estadual deve ver uma espécie de apocalipse em 2012, quando o assunto é eleição municipal. Das prefeituras governadas por petistas, nenhuma está em paz com a avaliação popular. Porém, a única esperança de o Partido dos Trabalhadores continuar governando uma cidade está depositada no prefeito de Cachoeiro, Carlos Casteglione, que tem a segunda metade de seu mandato para tentar ‘levantar a poeira e dar a volta por cima’.


A prefeitura de Vitória, chefiada por João Coser, deverá ter suas chaves entregues à mãos peemedebistas. Em Castelo, Cleone Nascimento não terá forças para eleger um candidato seu. Em Cariacica, a situação também é desfavorável.

A verdade é que a média petista, no que diz respeito a satisfação popular, é muito baixa no estado. Prova disso foi o resultado das urnas nas eleições presidenciais onde Dilma Rousseff (PT), injetada com toda a popularidade de Lula, perdeu de forma massacrante nos municípios geridos pelo PT.

Ainda em estado embrionário, existe uma força-tarefa para reformular e fortalecer o governo Casteglione. O mutirão político-administrativo será de cima para baixo e fará com que um partido – ora excluído do palácio – retorne à base aliada e tenha participação efetiva no primeiro escalão.

Para essa missão de edificar a imagem do governo petista em Cachoeiro, os ponteiros já estão praticamente acertados. Considerando isso, nem tudo está perdido para Casteglione. Restará ter mais habilidade e coragem para conduzir as situações negativas, e sagacidade e inteligência para não desperdiçar os momentos positivos.


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Problema seria cargos


Nos bastidores, a informação de que a manobra para tirar a presidência do vereador Julio Ferrari (PV) por meio de nova eleição é por conta de cargos. Quem tem não quer perder, e há rumores de que Julio faria as indicações por conta própria. O álibi para impetrar a ação e tentar anular o pleito foi a infração ao Regimento Interno, que não permite vereadores do mesmo partido na Mesa Diretora, no caso Julio e Tenente Moulon.

Tem palaciano que jura de pé junto que o governo não tem nenhuma participação na ‘rasteira’ que mira as pernas de Ferrari. Há quem diga também que o atual presidente David Loss (PDT) não deseja mais uma eventual reeleição. Caso um ex-presidente não seja o nome do mesmo grupo que elegeu Julio, o caminho pode ser trilhado, com êxito, pelo único socialista da Casa.

Em tempo: um dos motivos pelo qual David Loss não obteve a reeleição foi a retirada de cargos de alguns vereadores da Casa, além, é claro, da realização do concurso público.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A mão que afaga...


Após o pandemônio político que elegeu o vereador Júlio Ferrari (PV) o presidente da câmara de Cachoeiro, tudo começa a mudar de figura e ele pode nem chegar a sentar na cadeira mais alta da Mesa Diretora. O PMN, na pessoa do edil Marcos Coelho, encabeçou ação judicial para anular o referido pleito e realizar outro. Obviamente, o pevista não será o candidato do grupo.

Integrantes do mesmo grupo que levantou o nome de Julio Ferrari para ser o presidente, concorrendo contra José Carlos Amaral (DEM) e o então candidato à reeleição David Loss (PDT), são os que reforçaram a ação judicial. Desses, estão Marcos, Glauber Coelho (PR) e Roberto Bastos (PMN).

A alegação é de que o resultado da eleição fere o que determina o regimento interno da Casa de Leis, no que diz respeito ao impedimento de haver mais de um membro do mesmo partido ocupando a Mesa Diretora. Nesse caso, o vereador Tenente Moulon (PV) não poderia ser o segundo secretário.

Olhando mais a fundo, surge a hipótese da participação do governo nesta jogada em comum acordo com os vereadores/partidos que contrariaram a administração na época da eleição. Isso porque parlamentares governistas também abraçaram a ação, entre eles o próprio lider palaciano Wilson Dillen (PRB).

Caso haja veracidade nesta suposição, a derrubada da eleição pode dar início à retomada de uma ‘boa relação’ entre o governo e os partidos atingidos pela ruptura (PV e PMN). Vale ressaltar que o nome de Julio surgiu do grupo oposicionista (camuflado, na época), já que o palácio queria David; tudo para contrariar. Ou seja, se agora querem voltar atrás, talvez a tática é agradar a prefeitura e ter de volta o que tiveram um dia. Vai saber!?!

Enquanto a Julio, restará segurar as lágrimas caso a justiça acate o conteúdo da ação. Poderá presenciar novamente um desejo ser adiado para longe (ou para nunca), como já aconteceu nas vezes que tentou emplacar o seu projeto sobre o bloqueador de ar, em sua interminável guerra contra a Foz do Brasil.

E o pior: poderá nem sentir a maciez da cadeira de presidente por iniciativa do mesmo grupo que lhe deu a oportunidade. Perfeitas para Ferrari são as frases do poeta Augusto dos Anjos, em Versos Íntimos: “O beijo, amigo, é a véspera do escarro,/ A mão que afaga é a mesma que apedreja”.


Crédito da foto: CMCI

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cruzamento de esperanças


Após o rompimento político com o PMN, existe ainda um quadro que segura, por um fio, o governo ao referido partido. Trata-se de Fabrício do Zumbi. Os nomes de peso (testados nas urnas) já abandonaram o barco furado peemenista. Somente Fabrício, que é 1º suplente, permanece por lá (com exceção dos vereadores).

Fabrício já foi presidente do PMN e tem boas relações com a administração. Certo que o partido optou por ser oposição quando ele estava à frente, no entanto foi uma decisão conjunta e não isolada como aconteceu recentemente, o que resultou na retirada da sigla do governo.

O primeiro suplente continua no PMN movido à esperança de assumir na Câmara Municipal. Em 2009, ele ficou por aproximadamente oito meses no legislativo, período em que seu colega de partido, vereador Marcos Coelho, ficou afastado pela justiça de suas funções parlamentares.

Antes de assumir, Fabrício atuou como comissionado na prefeitura e, neste ano, foi secretário de Serviços Urbanos. Mesmo com a cisão, ele tem o apreço da administração municipal e, inclusive, já conseguiu retornar com pessoas de seu convívio à folha de pagamento do palácio. Durante a ruptura, Fabrício se manifestou favorável à atitude palaciana.

A verdade é a seguinte: Fabrício tem a esperança de voltar à Casa de Leis; e a prefeitura trabalha a esperança de o ter na base aliada. E outra: com Fabrício no legislativo, tudo pode mudar dentro do PMN; e do jeito que o governo deseja.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Vasni, do PRB, deixa o governo


Agora é oficial. O secretário de Planejamento e Orçamento, Vasni Barbosa de Oliveira, deixa o governo Casteglione. Ele é integrante do PRB e afirmou que sua saída foi uma recomendação do senador Magno Malta (PR), que tem influência também sobre o partido o qual Vasno pertence.

A exoneração de Vasni foi a mais tranquila diante das últimas que ocorreram. Logo que entregou a carta ao prefeito, deixando seu cargo à disposição, ele disse à imprensa que o motivo de sua saída não tinha nenhuma correlação com casos que ameaçavam a lisura do atual governo. A questão era unicamente política.

Na verdade, o ‘grupo Malta’ não ficou satisfeito com a desconfiança do governo, que resolveu comprovar o seu grau de aliança numa ocasião nebulosa onde o mandato do prefeito foi ameaçado. Nos bastidores, a informação é de que Vasni sai com a garantia de ocupar cargo no governo do Estado, via Magno Malta.

A demissão de Vasni foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (10) e em seu lugar assume Sônia Cristina Freciano.



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ferraço pode perder mais uma

Ainda neste ano, sairá a decisão da ação que o ex-prefeito Theodorico Ferraço (DEM) moveu contra o prefeito Carlos Casteglione (PT) de ter usado, segundo ele, indevidamente a imagem do presidente Lula na campanha eleitoral de 2008, quando o demista foi derrotado nas urnas. A luta que parece afagar o desbarato ocorrido há dois anos pode trazer outro mau êxito para Ferraço.



Felicidade eternizada


Pelo menos na fotografia, eles estão felizes. Prefeito e vice estiveram juntos na Festa do Servidor que aconteceu na sexta-feira no CMU. Olhando o registro nem aparenta que Braz Barros (PR) rompeu politicamente com Carlos Casteglione (PT), se é que isso não passou de uma ação para baiano ver.

Desta vez, o texto vai sem análise. Para não fazer parte dessa novela mexicana, vou postar aqui apenas a trilha sonora desta história que não tem nada de clássica. Segue letra da música Anos Dourados, de Tom Jobim e Chico Buarque.





Anos Dourados


Parece que dizes,
Te amo, Maria
Na fotografia
Estamos felizes
Te ligo afobada
E deixo confissões no gravador
Vai ser engraçado
Se tens um novo amor.
Me vejo a teu lado
Te amo?
Não lembro
Parece dezembro
De um ano dourado
Parece bolero
Te quero, te quero
Dizer que não quero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais




Não sei se eu ainda
Te esqueço de fato
No nosso retrato
Pareço tão linda
Te ligo ofegante
E digo confusões no gravador
É desconcertante
Rever o grande amor
Meus olhos molhados
Insanos dezembros
Mas quando eu me lembro
São anos dourados
Ainda te quero
Bolero, nossos versos são banais
Mas como eu espero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais.





quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Pressão parece aumentar


Nos bastidores, a informação é de que a pressão para o vice-prefeito cachoeirense Braz Barros (PR) deixar o governo é cada vez maior. Há quem diga que existe ameaça de expulsão de Braz do partido caso não atenda a recomendação, que, como todos já sabem, é do senador Magno Malta.

E essa novela parece não acabar. Braz já concedeu algumas entrevistas, mas sem expor uma posição definitiva. Longe da imprensa, ainda ora por uma solução, que, para ele, é a 'paz' e/ou  a trégua entre Magno e o governo para que ele possa viver sem turbulências até o fim do mandato.

Imagino que (apesar de estar num campo de batalha de uma guerra que não é sua) em algum ponto ele tenta desfrutar dessa empoeirada confusão. Para quando a poeira baixar, o pastor de Itaoca possa surgir com um sorriso no comando de uma secretaria. E tenho certeza que se ele, e não Magno, pleitear uma pasta que o resgate do ostracismo do Centro de Manutenção Urbana (CMU), no bairro São Geraldo, a caneta palaciana estará a seu favor devido à fidelidade e empenho empregadas até então.

Já o rompimento pode trazer sérios danos ao vice. Caso ele decida se desligar politicamente do prefeito, outra pressão irá surgir contra Braz. Toda a sociedade irá cobrá-lo para que se desapegue também do salário de quase R$ 7 mil. E se a demora para se decidir for semelhante à da situação atual, o peso da opinião pública o castigará como no Velho Testamento.

Daí, quando estiver moribundo politicamente, talvez, quem o forçou a tomar tal decisão lhe dê a mão para levantar e retomar os passos. De repente, até já exista essa promessa. Até porque, um do grupo sairá em breve do palácio, porém com destino a outro palácio: o Anchieta, e com a benção do senador.


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Luiz Paulo teve mais coragem que Serra


O fato de Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB) não ter atacado o governo de Paulo Hartung (PMDB) é mais compreensível que José Serra (PSDB) não ter atacado a administração de Lula (PT). Na verdade, a covardia de Serra não justificava nem mesmo o seu ingresso como candidato; era melhor ter permanecido como governador de São Paulo: mais honroso terminar o mandato do que tentar engabelar o povo para se mostrar uma continuidade de Lula, sem a hombridade de se assumir oposição.

Luiz Paulo é amigo pessoal e de militância de Hartung há mais de duas décadas. O PSDB participou efetivamente do atual governo estadual e só deixou de caminhar junto porque os ventos políticos os separam. Contudo, a administração hartunguiana tem o DNA tucano, mais que o petista.

Ficar fora do guarda-chuva de Hartung era uma situação óbvia de completo desfavorecimento político para Velloso. Imagino que o único momento em que o tucano imaginou que poderia dar a volta por cima foi quando aconteceu a famosa reviravolta política. Na época, muitos – inclusive eu – previam que as consequências da mudança favoreceriam Luiz por conta da tamanha insatisfação que gerou no mercado político; principalmente no PDT e PR. Só não aconteceu por causa da habilidade do governador e da ausência de revolta de Ricardo Ferraço (PMDB).

Na campanha, Luiz Paulo atacou seu adversário Casagrande (PSB) e poupou Hartung, tanto por sua imensa popularidade como por sua estreita relação política e de fidelidade. Já Serra não tinha nenhum vínculo com Lula. Pelo contrário, ele e seu partido sempre foram rivais. Por isso, foi covarde por não ser o que é.

Retornando a Luiz Paulo, devo registrar aqui o seu partidarismo e militância. Ele fez o que Serra temeu: gritou em todo lugar onde ia contra o PT e também em desfavor a Lula. Para mim, é um político corajoso, que, já consciente da derrota, não deturpou sua ideologia para fazer falsa média e conquistar eleitores com discursos maquiados.

Luiz perdeu, mas pode seguir com a cabeça erguida, pois não se ‘submeteu’ a pintar algumas penas do tucano de vermelho, nem de verde no 1º turno. Foi derrotado também (não só por isso, é óbvio) por se dedicar mais a Serra do que à sua própria candidatura. Um guerreiro que faltou ao PT do Espírito Santo (com justa exceção de Magno Malta - PR).


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Em Castelo, PT fracassa novamente


Mais uma vez, José Serra (PSDB) conquista mais do que o dobro de votos que Dilma Rousseff (PT) teve em Castelo. Nada anormal se o governo do município não fosse governado por um petista e se o governador eleito, da coligação de Dilma, não fosse natural da cidade. Sem contar que oposição e situação em Castelo têm ligações estreitas com a coligação de Dilma.

No 1º turno, Serra teve 11.307 votos contra 5.571 da petista. No 2º turno, o tucano continuou voando alto entre os eleitores castelenses e obteve 14.324 sufrágios enquanto Dilma conseguiu menos da metade: 6.844 votos.

A abstenção por lá também foi maior neste domingo; 3.024 eleitores não foram às urnas. No primeiro turno, abstiveram-se 2.585 eleitores.

Serra aumenta a votação em Cachoeiro


O empenho para que a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) angariasse mais votos em Cachoeiro teve resultados, porém não o suficiente para que ela batesse José Serra (PSDB) dentro do município governado pelo PT.

Dilma teve 9.736 votos a mais que o conquistado no 1º turno, quando conseguiu 28.662 votos contra 46.417 de Serra. Desta vez, o tucano não só voltou a superar a petista como alcançou crescimento de 26%, o equivalente a 12.554 votos a mais.

Os petistas iniciaram a campanha de Dilma na reta final das eleições, e depois dos tucanos. Cabos eleitorais exibiam bandeiras e espalhavam adesivos. No sábado, que antecedeu o pleito, o prefeito Carlos Casteglione (PT) puxou uma carreata em apoio à Rousseff.

A abstenção no 2º turno em Cachoeiro foi maior. Quase 25 mil pessoas, num eleitorado de 127.750 eleitores, deixaram de votar na etapa final das eleições presidenciais. No 1º turno, 20.734 eleitores se abstiveram.