terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sem sinais de furação


Esta segunda jornada administrativa do prefeito Carlos Casteglione (PT) o exigirá mais destreza para lidar com os desafios da cidade. Se o primeiro mandato foi marcado por insatisfações populares, mediante as pesquisas divulgadas desde 2009, o seguinte estará sob longas observações críticas de cada ação ou inércia de seu governo.

Casteglione não terá mais como se apoiar no discurso de “arrumar a casa” para justificar quaisquer impossibilidades de tocar este ou aquele projeto. Apesar da baixa do Fundap, ele mostrou que tem consolidada a parceria com os governos estadual e federal; aproximação que poderá minimizar os impactos negativos da ausência do fundo.

Com a polarização nestas eleições, desconsiderando os votos brancos, nulos e as abstenções, a cidade também ficou dividida. Em sendo assim, quase a metade dos eleitores cachoeirenses já se tornou crítica ferrenha da administração e a outra parte, que elegeu o prefeito, só será mantida mediante o atendimento às suas expectativas – atreladas ao plano de governo apresentado.

Particularmente, sou a favor de um mandato de seis anos, sem o direito à reeleição. A explicação é que diversos gestores, Brasil afora, reclamam da forma como pegaram a prefeitura e, geralmente, iniciam volume de obras ao fim do terceiro ano do mandato e aumentam no ano seguinte, que é o das eleições.

Ora, tal prática comprova que é possível ‘programar’ a máquina pública para realizar as intervenções necessárias à população em três anos de ‘operação’; tendo seis anos o mandato significa que as cidades se tornariam em ‘canteiros de obras’   durante, no mínimo, três anos consecutivos.

Retornando a Cachoeiro, que está com a casa arrumada (conforme dito em campanha pelo petista), percebe-se que no campo administrativo não haverá grandes dificuldades para atender as demandas prioritárias, assim como os compromissos firmados através do Orçamento Participativo (OP). É óbvio que entre 2013 e 2016 não serão solucionados todos os problemas de Cachoeiro; mas as principais bandeiras de Casteglione, que são o trânsito e a área da saúde, poderão ter grandes avanços.

Ao contrário do furacão que causou destruições em Cuba, Jamaica, República Dominicana e Haiti, para Cachoeiro – tirando o calor – a expectativa é de ‘bons ventos’. Digo isso levando em conta também o aumento da representatividade na Assembleia Legislativa. Antes, tínhamos somente os deputados Theodorico Ferraço (DEM) e Glauber Coelho (PR); agora teremos, somado a esses, Rodrigo Coelho (PT) e Marcos Mansur (PSDB). Em âmbito federal, Camilo Cola retorna à Câmara dos Deputados.

Tenho certeza que se as fortes cobranças que estarão sobre o prefeito Casteglione também se voltarem a esses quatro parlamentares, o município irá majorar o seu potencial de investimento e o benefício será coletivo, como deve ser.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Fim de uma fase


A reeleição do prefeito Carlos Casteglione (PT) marca a transição na política cachoeirense. Sempre foi dito que as candidaturas do petista e de Glauber Coelho (PR) representavam essa passagem no tempo, mas, na verdade, somente a de Casteglione tinha essa finalidade.

Reafirmo o que já disse antes: Glauber não era um candidato ruim, simplesmente foi traído pelas circunstâncias. Em 2008, Casteglione venceu o então candidato Theodorico Ferraço (DEM), que não tinha a preferência da maioria dos cachoeirenses desde 2004, quando seu candidato Jathir Moreira foi derrotado por Roberto Valadão (PMDB), que também perdeu na eleição seguinte.

O ex-deputado estadual José Tasso sangrou à época que esteve na Assembleia Legislativa com denúncias de improbidade, sem contar que é mais um personagem do rodízio político eleitoral em Cachoeiro.

Respeito também a contribuição de todos os ex-prefeitos para a cidade, porém é comum à população renovar suas lideranças. Não há dúvidas que Glauber Coelho seria ‘o novo’ nestas eleições, tanto que o próprio PT temia uma candidatura sua - preferia a de Ferraço.

Porém, a candidatura de Coelho perdeu o rótulo de ‘novo’ e acabou por representar o ‘bloco dos ex-prefeitos’, cuja rejeição pode ter pesado em sua derrota. Por isso, a sua vitória não representaria uma transição.

Do outro lado, Casteglione, que tinha um mandato desgastado – mediante algumas pesquisas -, conseguiu fôlego novo ao ter como vice-prefeito o médico Abel Santana (PV). Além disso, muitos eleitores mediram o quadro eleitoral com o que foi feito nos quase quatro anos desta gestão com o que os ex-prefeitos deixaram de fazer.

Enfim, eis que vivemos a transição política em Cachoeiro. Até porque, caso Glauber Coelho tente a prefeitura em 2016, não tenho certeza se ele desejará os mesmos apoios conquistados neste pleito; e duvido que algum ex-prefeito se aventure a tentar voltar à prefeitura.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Eleição continua indefinida em Cachoeiro


A pesquisa publicada pelo jornal Aqui Notícias nesta quinta-feira (4/10) acentua a indefinição dos eleitores de Cachoeiro de Itapemirim que se mantém desde julho deste ano. A diferença da sondagem anterior é que o candidato à reeleição Carlos Casteglione (PT) cresceu nas intenções de voto, enquanto seu adversário Glauber Coelho (PR) teve uma leve queda. Este foi o principal fator que fez reduzir a distância entre os dois.

Sem dúvida, se as eleições fossem hoje, Glauber seria o novo prefeito de Cachoeiro. No entanto, ainda restam alguns dias para as eleições e o seu adversário não pode ser subestimado.

Digo isso tendo como base as eleições de 2008, quando o petista derrotou o gigante Theodorico Ferraço (DEM) na última semana do pleito. De acordo com a pesquisa, os indecisos, cujo índice é de 13%, irão decidir esta eleição, considerando que mais da metade não rejeitam nenhum dos dois candidatos.

Para especialistas em pesquisas, Casteglione e Glauber seguem empatados tecnicamente. Por ser a margem de erro do diagnóstico publicado de 4,9%, os especialistas afirmam que a margem pode ser expandida a 9,8%, ou seja, o dobro.

Avaliando essas colocações, a disputa ficará acirrada entre os candidatos até a apuração dos votos, antes disso os apontamentos não são 100% precisos. Para encerrar, permito-me um chute: o vencedor não terá vantagem superior a cinco mil votos.