Esta segunda jornada
administrativa do prefeito Carlos Casteglione (PT) o exigirá mais destreza para
lidar com os desafios da cidade. Se o primeiro mandato foi marcado por
insatisfações populares, mediante as pesquisas divulgadas desde 2009, o seguinte
estará sob longas observações críticas de cada ação ou inércia de seu governo.
Casteglione não terá mais como se
apoiar no discurso de “arrumar a casa” para justificar quaisquer
impossibilidades de tocar este ou aquele projeto. Apesar da baixa do Fundap,
ele mostrou que tem consolidada a parceria com os governos estadual e federal;
aproximação que poderá minimizar os impactos negativos da ausência do fundo.
Com a polarização nestas
eleições, desconsiderando os votos brancos, nulos e as abstenções, a cidade também
ficou dividida. Em sendo assim, quase a metade dos eleitores cachoeirenses já
se tornou crítica ferrenha da administração e a outra parte, que elegeu o
prefeito, só será mantida mediante o atendimento às suas expectativas –
atreladas ao plano de governo apresentado.
Particularmente, sou a favor de
um mandato de seis anos, sem o direito à reeleição. A explicação é que diversos
gestores, Brasil afora, reclamam da forma como pegaram a prefeitura e,
geralmente, iniciam volume de obras ao fim do terceiro ano do mandato e aumentam
no ano seguinte, que é o das eleições.
Ora, tal prática comprova que é
possível ‘programar’ a máquina pública para realizar as intervenções necessárias
à população em três anos de ‘operação’; tendo seis anos o mandato significa que
as cidades se tornariam em ‘canteiros de obras’
durante, no mínimo, três anos consecutivos.
Retornando a Cachoeiro, que está
com a casa arrumada (conforme dito em campanha pelo petista), percebe-se que no
campo administrativo não haverá grandes dificuldades para atender as demandas
prioritárias, assim como os compromissos firmados através do Orçamento Participativo
(OP). É óbvio que entre 2013 e 2016 não serão solucionados todos os problemas
de Cachoeiro; mas as principais bandeiras de Casteglione, que são o trânsito e
a área da saúde, poderão ter grandes avanços.
Ao contrário do furacão que causou
destruições em Cuba, Jamaica, República Dominicana e Haiti, para Cachoeiro –
tirando o calor – a expectativa é de ‘bons ventos’. Digo isso levando em conta
também o aumento da representatividade na Assembleia Legislativa. Antes, tínhamos
somente os deputados Theodorico Ferraço (DEM) e Glauber Coelho (PR); agora
teremos, somado a esses, Rodrigo Coelho (PT) e Marcos Mansur (PSDB). Em âmbito
federal, Camilo Cola retorna à Câmara dos Deputados.
Tenho certeza que se as fortes
cobranças que estarão sobre o prefeito Casteglione também se voltarem a esses
quatro parlamentares, o município irá majorar o seu potencial de investimento e
o benefício será coletivo, como deve ser.