sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Uma comunicação do barulho

É óbvio que o prefeito de Cachoeiro, Carlos Casteglione (PT), tem que analisar e avaliar o progresso ou não de cada secretaria nestes dois anos. Os secretários que não atingiram as metas devem ser substituídos; e essas alterações servem para oxigenar a prefeitura e dar mais celeridade aos projetos e às ações.

Uma das secretarias que parecem estar na contramão de qualquer agenda positiva é a de Comunicação. Certo que todo o conjunto de pastas colabora para uma boa avaliação do prefeito, mas a de Comunicação cuida especificamente da imagem dele. E essa imagem está ‘esfaqueada’.

Sempre acreditei que a Secretaria de Comunicação deveria estar atrelada à Coordenação Política da prefeitura. Se não há essa possibilidade, talvez até legal, que a Comunicação tivesse em sua gestão, no mínimo, pessoas politizadas. Mas, na verdade, é necessária a presença na chefia da pasta de profissionais que conheçam de fato a política local e saiba se relacionar.

Às vezes, integrantes desta pasta querem falar de moral e ética, mas compactuaram em plena harmonia com as alianças tortas que o governo fez ao longo deste mandato. E se essas parcerias foram desfeitas, não houve nenhuma participação (e nem conhecimento) da Comunicação para isso.

Outro ponto da ineficiência da Comunicação está na própria pesquisa feita pela Futura. A maioria dos entrevistados não acredita que o prefeito cumprirá o que prometeu durante a campanha política. E não era para existir esse quadro, justamente num momento em que Casteglione jura já ter cumprido 70% do que anunciou em 2008. O que acontece então? Falha na comunicação.

A maioria dos entrevistados na pesquisa da Futura acha o prefeito sem competência para administrar o município. Em contraponto, o petista lutou e conseguiu os recursos milionários do PAC 1 e está há mais de um ano tentando emplacar Cachoeiro no PAC2. Sobre esse segundo nunca se falou nada, se foi dito é como se não tivesse falado.

Até mesmo a quebra na relação entre o deputado Camilo Cola (PMDB) e o governo foi por falta de Comunicação. Poderia os profissionais de lá terem divulgado na imprensa as dificuldades que a administração tinha para transformar as emendas de Camilo em obras. Caso isso tivesse acontecido, não teria como ninguém dizer que Casteglione não se esforçou e tão pouco seria chamado de “prefeito tartaruga”.

Para aplaudir, o prefeito tem mais de 500 comissionados. Na Secretaria de Comunicação é preciso alguém que tenha visão ampla e que discorde do gestor quando for necessário. Alguém que não concorde com tudo em claro posicionamento de desconhecimento. Alguém que tenha a sensibilidade de medir o que a população pensa e repasse ao prefeito o quadro fiel, e que saiba sugerir estratégias de comunicação.

Na medida unilateral e autoritária de alteração da utilização do Passe Livre era para existir alguém que sugerisse ao prefeito a dialogar antes com a população, para explicar o porquê das mudanças, os pontos positivos, números, avanços etc. Até mesmo uma audiência pública caberia. Ou esse não é o governo onde a população participa das decisões? Cadê o “pacto de fidelidade” – expressão associada ao Orçamento Participativo (OP) e ao governo? O resultado dessa falta de parceria com os cachoeirenses foi mostrado na pesquisa. Faltou ao prefeito se comunicar; até hoje tem gente acreditando que o Passe Livre acabou.

A prestação de contas que Casteglione faz nos bairros neste ano é um fracasso de público. Somente comparecem ao evento os comissionados e membros do PT, que estão no governo. Mais ninguém. Para quem duvida, confira na fotografia o encontro que aconteceu no bairro BNH ou acompanhe as demais prestações de contas. Faltam mobilização e comunicar e convencer à população.

Tem ainda a péssima relação entre a Comunicação e a imprensa. Iludidamente, acreditando ter adotado uma estratégia eficiente de trabalho, a pasta de Comunicação dificulta o trabalho dos veículos de comunicação com o antipático envio de notas. O contato entre a imprensa e os demais secretários só podem acontecer por meio da Comunicação ou após a autorização dela. Essa centralização limita o trabalho da imprensa e inviabiliza a resolução de quaisquer dúvidas que o repórter pode ter depois.

Essa centralização, por vezes, deixa a imprensa sem informação quando não há agilidade de certos profissionais da Comunicação em conseguir apurar a demanda – situação que um repórter resolveria em poucos minutos. Neste caso, o jornalista é impedido de executar parte de suas quatro ou cinco pautas diárias. E essa ‘proibição’ de contato entre a imprensa e alguns secretários causa revolta também em integrantes do primeiro escalão, que têm muitas de suas ações aprisionadas no anonimato, o que consequentemente respinga no prefeito.

Por fim, quero evidenciar que existem excelentes profissionais na Secretaria de Comunicação, mas, em respeito à hierarquia, agem em obediência às regras desvairadas impostas por seus superiores. Creio que seja uma espécie de avaliação parecida que o prefeito deva fazer com as demais secretarias.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Estratégia equivocada

Como reverter uma insatisfação insistindo junto ao insatisfeito que ele está satisfeito? Algo parecido com a história de contar uma mentira mil vezes até que ela se torne verdade. Mas, há somente semelhança, pois para quem participa do contexto não acreditará na mentira mesmo que contada 100 mil vezes.

A estratégia adotada pelo prefeito Carlos Casteglione em dizer que está feliz por ter a sua avaliação melhorado – sendo que a situação é extremamente inversa – é menosprezar a inteligência dos cachoeirenses e de seus eleitores. E isso é um grande pecado.

Talvez, o prefeito e assessores acreditem que nem todo mundo viu a pesquisa divulgada pela A Gazeta e utilizam os veículos de massa para dizer o contrário do resultado. Se foi essa a estratégia, novamente o tiro saiu pela culatra. Esquecem que estão falando diretamente para os insatisfeitos.

A leitura feita pelo governo chegou ao ponto de levantar críticas fortes de um forte aliado seu: o padre Romulo Zagotto. Em artigo publicado ontem nos jornais locais, o padre classificou como “leitura míope” o que a administração vem fazendo diante dos números da pesquisa.

A falta de reconhecimento do mau momento, carimbado por Romulo, desdobrou-se ainda em ser o governo petista taxado por estar “em fase terminal”, observação também pelo padre. Ou seja, o que estava ruim pode ficar pior.



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Tem que identificar a crise


Caso o prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione (PT), não tenha mudado de opinião, o resultado da avaliação de seu governo foi satisfatório. Em 2010, diante de uma reprovação de 38% da população local, ele considerou que 62% aprovaram. Na avaliação do ano passado, havia grande percentual na faixa do ‘regular’, a qual Casteglione via como positivo por ser um ponto de partida para o ‘bom’ e ‘ótimo’. Neste ano, a reprovação foi de 39%, apenas 1% de diferença, dentro da margem de erro de 4,9 pontos percentuais.

Pelas declarações de Casteglione, nem ele acredita mais naquela forma de leitura. Até porque preferiu jogar pedras para trás e culpou seu antecessor pela má avaliação. Mesma má avaliação não assumida no ano passado. E, pela falta de humildade, nunca vinculará resultados ruins às suas atitudes e gestão.

O que fica claro na pesquisa é que os índices foram mantidos em relação ao resultado do ano anterior. Não houve melhoras; pelo contrário: nem após a crise financeira, que assolou diversos municípios, o governo teve ascensão aos olhos dos cachoeirenses.

Cresceu o número de entrevistados que consideram a gestão de Casteglione igual ou pior que a de Roberto Valadão (PMDB). Vale ressaltar que, na tentativa de reeleição, o peemedebista obteve míseros 7 mil votos.
Também é alta a quantidade de pessoas, participantes da pesquisa, que avalia que o petista não cumpre o que promete e que ele não está preocupado com o povo. Casteglione continua sendo o prefeito pior avaliado do estado.

Pois bem. Não há mais crise financeira e/ou econômica. Ainda assim, continua existindo uma crise na prefeitura a qual o prefeito deve identificar urgentemente. Claro que o primeiro passo é Casteglione reconhecer que esses números negativos são seus, frutos de sua gestão. A esta altura não cabe mais associar mazelas próprias ao gestor que o entregou as chaves do palácio. (Na verdade, o prefeito deveria agradecer pelos projetos deixados, processos próximos da ordem de serviço e obras para inaugurar. Se não os fossem, o resultado poderia ser ainda pior.)

Deve o prefeito ouvir quem está disposto a lhe dizer a verdade e compreender que a verdade nem sempre é agradável de ouvir. Tem que analisar a produção de cada secretário nestes dois anos e trocar aquele que não atendeu as expectativas. A alteração no secretariado é algo natural e que deve haver para oxigenar o governo. Nem sempre quer dizer incompetência ou inimizade. E por fim os petistas precisam reencontrar as suas raízes, remetendo-se à vitória de 2008.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Jathir pode figurar eleições de 2012

Após ficar cinco anos sem disputar cargos políticos, Jathir Moreira (foto/E)pode tentar o pleito de 2012, em Cachoeiro de Itapemirim. Ocupando o cargo de superintendente regional de Saúde, sob indicação de seu partido, o DEM, via deputado Theodorico Ferraço, Jathir deve seguir para o PMDB.

Já é conhecida a crise instalada dentro do PMDB, que não encontra nomes em seus quadros para encabeçar uma chapa nas eleições municipais. Já aconteceram duas conversas com o médico Abel Santana (PV), porém a superficialidade do diálogo acortinou a verdadeira intenção do partido.

Além da crise de nomes, há também divergências na escolha. O nome de Abel é defendido por alguns. Há também a idéia de lançar o deputado Camilo Cola como pré-candidato – inclusive, isso pode acontecer em breve. E, ao que parece, Camilo teria simpatia ao nome de Jathir.

Mas, vamos colocar os pingos nos ‘is’. Apesar do interesse peemedebista, Abel Santana é o grande trunfo do PV, que também sonha no crescimento do partido, construindo uma vitória na eleição majoritária municipal. Só não se sabe até quando os verdes irão resistir à estrutura que o PMDB pode oferecer.

Outro ponto é o seguinte: há quem queira compor com o PV, submetendo o PMDB à condição de vice em 2012; neste cenário entraria Jathir Moreira. Porém, vale ressaltar que da mesma forma como um grupo foi contrário à aliança com o governo petista também o será com um papel de coadjuvante.
Claro que ainda tem muita coisa para acontecer até o pleito seguinte. No entanto, para o PMDB ter Abel ou Jathir como opção de candidatura o prazo é o mês de abril, mês limite para filiação daqueles que pretendem concorrer às próximas eleições.

Jathir

A última eleição disputada por Jathir Moreira foi em 2006, pelo PSDB. Disputando vaga na Câmara dos Deputados, ele obteve 20.888 votos, sendo 14.247 em Cachoeiro. Antes disso, Jathir – no PTB - polarizou o pleito para prefeito, em 2004, com Roberto Valadão (PMDB) e, mesmo com apoio de Ferraço, perdeu com uma diferença de 14 mil sufrágios.

Marca de Ferraço

Cá pra nós: a crise de nomes no PMDB é acentuada. As duas opções postas – Jathir e Abel – têm a marca do maior inimigo político do partido: Theodorico Ferraço. O último nome forte peemedebista já não se encontra em condições de disputa. Trata-se de Roberto Valadão que acumulou duas derrotas massacrantes nas últimas eleições.

Jathir Moreira, embora fora vereador combatente diante do governo ferracista, acabou por se aliar ao ex-prefeito e embarcou para ser seu sucessor. Desde então, caminha lado a lado com Ferraço e goza de cargo indicado por ele. Ou seja, Jathir tem o ‘carimbo’ ferracista em local visível.

Já a relação entre Abel Santana e Ferraço é familiar. Seu pai, de mesmo nome, já foi prefeito em Cachoeiro pelo partido Arena, que duelava a política local com o MDB. Na Arena, sigla que representava a ditadura militar, também estava abrigado Ferraço.

Talvez, também por laços familiares, Theodorico teria dado uma força a Abel nas eleições do ano passado, quando o médico concorreu ao mandato de deputado federal. Pela região serrana e outras áreas, há quem tenha flagrado o carro de Ferraço com materiais de campanha de Santana. Ou seja, Abel também tem a marca.

Considerando essas questões, vê-se que qualquer uma das escolhas que o PMDB fizer não terá afinidade ideológica. Por outro lado, dificilmente será possível ‘produzir’ um nome de dentro de casa para ser escolhido pela população cachoeirense, sem ter a máquina na mão. Enfim, o PMDB está entre a falta de ideologia e o ostracismo. 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Sinuca de bico para Ricardo


Dois mil e doze pode não ser um ano fácil para o senador Ricardo Ferraço (PMDB), pelo menos no que diz respeito às eleições municipais em Cachoeiro de Itapemirim, caso seu pai, o deputado Theodorico Ferraço (DEM), venha a ser candidato a prefeito.

Por razões familiares, Ricardo sempre subiu ao palanque de seu pai, principalmente nas eleições de 2008, quando Ferraço perdeu a disputa para o atual prefeito Carlos Casteglione (PT).

No entanto, o cenário de 2012 ganha outros traços e cores. O PMDB, nesta semana, decidiu que não fará aliança com o PT e lançará candidatura própria para concorrer à prefeitura local. A questão é a seguinte: será Ricardo partidário ou não? Apoiará o provável candidato de seu partido ou o inimigo número 1 do PMDB, que é o seu pai?

Situação parecida passou o ex-senador Gerson Camata (PMDB). Sua esposa, a então deputada Rita Camata (PSDB), disputou uma das duas vagas para o Senado pela coligação adversária. Devido aos laços familiares, o PMDB estadual liberou Camata para fazer campanha para Rita, que, mesmo assim, não teve sucesso no pleito.

Voltando a Cachoeiro, pode também acontecer do PMDB estadual liberar Ricardo para fazer campanha para Ferraço, caso, é claro, ele venha a ser candidato. Mas, certamente, o não alinhamento do senador aos ideais do diretório cachoeirense irá causar grandes revoltas.

Vale ressaltar que o ingresso de Ricardo no PMDB, ainda durante o governo Hartung, foi acentuadamente dificultado pelo partido da capital secreta. E a filiação só foi possível quando a sigla local foi convencida do contrário. 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Até quando haverá a maioria?


É certo que na política tudo muda em surpreendente velocidade. Por conta disso, a prefeitura de Cachoeiro corre para aproveitar a maioria na Câmara para aprovar projetos importantes. Entre eles, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), matéria que o prefeito Carlos Casteglione (PT) vetou por ter recebido mísero 1,3% de índice de remanejamento.

O veto foi apreciado logo na primeira sessão ordinária que ocorreu nesta terça-feira e foi mantido. Apenas o vereador José Carlos Amaral (DEM) votou contra. Agora, o prefeito vai encaminhar novo projeto solicitando 60%, o que, teoricamente, já pode ser considerado como aprovado. Vale lembrar que o ex-prefeito Theodorico Ferraço (DEM) sempre teve 100%.

Já nas eleições das comissões permanentes a impressão superficial é de que o governo sofreu uma derrota. Isso pelo fato do demista Luizinho Tereré ser eleito presidente da Comissão de Justiça, sem dúvida a de maior relevância e que tem o poder de travar qualquer matéria, caso haja inconstitucionalidade.

A superficialidade da derrota neste caso é que Tereré não é de toda oposição, como muitos acreditam. Apesar de estar no mesmo partido de Ferraço, não é ferrenho como Amaral. Luizinho tem posicionamento mais crítico, porém com essência produtiva, e não utiliza seu mandato para impedir a aprovação de projetos focados no bem comum. Sendo assim, Tereré não será uma pedra no sapato do governo e sim um fiscalizador, como deve ser.

Neste início de ano, a prefeitura deve enfileirar os projetos prioritários, que dependem de apreciação da Câmara, para agilizar os processos e tornar realidade os avanços que espera. Até porque, ninguém sabe até quando durará essa maioria. Ou seja, houve o empenho para construir a base aliada; e haverá também o dobro do esforço para mantê-la.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O peso das pedras


A resistência parece imperar no PMDB quando o assunto é entrar no governo de Carlos Casteglione (PT). Não é de hoje que peemedebistas de Cachoeiro têm aversão à ‘filosofia’ petista. Porém, quando as duas siglas sentaram à mesa para dialogar a possibilidade de caminharem juntos, pareceu que o PMDB daria um passo atrás, deixaria de lado o sentimento e entraria sem mágoas no palácio Bernardino Monteiro. Só que nada será tão fácil assim.

Como postado neste blog no dia 18 de janeiro, o PT encontraria sérias resistências dentro do PMDB para conseguir a coalizão. Ao assumir, Casteglione jogou muitas pedras em direção ao governo anterior, gerido por Roberto Valadão (PMDB).

O atual prefeito acusou ter recebido uma ‘casa desarrumada’, mesmo inaugurando diversas escolas no primeiro ano; acentuou graves suspeitas de corrupção diante dos recursos oriundos do PAC; afirmou que Cachoeiro era uma ‘pedra no sapato’ do sul do estado, por obstacular o desenvolvimento regional; e, ainda na campanha eleitoral, afiançou que o governo peemedebista não havia conseguido recursos do PAC para obras em nove bairros, e sim do projeto Nosso Bairro. Hoje, num toque de mágica, só se fala em PAC no palácio.

A operação da Polícia Federal (PF) em Cachoeiro, chamada de João de Barro, ainda rende inúmeras suspeitas entre os peemedebistas. Naquela época, houve quem confirmasse, junto à PF, que Cachoeiro não estava no roteiro da intervenção policial. E, ainda hoje, há quem esteja ‘munido de certeza’ que a ação teve influência petista.

No processo eleitoral, não foi apenas o candidato Theodorico Ferraço (DEM) que se revoltou contra algumas supostas negociações. Na casa peemedebista, a palavra que infestou o ar, talvez, foi a ‘decepção’. Afinal, aliados do então candidato à reeleição foram se distanciando e conversando com os eleitores baseados em discursos contrários. Assim, a coligação foi aos poucos se esvaziando, de forma não oficial. Sabe-se lá o que aconteceu... mas, há no PMDB quem desconfie.

Dois anos depois, um conflito  surge com a figura de honra do PMDB, o deputado Camilo Cola. Enquanto todo o partido repugnava o PT, Camilo se colocou como primeiro parceiro do governo Casteglione e lutou, até convidando outros parlamentares, em favor de Cachoeiro. O retorno desse apoio (ou a falta dele) já foi motivo de ‘guerra’. E há quem não desfaça a opinião de que Cola perdeu as eleições por não ter recebido a visibilidade necessária da administração local.

Enfim, para um grupo majoritário do PMDB o que foi praticado pelos petistas foi desleal. E no quesito lealdade, o mesmo grupo acredita que ela não existiria, por parte do PMDB, caso o partido caminhe lado a lado com Casteglione; uma vez que a reeleição não é o caminhão da redenção peemedebista. 

Crédito da foto: AFP

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Nova mudança

Embora o PV tenha cogitado em assumir a Secretaria de Meio Ambiente, não foi esse o destino do partido, pelo menos para o primeiro escalão. O vereador Tenente Moulon (PV) assumirá a pasta de Serviços Urbanos e Delandi Macedo, do PSC, permanecerá no Meio Ambiente por definição do prefeito de Cachoeiro, Carlos Casteglione.

O PDT abriu mão da Secretaria de Serviços Urbanos para ficar com subsecretarias e gerências no governo. O PV também foi contemplado com a subsecretaria na pasta chefiada por Delandi, a ser ocupada Gustavo Coelho, que já fez parte do primeiro escalão na pasta de Esportes.

Tudo certo


Segundo informações, o ex-vereador Fábio Mendes Glória (PMDB) esteve na manhã desta terça no palácio Bernardino Monteiro e acertou os detalhes que faltavam. Fabinho, como é conhecido, vai assumir na Câmara Municipal na próxima terça-feira, quando inicia o ano legislativo.

O peemedebista vai sentar na cadeira deixada vaga pelo vereador Tenente Moulon (PV), que assumirá a pasta de Meio Ambiente. Imagina-se que Moulon tome posse ainda nesta semana. Para preencher o primeiro escalão, moldado na nova estrutura administrativa, falta o PMDB indicar seus nomes para ocupar uma secretaria e três subsecretarias.

Para entender o acordo entre PMDB e PT

http://www.folhadocaparao.com.br/caparao/conteudo.asp?codigo=16088

PV no Meio Ambiente


O retorno do PV para o palácio Bernardino Monteiro será pela pasta que mais tem a ver com a filosofia do partido: a de Meio Ambiente. Resta saber como o atual secretário Delandi Macedo vai ser reaproveitado, uma vez que representa o PSC, outra sigla aliada ao governo.

Paralelamente, as pastas que estão à escolha do PMDB são a de Transportes e de Segurança e Trânsito, que passa a se chamar de Defesa Social, a partir da nova estrutura administrativa. Os peemedebistas ainda não definiram.

Caso optem pela de Defesa Social, o partido tem dois nomes´, que inclusive já a chefiaram na gestão passada: Getúlio Santos e Fábio Mendes Glória. No entanto, não acredito que fiquem com ela. Fabinho fica descartado por retornar à câmara. Já Getúlio não tem da Guarda Municipal o mesmo prestígio conquistado por Fabinho.

Imagino que o PMDB deva escolher a pasta de Gestão de Transportes. Nisso porque o partido tem bons técnicos e força política suficiente para iniciar a renovação da frota de veículos pesados da prefeitura, que é um problema grave ainda hoje.