quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

CTRVV fica por mais nove meses

Já é o sexto termo aditivo que a prefeitura de Cachoeiro faz com a empresa Central de Tratamento de Resíduos Vila Velha LTDA (CTRVV), desde 2005. O contrato com ela já venceu, e a administração municipal realizou licitação, que foi atravancada por conta de recursos apresentados por participantes.

Desta vez, a Secretaria Municipal de Administração, Logística e Serviços Internos prorrogou o contrato por mais nove meses, a contar de quarta-feira (29/12), com a justificativa de atender as necessidades da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos. Aos poucos, a CTRVV vai ficando.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Prefeito banca a queda no preço da passagem


O anúncio de redução do preço da passagem do transporte coletivo é pra valer. O prefeito de Cachoeiro, Carlos Casteglione, publicou o decreto que fixa a tarifa em R$ 1,80 no Diário Oficial desta quarta-feira (29/12). O valor atual é de R$ 2,00 e a empresa que presta o serviço para o município havia sugerido aumento para R$ 2,20.

O novo preço passa a valer a partir de janeiro de 2011. Assim que a medida for sentida no bolso dos cachoeirenses que utilizam o serviço de transporte coletivo, a população poderá associar o benefício adquirido ao interesse público do prefeito. Claro que para ter esse retorno será preciso habilidade.

Secretário pede exoneração


Como divulgado no último texto postado aqui, o secretário municipal de Administração, Logística e Serviços Internos, Manoel Eduardo Baptista Cabral, pediu exoneração da prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim. A exoneração foi publicada na edição desta quarta-feira (29/12) do Diário Oficial.

Recentemente, o nome do secretário foi citado nas investigações em torno da empresa Impacto, que teria participado de esquema de fraude em licitações em diversos municípios capixabas. A Polícia Federal averigou conversa telefônica entre Manoel e um representante da referida empresa. No entanto, não ficou provada nenhuma participação do secretário no suposto esquema fraudulento. De acordo com informações, Cabral se dedicará à iniciativa privada.

Mudanças no secretariado


Importantes mudanças no primeiro escalão da prefeitura de Cachoeiro enfim serão feitas pelo prefeito Carlos Casteglione (PT) em 2011. Algumas alterações terão ligações diretas com novas composições político-partidárias, que poderão servir para incrementar e fortalecer o governo.

Como já escrevi neste espaço, haverá em 2011 uma espécie de força-tarefa por parte do governo de Renato Casagrande (PSB), que não medirá esforços nos investimentos para alavancar a avaliação do petista. A medida é uma solicitação do PT estadual, já que o partido deposita somente em Casteglione a chance de permanecer com uma prefeitura no estado a partir de 2012.

E essa articulação tem o apoio integral do PV estadual. Como contrapartida, os verdes irão participar ativamente da administração cachoeirense e, claro, terão pulso firme diante dos vereadores que insistem em fazer oposição. Tanto que já teria duas secretarias à escolha do Partido Verde.

Outra sigla que irá compor com o governo é o PMDB. Assim como o PV, os peemedebistas também terão seu DNA dentro do palácio. Ainda não se sabe qual pasta e quem a chefiará, o certo é que o governo está disposto a atender à solicitação feita. A primeira conversa nesse sentido será a bordo do novo avião do presidente do partido em Cachoeiro, deputado Camilo Cola. Casteglione viajará com o parlamentar rumo à posse de Dilma, em Brasília.

Fora as trocas de peças por influência política, outras secretarias também terão novos gestores. Na pasta de Desenvolvimento Social, por exemplo, Nilcéia Pizza fora convidada a integrar a equipe de Rodrigo Coelho, que assumirá a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. E a informação é que ela teria aceitado a nova empreitada.

Outras possíveis mudanças podem ocorrer nas pastas de Obras, Saúde, Educação e Comunicação. Vale ressaltar que mais duas secretarias foram criadas por Casteglione: a de Gestão Estratégica e a de Gestão de Transportes. As intervenções servirão para oxigenar o governo e também para reverter a rejeição que algumas pastas têm acumulado junto à opinião pública.

Um ponto positivo para o governo a partir de 2011 é o ingresso do vereador Marcos Mansur (PSDB) à base aliada. Colocada como dependente da Câmara pela unanimidade dos edis, a administração municipal poderá enfim conquistar a maioria no legislativo. Acontece que Gildo Abreu (PT) assumirá no lugar de Glauber Coelho (PR), que foi eleito deputado estadual; e ainda há o novo posicionamento do PV, que tem dois parlamentares na Casa.

Retornando ao novo secretariado, vale ressaltar que é fundamental escolher quadros competentes dentro dos partidos aliados. Pois a nova equipe terá o papel de executar, em curto prazo, tudo aquilo que ainda não surpreendeu positivamente a população cachoeirense. Atingir essa meta é o equivalente a dar a musculatura necessária para Casteglione disputar a reeleição.
 
Em tempo
 
O secretário municipal de Administração, Logística e Serviços Internos, Manoel Eduardo Baptista Cabral, não permancerá na prefeitura. Informações dão conta de que Manoel se dedicará à iniciativa privada.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Prefeito se redime e populariza


Entrando no terceiro ano de seu mandato – ano crucial para qualquer governante – com o pé esquerdo; o prefeito de Cachoeiro, Carlos Casteglione, resolveu dar dois passos para trás. Com isso, ele não só percebeu o quanto seus pés afundavam na lama como também viu o quão longe estava da população, a mesma que o escolheu nas eleições de 2008.

Ainda com a avaliação em baixa, Casteglione teve a coragem de tomar algumas ações de alto grau de impopularidade. Quer o prefeito estender tributo referente à Vigilância Sanitária para empresas e setores, que, com o apoio dos vereadores, estão exalando ódio por onde passam.

Há pouco, o petista resolveu regulamentar o uso do Passe Livre, que é o transporte gratuito do município. Com a alteração, somente utilizaria o serviço quem realmente necessitasse, mediante uma série de critérios para poder se cadastrar. Ficaria de fora os trabalhadores que recebem mensalmente apenas um salário mínimo, e essa é a classe que mais se injuriou.

Na minha opinião, a medida não é incorreta. No entanto, deveria ser adotada no momento de sua criação, o que o fascismo não permitiu. Caso a gratuidade fosse direcionada ao público que realmente precisasse, jamais haveria reclamação. O problema todo é retirar uma gratuidade num momento em que todo mundo a vê como direito adquirido.

Voltando ao assunto, Casteglione conseguiu emplacar duas medidas impopulares num período recorde. Sem dúvida, jamais conseguiria qualquer reação durante 2011 e estaria fadado ao fracasso nas urnas logo após este réveillon.

Como se tivesse enfim sonhado com Maquiavel, o petista conseguiu tirar o pé do acelerador ao perceber que estava rumo ao precipício. Decidiu ampliar – após anunciar a redução - o benefício do Passe Livre aos trabalhadores, que não recebem o suficiente e teriam o preço da passagem como um carrasco de sua renda mensal.

E foi mais longe. Resolveu, estrategicamente, comprar briga grande com a empresa Flecha Branca ao exigir que o preço da passagem seja reduzido de R$ 2,00 para R$ 1,80, num momento em que a concessionária pediu R$ 2,20. Apesar da série de investimentos feita pela Flecha Branca, a imagem dela diante da população não é a das melhoras, ainda mais quando o assunto é monopólio.

Não duvido que haja esse posicionamento político por parte do governo: sair do espaço vago onde orbitava para ficar ao lado da população e lutando a favor dela. A empresa vai gritar com todas as suas forças, até porque, mesmo tendo lucro considerável, ela tem as suas despesas e deixa de ganhar com as diversas gratuidades existentes (idosos, deficientes, policiais e outros). Mas, ao fim, nenhum cachoeirense irá se comover com as lágrimas da viação e pode ainda começar a ver o prefeito com bons olhos. Só falta agora desistir do imposto.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Banquete político do pai


O almoço que ocorreu na quinta-feira no restaurante Belas Artes, em Cachoeiro, onde o vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) agradeceu a sua eleição ao Senado à dezenas de lideranças, teve um tempero futurístico. Ao que se sabe o evento foi promovido por seu pai, o deputado Theodorico Ferraço (DEM), que, como cozinheiro mestre, utilizou ingredientes para receber os elogios em 2012.

Estrategicamente, Ferraço não convidou o prefeito Carlos Casteglione (PT), hoje o seu principal desafeto político. Entende-se que o demista reuniu representantes da sociedade civil organizada já na intenção de promover sua reaproximação e a exclusão do petista, tentando desenhar com antecipação uma suposta realidade após janeiro de 2013.

Com isso, o que pareceu uma confraternização em torno da eleição de Ricardo, foi na verdade um banquete político para o ex-prefeito. No último fim de semana, Ferraço se reuniu com moradores e lideranças do bairro Aeroporto que teriam pedido a sua candidatura nas eleições municipais. De acordo com pessoas que estiveram presentes, o deputado não confirmou a sua participação, mas também não escondeu o interesse.

Neste ano, Ferraço não ficou em silêncio como é a sua característica em época não eleitoral. Tanto que chegou ao ponto de sugerir na Assembleia Legislativa projeto para impedir o governo do Estado de enviar recursos para Cachoeiro. Na justiça, ele deixa claro que não engoliu a derrota em 2008 e continua alimentando ações contra o seu carrasco petista. Uma candidatura para prefeito seria o prato frio de sua vingança.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Oficina da CTRVV. Será?


A empresa CTRVV, de Vila Velha, continua prestando serviço de limpeza pública para a prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim devido a aditivo no contrato, realizado por causa de recurso na licitação para contratar outra empresa. O contrato com a CTRVV já terminou, no entanto ela pode (ou não) conseguir outra ‘boquinha’ na administração.

Acontece que o município está em situação de emergência desde o mês de novembro, justificada pelas dezenas de veículos pesados que estão danificados no pátio do CMU. Quem executava a manutenção do maquinário era a empresa Impacto, que teve o contrato rescindido após ser acusada pela Polícia Federal de participar de suposto esquema de fraudes em licitações em cinco cidades capixabas; entre elas Cachoeiro.

Agora, mais precisamente na edição de 8 de dezembro de 2011 do Diário Oficial, a CTRVV requereu junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente a licença de instalação para atividade de oficina mecânica, para reparos em geral em veículos e/ou maquinários. O endereço da futura oficina é a rodovia Cachoeiro x Rio Novo do Sul, km 1,5 – Urtiga, Coronel Borges; traduzindo: Morro do Lixo.

Com base no decreto de situação de emergência, o prefeito Carlos Casteglione pode contratar sem precisar se submeter à licitação. Como ele ainda não contratou nenhuma empresa (se o fez, não tornou público) para resolver o caos na frota municipal, pode ficar subentendido que ele aguarda a oficina da CTRVV se viabilizar para firmar um contrato de emergência. E para quem tinha suspeitas de que havia ligação entre os proprietários da CRTVV e Impacto pode acabar suspeitando ainda mais. No entanto, é esperar para ver.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Boataria em torno do processo de Marcos Coelho

Desde o mês outubro que corre pelas ruas quentes de Cachoeiro a boataria de que a decisão sobre o processo que tem o vereador Marcos Coelho (PMN) como parte seria publicada. O boato era de tamanha firmeza que até data tinha: 26 de novembro.

Marcos é acusado de vender um terreno supostamente superfaturado para a prefeitura de Cachoeiro durante a gestão de Roberto Valadão (PMDB). Neste mesmo processo, ele chegou a ser afastado de suas funções como parlamentar e teve o salário suspenso. Logo, conseguiu recuperar o direito do ordenado, antes de retornar à câmara. Ele ficou pouco mais de seis meses afastado, tendo Fabrício do Zumbi (PMN) ocupando a sua cadeira no plenário.

Mas, é bem capaz que a ação judicial em desfavor a Marcos Coelho não seja julgada neste ano. Fontes seguras dão conta que o processo está em fase de feitura de perícia para avaliar o terreno que foi desapropriado pela prefeitura cachoeirense. Após a perícia, será verificada a possibilidade de oitivas de testemunhas. E fim de boato.