sábado, 28 de janeiro de 2012

Ex-prefeitos vão dar trabalho nestas eleições

Conversando sobre o cenário eleitoral dos municípios do sul do estado com o amigo Cesar Nemer, proprietário da rádio Cultura, de Castelo, um fato levantado por ele chamou a atenção. Em algumas cidades, os ex-prefeitos colocaram o time em campo e já oferecem riscos ao projeto dos atuais mandatários, sejam os que tentam a reeleição ou aqueles que pretendem emplacar um sucessor.
Vai a minha visão sobre o fato: A tarefa de governar não é fácil. Com exceção das prefeituras litorâneas de Anchieta e Presidente Kennedy, que recebem royalties em quatindade considerável, os demais municípios sofrem com a pífia arrecadação para resolver incontáveis problemas nas mais diversas áreas. Detalhe: tudo é prioridade, principalmente para quem sofre com a mazela.
Um exemplo da discrepância entre as prefeituras do litoral e as demais sulinas está no anúncio feito pelo prefeito de Kennedy, Reginaldo Quinta (PTB). Por lá, serão investidos ao longo de 2012 nada mais nada menos do que R$ 200 milhões. Do outro lado, Cachoeiro tenta atender as comunidades, via Orçamento Participativo (OP), com R$ 15 milhões; e devem restar cerca de R$ 5 milhões para as ações do cronograma próprio.
Retornando à questão eleitoral, dificilmente os prefeitos desses municípios pobres conseguem satisfazer os anseios da população. Afinal, ele tem de estabelecer uma prioridade, de preferência aquela que a cidade realmente mais necessita. Porém, a oposição ataca naquilo que não foi considerado prioridade, o que é a função dos opositores.
Esse jogo é feito justamente para que os eleitores sintam falta do gestor anterior ou antecessor a este. E por muitas vezes essa tentativa de condicionamento dá certo, a ponto de fazer com que os cidadãos esqueçam dos pontos fracos e até vergonhosos dos políticos de outrora; e enxerguem somente as benfeitorias. Certo que a avaliação fica a cargo de cada um e que pode haver situações em que o atual prefeito realmente não desempenha uma boa gestão.
As cidades onde os ex-prefeitos batem à porta com grande possibilidade de obter o êxito são Piúma, com Samuel Zuqui (PSB); Itapemirim, com Alcino Cardoso (PDT), sendo candidato ou apoiando Carlos Magno Caprini (PR); Marataízes, com Toninho Bitencourt (PMDB); Cachoeiro, com Theodorico Ferraço (DEM); Jerônimo Monteiro, com Neuton (PSB); e Ibatiba, com José Alcure de Oliveira (PT).

sábado, 21 de janeiro de 2012

Braz levanta a bola do PAC

Desde quando o prefeito Carlos Casteglione (PT) conseguiu a liberação da parcela seguinte dos recursos do projeto Nosso Bairro, chamado de PAC, o vice-prefeito Braz Barros (PV) foi posicionado à frente de sua condução. Foi criada uma comissão e Braz cuidou de todos os detalhes para garantir as obras de infraestrutura aos nove bairros de Cachoeiro de Itapemirim.

No ano passado, o município sofreu um baque em relação ao PAC: a empresa vencedora da licitação abandonou as obras, alegando o direito de reajuste no contrato. Com R$ 2 milhões em caixa, a prefeitura constatou que a empresa não estava adimplente com os órgãos federais, o que a impossibilitava de receber recursos.

Sem opções, o prefeito Casteglione rescindiu o contrato, unilateralmente. A partir daí, restou administrar o desgaste político, uma vez que centenas de famílias aguardavam ansiosas por intervenções que vão desde acabar com a lama na porta de suas casas até o fim da ameaça de morte por parte de deslizamento de terra.

A solução encontrada pela prefeitura, da qual participou Braz, foi dividir a licitação em cinco lotes. Desta forma, a demanda seria atendida sem dificuldades pelas empresas e a execução nos noves bairros aconteceria simultaneamente. O anúncio foi feito sob poucas esperanças – já que o projeto Nosso Bairro se arrasta desde o último mandato de Theodorico Ferraço (DEM).
Novamente, Braz Barros esteve à frente da condução do projeto, desta vez com a missão de resgatar o PAC logo no início de 2012. E assim o fez. Há cinco dias de devolver a caneta ao titular, Braz, na condição de prefeito interino, assinou ontem quatro contratos que garantem o retorno das obras do PAC.

São mais de 75 intervenções, entre construção de muros de arrimo, escadarias, drenagem, pavimentação etc. O prazo para concluí-las é de oito meses. Segundo Braz, após a assinatura dos contratos haverá a publicação em Diário Oficial e a assinatura da ordem de serviço. Ou seja, a partir de segunda-feira (16), a bola já estará levantada para o prefeito cortar ainda neste janeiro.

Restam apenas detalhes em um lote referente à casas populares e construções de Cras, mas que estão em processo de resolução. O mais importante para tocar as obras é o recurso, que já está nos cofres municipais: R$ 2 milhões. Depois desta execução, faltarão mais três depósitos por parte do governo federal para concluir o montante de R$ 18 milhões do PAC.