terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Casteglione nega conivência com Hospital Materno


Jogado a escanteio. Foi assim que o prefeito Carlos Casteglione (PT) ficou na quinta (19/12) quando 'bateram o martelo' a respeito da finalidade do Hospital do Aquidaban: materno infantil.

Casteglione contou a este blogueiro que não foi comunicado sobre a reunião, embora tenha feito contato com o secretário estadual de Saúde, Tadeu Marino. Para o petista, o encontro teve caráter eleitoreiro.

Além de representantes do governo estadual e do Hospital Infantil (Hifa), estava presente o deputado Theodorico Ferraço (DEM), ex-prefeito de Cachoeiro. Inclusive, o prédio foi inaugurado em sua gestão, há nove anos, durante campanha política na qual Ferraço não conseguiu emplacar seu sucessor.

O prefeito nega concordar em fazer do Hospital do Aquidaban materno infantil e afirma que se mobilizará para que o local seja um Hospital Geral, destinado a trauma, que, segundo ele, tem o aval do Ministério da Saúde.

O petista ainda não assinou a escritura que possibilitará a doação do imóvel do nosocômio ao governo do Estado. Porém, assegurou que cumprirá com sua parte na parceria, embora se considere desrespeitado por integrantes do primeiro escalão da administração de Renato Casagrande (PSB), neste episódio.

Na quinta (26), ele assinará o documento e detalhará o assunto - aqui tratado - durante coletiva de imprensa, às 11h00.

Tudo leva a crer que, após quase 10 anos de entrave, a novela "Elefante Branco" ganhará mais um capítulo.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Denúncia de contador não influi nas investigações do MP

 
O contador Hélio Grechi, acusado de ser o mentor do esquema que desviou mais de R$ 1 milhão da Câmara Municipal de Cachoeiro, tenta passar o rótulo para o presidente da Casa de Leis, Julio Ferrare (PV). A denúncia de Grechi foi publicada em jornal local neste fim de semana.

No entanto, o promotor que investiga o caso, Rodrigo Monteiro, disse que as declarações de Hélio não têm nenhuma influência em suas investigações, até o momento. O contador já esteve duas vezes com o promotor e jamais disse que obedecia ordens de Júlio Ferrare para cometer as falcatruas.

Rodrigo contou ter lido a reportagem, mas ressaltou que a denúncia teria valor se feita junto ao Ministério Público, que, segundo ele, continua com as portas abertas para Hélio Grechi e seu advogado.

Nas acusações do contador, ele afirmou ter provas contra Júlio. Rodrigo disse aguardar o recebimento, porém não irá intimar Grechi.

'Pano pra manga'

Ao que tudo indica, as investigações sobre a fraude na Câmara Municipal devem ultrapassar o ano de 2013, isso porque o promotor Rodrigo Monteiro não recebeu as informações solicitadas junto ao Banco Central para concluir o caso. Com isso, até lá, não faltará tempo para a troca de acusações.

O que causa estranheza é a quebra do silêncio por parte do recatado Hélio Grechi.

Ao ser detido há poucos meses, optou por se calar tanto a respeito de sua participação no esquema quanto com a de outros servidores que tinham seus nomes nas 'costas' das folhas de cheque da Câmara.

Enquanto isso, o presidente Júlio seguiu buscando mais informações e colaborando com o trabalho do Ministério Público.

Até que, de repente, quando surgiram suspeitas de mais dinheiro desviado e novos nomes, o presidente virou alvo daquele que não falava.

Se Hélio tem provas de que Júlio é realmente o mentor do esquema corrupto, o caso se encerra e desejamos celeridade na punição.

Mas, o discurso do contador pode cair em descrédito uma vez que surgirem cheques adulterados com datas anteriores à gestão de Ferrare.

Neste cenário, as denúncias de Hélio irão contra ele e, provavelmente, em desfavor daquele que tinha o poder da caneta na referida época.



 

 

 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Independência dos projetos


O vice-prefeito Abel Santana (PV) briga com o prefeito Carlos Casteglione (PT). Essa afirmação - que não é minha - repercutiu em Cachoeiro de Itapemirim nesta semana. Porém, só faltou um detalhe: a verdade.

Em conversa com o próprio Abel (o mínimo a se fazer antes de publicar uma informação), constatei que ele estava surpreso e chateado com a notícia, que, como afirma, não é verdadeira. Ou seja, a relação dele com Casteglione é a mesma que os uniram para disputar as eleições municipais de 2012.

Uma coisa é certa: ele vai deixar a Secretaria de Saúde. Desde quando Abel surgiu no cenário político cachoeirense em 2010, creio que ninguém duvidou (ou não enxerga ainda hoje) que a sua pretensão é ser prefeito de Cachoeiro.

Para isso, tem que se cacifar politicamente. E uma avaliação prévia face à meta pretendida é passar novamente pelo crivo da população nas eleições de 2014. E para concorrer ao pleito do ano que vem, terá, conforme exige a legislação eleitoral, que se desincompatibilizar da secretaria até março.

Apesar do sonho, Santana faz parte do planejamento do PV. Abel não é e nunca foi projeto do PT, naturalmente. As forças petistas estão voltadas para aqueles que compõem os seus quadros. E assim acontece com o PMDB, DEM, PSB e quaisquer outros partidos.

Impossível que nenhum petista sabia da vontade de Abel em ser prefeito. Embora seja o desejo de muitos que ele desista de ser candidato a deputado estadual para não atrapalhar a reeleição do deputado Rodrigo Coelho (PT), ninguém terá a arrogância em desrespeitar o projeto alheio.

A aliança administrativa permanece entre os dois personagens e os dois partidos. Quanto aos projetos políticos, cada partido tem o seu. Para que ocorra o cruzamento de interesses ou a desvinculação de ideais basta o diálogo. Mas, a independência de cada sigla jamais deve ser ignorada; afinal cada filiado sabe do suor e do sofrimento para construir um projeto vitorioso.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Professor Léo de olho na Câmara dos Deputados


Vai ter dobradinha no PT cachoeirense nas eleições proporcionais de 2014. A informação é de que o vereador licenciado Professor Léo (PT) está determinado a disputar uma vaga para deputado federal.

Para a Assembeia Legislatiava, o diretório local está focado na reeleição do deputado Rodrigo Coelho.

Atualmente, Professor Léo chefia a Secretaria de Desenvolvimento Social. Porém, até março de 2014, ele irá se desincompatibilizar, como exige a legislação eleitoral, retornando para a Câmara Municipal. Na pasta, é provável que entre alguém indicado pelo petista.

O sul do estado tem apenas um representante na Câmara dos Deputados, através do mandato de Camilo Cola (PMDB).

Neste ano, Camilo procurou outros nomes para concorrer à eleição, com o seu apoio. No empresariado, teria conversado com Tales Machado, do setor de rochas ornamentais.

No meio político, durante eventos públicos, chegou a brincar com o prefeito Carlos Casteglione (PT), dizendo que o petista seria um bom representante do município em Brasília. Ao que se sabe, Cola não teve retorno positivo de nenhum dos dois para a empreitada.

Caso Camilo ainda avalie se aposentar da vida pública, e este relacionamento harmônico com o PT for duradouro, pode ser que o projeto do Professor Léo seja abraçado pelo peemedebista.

Estado afora, o nome de Léo é bem aceito pelas colunas do PT.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Denunciante tem carro incendiado em Itapemirim

O ex-assessor de Comunicação da prefeitura de Itapemirim, Gedson Alves, teve o carro parcialmente incendiado na noite de terça (3). Ele atuou como tesoureiro na campanha eleitoral do hoje prefeito Luciano Paiva (PSB) e, atualmente, é um dos ex-funcionários que denunciam o socialista de corrupção na prefeitura.
 
 
Já foram apresentados dois dossiês contra o prefeito Luciano na Câmara Municipal, um passa por investigação. O prefeito já apresentou a defesa.
 
Desde quando iniciaram as acusações contra o chefe do executivo que alguns dos ex-servidores da prefeitura diziam ser alvo de ameaças, inclusive o próprio Gedson. Porém, ainda não se sabe se o incêndio foi criminoso, embora o próprio Gedson afirme ter provas.
 
 
"Tenho provas críveis que levam a autoria do ato terrorista contra mim e minha família, principalmente em virtude das ameaças recebidas anteriormente já com sigilo telefônico quebrado com números e vozes identificadas. Quando digo de desconfiança da possibilidade de autoria do incêndio criminoso no meu veículo, estou me referindo a provável principal motivação desse crime: reprimir e intimidar ações que levarão ao fim da corrupção em nossa cidade. Evidentemente, os principais suspeitos são os denunciados, naturalmente.", falou através da redes sociais.
 
No fim do mês novembro, agentes da Nuroc estiveram na Câmara Municipal para colher depoimento de cinco vereadores, todos eles favoráveis a investigar as denúncias contra o prefeito.
 
 
Já na próxima semana, Gedson e outros personagens, supostamente ameaçados, cumprirão agenda com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para informar sobre os fatos sombrios que acontecem em Itapemirim.
 
 
Por outro lado, Luciano Paiva sempre diz ser alvo de perseguição política, anulando a veracidade das denúncias.
 
A verdade é que a vida política de Itapemirim está conturbada ao extremo; e olha que é apenas o primeiro ano desta legislatura.


* Na foto, o prefeito Luciano e o ex-assessor Gedson: o fim de uma relação.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Ano acaba para prefeitura de Cachoeiro

Apertando o 'cinto' além do limite, a prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim fez nesta terça-feira (3) decreto que veda as despesas neste ano, com exceção às que se destinam à manutenção da educação e ações da saúde.

Este primeiro ano do segundo mandato do prefeito Carlos Casteglione (PT) foi, sem dúvida, marcado por seu discurso de campanha, quando ele afirmou que a casa estava arrumada.

Diante da perda de receitas, como o Fundap e outras fontes, alguns petistas defendem que se a casa não tivesse arrumada o município teria 'parado'. Esta defesa é compreensível, mas não detém a verdade absoluta.

Neste ponto, o discurso estadual do PT cai em contradição. Quando a deputada Iriny Lopes (PT), em 2010, tentou acabar com a parceria entre o partido e o ex-governador Paulo Hartung (PMDB), ela alegava que Hartung sabia do fim do Fundap e não preparou o estado contra as turbulências econômicas.

Aí pergunto: então Hartung sabia e Casteglione, não?

Recentemente, o secretário de Fazenda, Lucio Berilli, que também preside o Conselho de Secretários de Fazenda dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Confaz-M-ES), afirmou que os gestores municipais demoraram a promover os cortes para evitar prejuízos, inclusive em Cachoeiro de Itapemirim.

Ou seja, entende-se que a atual gestão gastou o que não podia, apesar dos dois anúncios de contenção de despesas feitos em abril e setembro.

Ainda há muito cálculo a ser feito para fechar as contas deste ano, sob pena de inelegibilidade. Que 2013, ano desesperador para Casteglione, sirva de lição para quando for reabrigar os petistas exonerados para adequar a folha de pagamento à realidade e como fazer mais com menos.