segunda-feira, 27 de maio de 2013

Do PT, o dinheiro

As duas administrações do ex-presidente Lula (PT) foram aprovadas pela maioria dos brasileiros, porém no estado, como já sabemos, a história é outra. Caso Lula dependesse somente do Espírito Santo para eleger Dilma Rousseff (PT), com base em seu prestígio, o tucano José Serra estaria dando as coordenadas no país.

Nas eleições de 2010, até mesmo o então candidato ao governo do Estado, Renato Casagrande (PSB), único palanque de Dilma em terras capixabas, teve de afirmar que há um passivo histórico do governo federal com o estado.

A verdade é que as ações da União ainda não são consideráveis, portanto possivelmente insuficientes para mudar a opinião dos eleitores capixabas. Sem contar com a série de alterações tributárias que agridem diretamente os cofres do Estado, deixando os municípios à míngua.

Enquanto os prefeitos chegaram a pensar em entregar as chaves das prefeituras à presidente Dilma, a bancada capixaba em Brasília sofre com a não liberação das emendas parlamentares.

Para se ter uma ideia da dimensão do dinheiro retido, somente o deputado Camilo Cola (PMDB) tem em poder do governo R$ 20 milhões já carimbados para, também, beneficiar os hospitais de Cachoeiro.

Por conta disso, por todo o estado quem não está chamando o prefeito de “irresponsável” ou suspeitando de falcatruas, está taxando os parlamentares de inoperantes, incapazes, até mesmo, de elaborar emendas. E as chances de reeleição vão a caminho do ralo.

Ao que parece o discurso para ser oposição ao PT nacional nas eleições do próximo ano aqui no estado é vantajoso. Neste ponto de vista, ser palanque de Eduardo Campos (PSB) ou de Marina Silva (Rede) seria menos desgastante.

Então, qual a vantagem de ser o palanque de Dilma no Espírito Santo, a não ser a estrutura financeira para uma campanha de alto nível?

Se assim o for, o dinheiro está sendo a garantia para qualquer cabeça de chapa ter um petista a reboque, já que o partido não tem nomes com capital político suficiente para disputar o governo.


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Eleições acontecem no dia 5 de outubro

Já está no Portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o calendário que fixa as principais datas a serem observadas por partidos políticos, candidatos, eleitores e pela própria Justiça Eleitoral no pleito.

As eleições ocorrerão no dia 5 de outubro de 2014, quando os brasileiros vão às urnas para escolher presidente da República, 27 governadores, 513 deputados federais, 1.059 deputados estaduais e 27 senadores (renovação de um terço do Senado).

O Calendário foi a primeira resolução aprovada sobre as eleições do ano que vem. Entre outros assuntos, o TSE ainda vai debater e aprovar regulamentações sobre: escolha e  registro de candidatos;  propaganda eleitoral e condutas ilícitas em campanha; arrecadação, gastos de recursos e prestação de contas.

Confira as principais datas das Eleições 2014:

Um ano antes

Um ano antes das eleições, os partidos e candidatos já têm regras a obedecer. Até o dia 5 de outubro deste ano, todos os partidos que desejarem participar das eleições devem estar com seus estatutos registrados no TSE. Também os futuros candidatos de 2014 devem ter seu domicílio eleitoral na jurisdição onde pretendem concorrer e estar filiados ao partido um ano antes do pleito.

Eleições

O primeiro turno acontece em 5 de outubro . Caso candidatos a presidente e governador não alcancem a maioria absoluta dos votos neste dia, haverá segundo turno em 26 de outubro. As eleições são sempre aos domingos.

Pesquisa

A partir de 1º de janeiro de 2014, os institutos de pesquisa ficam obrigados a registrar suas pesquisas perante a Justiça Eleitoral.

Convenções

As convenções para a escolha dos candidatos devem ocorrer entre os dias 10 e 30 de junho. As emissoras de rádio e TV estão proibidas de transmitir programas apresentados por candidato escolhido em convenção.

Registro e propaganda

Os pedidos de registros dos candidatos devem ser feitos, pelos partidos ou coligações, até o dia 5 de julho de 2014. No dia seguinte, passa a ser permitida a realização de propaganda eleitoral, como comícios e propaganda na internet (desde que não paga), entre outras formas.

Prestação de contas

De 28 de julho a 2 de agosto, os partidos políticos, os comitês financeiros e os candidatos devem enviar à Justiça Eleitoral o primeiro relatório discriminado dos recursos em dinheiro ou estimáveis em dinheiro que tenham recebido para financiamento da campanha eleitoral e dos gastos quem tiverem realizado.

Até 4 de novembro, os candidatos, inclusive a vice e a suplentes, comitês financeiros e partidos políticos têm de encaminhar à Justiça Eleitoral as prestações de contas referentes ao primeiro turno. A exceção é para os candidatos que concorreram ao segundo turno das eleições. Estes devem prestar contas até 25 de novembro.

Diplomação


Os candidatos eleitos serão diplomados até 19 de dezembro de 2014. O TSE diploma o presidente da República e os Tribunais Regionais Eleitorais são os responsáveis pela diplomação dos governadores, deputados e senadores do seu respectivo Estado.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Prefeito deve explicações à população


Qualquer pessoa pode ser processada e isso não quer dizer que tenha praticado aquilo que a denúncia aponta, até que se prove. Na política, é comum que adversários ingressem com ações judiciais para que o oponente sangre até o julgamento.

Porém, independentemente de quem seja o autor – popular, Ministério Público etc – o político, principalmente com mandato, tem que ter a consciência de que deve se explicar à população, a qual representa, e não apenas ao juiz.

Recentemente, o prefeito de Cachoeiro, Carlos Casteglione (PT), foi alvo de ação de improbidade administrativa (acumula cinco ações) e a expectativa era de que ele convocaria uma coletiva de imprensa para se explicar. De fato, agendou a coletiva, porém para falar sobre a mudança de endereços no município, o tal projeto ‘Endereço Cidadão’.

Ora, o prefeito representa 200 mil habitantes e a maioria dos 130 eleitores confiou, por duas vezes, a condução da cidade e do dinheiro aqui produzido a ele. Casteglione, assim como qualquer outro representante popular, deve sim explicar quaisquer dúvidas que coloquem em cheque a sua probidade.

O silêncio é equivalente ao consentimento, e a omissão deixa subtendida a existência de pudor em tratar o assunto, ao mesmo tempo em que consolida imagem negativa junto à população. Ao contrário do que se quer passar, não presenciamos o exercício pleno da transparência nesse aspecto.

Vejo que o prefeito deve explicações à sociedade cachoeirense: dizer que errou ou que não errou, explicar o porquê de cada atitude da administração diante das acusações ajuizadas e o que mais for necessário. A população aguarda uma satisfação, enquanto ela não vem, diversos julgamentos são feitos em todos os cantos da cidade. Assim, Casteglione pode ser condenado à revelia pelo eleitorado. 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Euclério cala Ferraço na Assembleia


Um dos assuntos abordados neste mês no blog Em Off foi a nomeação de Norma Ayub (DEM) no governo do Estado, com fins de governabilidade e eleitorais.

Na sessão desta terça-feira (21) na Assembleia Legislativa (Ales), o deputado Euclério Sampaio (PDT) partiu para o ataque contra o presidente da Ales, Theodorico Ferraço (DEM), e tocou na questão.

Por conta de uma ata, Euclério chamou Ferraço de imperador e o demista o rotulou de chantagista.

O deputado do PDT disse que não era chantagista, porque não negociava cargos com o governo. De sobra, Euclério acrescentou que história política e não “ficha corrida”, referindo-se aos processos de improbidade administrativa no Judiciário em desfavor ao cachoeirense. Ferraço não se manifestou mais.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Visibilidade à Norma é para Assembleia Legislativa

Após ser alvo da operação Derrama e presa, a ex-prefeita de Itapemirim, Norma Ayub (DEM), foi nomeada no governo de Renato Casagrande (PSB). Sabe-se que condução ao cargo na administração estadual é política, visando musculatura para o socialista concorrer à reeleição.


Outro ponto de sua nomeação está atrelado à governabilidade, uma vez que o marido de Norma é o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Theodorico Ferraço (DEM).

E há outra questão: o DEM pretende lançar Ayub como candidata a deputada estadual. Tanto é verdade que o vereador cachoeirense Luizinho Tereré quer deixar o DEM por saber que não receberá apoio do partido para concorrer a uma vaga na Assembleia.

Em tempo:

Embora a política não traga mais surpresas quanto aos rearranjos, será, no mínimo, estranho aos moradores de Itapemirim presenciarem o prefeito licenciado Luciano Paiva (PSB) e Norma – em lados opostos nas eleições de 2012 – juntos no palanque de Casagrande no ano que vem.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Ricardo toparia novo ensaio?

Direto ao ponto: como esquecer o “abril sangrento”? Difícil. Não se sabe quem ventila, mas no ar há uma espécie de ensaio para formatar a imagem do senador Ricardo Ferraço (PMDB) à uma candidatura ao governo do Estado.

Em 2010, a posição era muito mais cômoda para Ricardo. Ele era o vice-governador, coordenava o programa de investimentos do governo e era o contato direto com os prefeitos capixabas.

Sem dúvida, um embate com o então senador Renato Casagrande (PSB) levaria a disputa para o segundo turno, mas o ingresso pesado de Paulo Hartung na campanha tornaria possível uma vitória de Ricardo. Porém, resolveram trocá-lo por Casagrande.

Hoje, o senador está em uma posição cômoda: terá mais quatro anos de mandato após as eleições do ano que vem, e está fazendo um trabalho de excelência (com exceção ao voto destinado a Renan Calheiros (PMDB) para presidência do Senado).

Em um cenário eleitoral com três personagens, vejo que um embate entre Ricardo e Casagrande aguçaria a democracia capixaba; afinal são duas lideranças equivalentes, no que diz respeito ao capital político. E somente numa possível disputa daria para mensurar os votos que cada um tem, sem a gordura hartunguiana (sendo que a gordura penderia para Ferraço).

Com o senador Magno Malta (PR), a história é outra; sabemos que os votos dele são somente dele. Neste momento, com a aproximação da data de registro de candidatura, sangue pode ser jorrado novamente no mês de abril, quando as pesquisas apontarem que somente Hartung pode bater de frente com Magno.
Somente hipóteses, é claro.

foto: Bernardo Coutinho

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Nem a nacional do PR sabia


Uma das insatisfações dos republicanos capixabas acabou por ser abonada pelo presidente nacional do PR, senador Alfredo Nascimento, recentemente.

Alfredo afirmou que não fora comunicado oficialmente sobre o interesse do senador Magno Malta (PR) de ser candidato a governador do Estado (imagina a presidente da República?).

Os filiados reclamam que Magno não discutiu a candidatura com a base e são simpáticos à reeleição do governador Renato Casagrande (PSB). Além de ser da base, o PR participa do governo na Secretaria Estadual de Esportes, na pessoa do deputado Vandinho Leite, um dos insatisfeitos. 


Vereador critica atuação de deputados do sul


O vereador Luizinho Tereré (DEM) denunciou que os deputados estaduais, que, teoricamente, representam o sul do estado, não dispensam a importância necessária a Cachoeiro de Itapemirim.

Na sessão desta terça (14), Tereré revelou que quando vai a Vitória, no intuito de pleitear melhorias para o município, os deputados sulinos perguntam se ele foi à capital para passear.

“É humilhante pagarmos nossos impostos como produtores rurais e termos tão pouco retorno dos deputados que elegemos, sequer um mínimo de atenção para nossa cidade”.

A constatação do vereador é preocupante, ainda mais neste momento de crise financeira enfrentada pelos municípios capixabas.

Esquecem os eleitos para serem ‘representantes’ que a cada dia os ‘representados’ estão mais atentos aos seus feitos e ausência deles. Tal acompanhamento e análise são o termômetro das chances de sucesso na urna no próximo ano.

O interessante na declaração do vereador Tereré é que, entre os parlamentares sulinos, não houve nenhuma ressalva. Ele é do mesmo partido do presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (DEM), e o PT, do prefeito Casteglione, também está representado na Casa.


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Expulsão já é a preferência de Fabrício


Já não existe clima para o vereador Fabrício do Zumbi continuar no PSB de Cachoeiro. Tido como infiel pela cúpula da sigla e alvo de um julgamento interno que pode até lhe render a expulsão do partido, ele já prefere a efetivação da penalidade máxima.

Fabrício se diz consciente dos seus posicionamentos políticos e que está munido de provas que derrubam a idéia de infidelidade. Insatisfeito, ele e o companheiro de plenário Braz Zagotto (PTB) já estão com um pé no novo partido MD e aguardam somente o reconhecimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a sigla exista legalmente.

Uma vez expulso, Fabrício está certo de que não perderá o mandato de vereador. Tal medida do PSB poderia ampliar a opção de partidos no horizonte do político, que, atualmente, só pode escolher o MD e com o prazo de filiação de 30 dias após a sua criação, caso não queira perder o mandato.

Ao que tudo indica, o PSB irá perder uma de suas três cadeiras na Câmara Municipal, expulsando ou não o seu vereador.

sábado, 11 de maio de 2013

Período de tensão pré-eleitoral

Enquanto o governador Renato Casagrande (PSB) prefere não falar sobre política, as ações não seguem o mesmo direcionamento das palavras. Para fortalecer o seu projeto político, ele já conta com oito ex-prefeitos em seu governo.


Pela manobra e considerando que os ex-prefeitos entendem de gestão e não estão em débito com a probidade, o socialista não está errado. Porém, não é exatamente o que ocorreu nesta semana.

No afã de ter nomes fortes ao seu lado, o governador não mediu os riscos em nomear a ex-prefeita Norma Ayub (DEM) como assessora na Casa Civil. Há pouco tempo, ela foi presa pela operação Derrama, por suposta participação em esquema de fraude e ainda é alvo de investigação.

Embora Norma não tenha conseguido êxito em eleger seu sucessor em Itapemirim, Estevão (PMDB), mesmo com o apoio do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), ela teve dois mandatos no município e tem forte capital político por lá. E é neste ponto que está o interesse principal de Casagrande.

Não há de se contestar a capacidade técnica da ex-prefeita, tanto que teve a aprovação da população de Itapemirim, porém seria de bom grado o governador aguardar o encerramento das investigações antes de nomeá-la. Ou seja, ter a mesma cautela que teve em manifestar apoio à reeleição de Theodorico Ferraço (DEM) na Assembleia Legislativa quando Norma foi presa.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Se estava ruim, vai ficar pior


A notícia que corre nos noticiários é de que os insatisfeitos do PR pretendem recuar da ideia de deixar o partido. O passo atrás seria pela dificuldade em ser aceito em outras siglas, que temem pela eleição ou reeleição de seus quadros.

Os republicanos, como o deputado Glauber Coelho e o secretário de Esportes, Vandinho Leite, foram contra o interesse do senador Magno Malta em disputar as eleições para governador no próximo ano; eles apóiam a reeleição de Renato Casagrande (PSB).

A revolta principal é porque Magno, que é presidente estadual do PR, não consultou a base do partido antes de anunciar o referido projeto eleitoral. No entanto, diante da ameaça de desfiliação em massa, o senador, em nenhum momento, mostrou preocupação; pelo contrário, agiu como se a porta da rua fosse a serventia da casa.

O comportamento centralizador de Magno Malta não agradava os republicanos. Agora, que o senador se sente traído pelos companheiros de partido, é muito provável que a relação seja, no mínimo, indiferente. Afinal, a desfiliação só não aconteceu por falta de abertura por parte de outros partidos.

Glauber

Nos bastidores, há a informação de que o governador Renato Casagrande tem o interesse de que Glauber seja o candidato a deputado federal pelo PSB na região sul. O socialista tenta no próximo ano a reeleição, em uma eleição que pode ser dura, e reforça o seu projeto ter ao lado um político que teve quase 50 mil votos no pleito de 2012 em Cachoeiro.

Para isso ocorrer, Coelho tem que conseguir o aval do PR para não perder o mandato, o que parece impossível de acontecer. Caso esteja disposto a deixar a cadeira, pode pleitear uma secretaria junto ao governador. O projeto para federal ganha ainda mais força se o deputado Camilo Cola (PMDB) decidir por não tentar a reeleição.


Foto: Ana Paula Santos

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Temo a guerra santa

É incrível o papel das redes sociais quando o assunto é promover encontros, reencontros e, principalmente, ser palco de debates. Pelo menos em Cachoeiro, o ano de 2012 foi o mais intenso, virtualmente falando, no tema político-eleitoral. Era difícil alguém não manifestar os seus pensamentos, ideologias, embora alguns tenham saído da linha. Acontece.


E a cada dia que passa mais pessoas se interessam pela política, via as redes sociais. Neste canal, é possível conhecer diversos pontos de vista, através de opiniões e notícias publicadas. A partir daí, cada um cria a sua própria linha de raciocínio. Até aí tudo bem.

Mas, tem algo que me preocupa: o ódio lançado na mesma rede advindo de pessoas ‘inspiradas’ pela religião, que, na verdade, desconheço uma que pregue a discórdia e a violência.

Na maioria das vezes, as palavras do deputado federal Marcos Feliciano (PMDB/RN) são defendidas, agressivamente, por uns; e atacadas, na mesma proporção por outros. Perdeu-se o respeito pela religiosidade alheia, também.

Com isso, a segregação religiosa contamina as redes sociais e, reforçada pelas diferenças ideológicas, provoca uma miscelânea rancorosa e abominável. Os comportamentos com base no que me refiro não condizem com os ensinamentos cristãos e nem com a racionalidade ateia.

Em 2014, haverá nova eleição e temo que as intrigas entre praticantes de religiões distintas cheguem a níveis deploráveis. Pior que isso é surgir oportunistas para ganhar votos surfando nesta negatividade que começa a ganhar a forma. Espero que cada um respeito a verdade do outro.

Tucanos aguardam 'movimentos' para alçar voos


Iniciada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a antecipação do debate político-eleitoral contaminou todo o país. O socialista se coloca como candidato à presidência da República.

No Espírito Santo, o senador Magno Malta (PR) aproveitou o momento para se colocar à disposição para ser o palanque da presidente Dilma (PT). O ex-governador Paulo Hartung (PMDB), embora não tenha se posicionado quanto ao cargo, garantiu seu ingresso na disputa. Ou seja, aqueles que realmente irão disputar as eleições em 2014 se manifestaram, o que não é o caso do PSDB.

As principais lideranças tucanas no estado têm fortes ligações com Paulo Hartung. O presidente estadual reeleito da sigla, deputado federal Cesar Colnago, foi o seu secretário estadual de Agricultura, e o ex-deputado Luiz Paulo é seu amigo particular.

Não é surpresa o PSDB optar por aguardar o sinal de Hartung antes de iniciar o debate para o governo do Estado. O que pode espantar os tucanos de PH é um possível fechamento com o PT nacional. Neste cenário, o PSDB pode abraçar a reeleição de Casagrande (PSB).

Embora tenham sido adversários em 2010, atualmente os tucanos participam do governo, através da Secretaria Estadual de Agricultura.

Em breve conversa com o ex-deputado federal Luiz Paulo Veloso Lucas (PSDB - foto), ele garantiu a este blogueiro a sua participação no pleito do próximo ano. “Em princípio, serei candidato a deputado federal, mas temos um longo caminho pela frente”. 

terça-feira, 7 de maio de 2013

Eleição de 2014 é mais um tormento para o PSB


Como é natural em todos os partidos, alguns quadros já começam a se viabilizar para receber o apoio da sigla em 2014 na disputa por vaga na Assembleia Legislativa. Há poucos dias, o ex-deputado Zé Tasso (PMDB) esteve no programa Parraro na TV e expôs seu interesse em concorrer ao pleito.

No PSB cachoeirense, que vive um mau momento na relação entre suas lideranças (http://migre.me/ermVm), não vai ser fácil administrar os projetos pretendidos por seus filiados.

A ex-vereadora Cláudia Lemos já colocou o time em campo na intenção de ser candidata a deputada estadual. Recentemente, ela realizou encontro no auditório da UGT, em Cachoeiro, para apresentar seu planejamento estratégico.

Há quem diga que o vereador Rodrigo Enfermeiro também tem interesse no pleito, porém não começou a se viabilizar.

Mas, o que pode atrapalhar os planos de Cláudia Lemos é o possível ingresso do deputado Glauber Coelho ao PSB, uma vez que sua permanência no PR é insustentável. Ele já recebeu o convite do governador Renato Casagrande (PSB) e esteve reunido nesta semana com o vereador Alexandre Bastos, um dos ícones da sigla no município e ‘adversário’ de Cláudia.

Alexandre tem uma ‘espinha de peixe’ agarrada na garganta desde as eleições de 2010, quando foi candidato a deputado estadual e não teve o apoio da ex-vereadora. Ela abraçou integralmente a candidatura socialista de Audifax para federal, enquanto Bastos apoiou Camilo Cola (PMDB). Bastos obteve 5.970 votos.

Voltando a Glauber, a insatisfação quanto à sua entrada no ninho socialista se expandiria a outros personagens que almejam cadeira na Assembleia, como Capitão Assumpção e o único deputado estadual Freitas.

Nos bastidores, a informação é de que já tem gente ‘chiando’ com a possibilidade de filiação de Coelho, principalmente por seu individualismo. Porém, diante da nutrição eleitoral a que precisa o governador, as portas se abrem e caberá ao presidente estadual do PSB, Macaciel Breda, acalmar os ânimos. 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Reforma e festa no Palácio


Corre a boca miúda na cidade que um empresário do setor da construção civil realizará uma grande festa, em alto estilo, no Palácio Bernardino Monteiro, sede da prefeitura de Cachoeiro. O evento já estaria agendado para o fim de agosto.

Em contrapartida, o empresário vai reformar todo o prédio. Há rumores de que a sede da prefeitura deixará de ser no Bernardino, que terá aproveitamento a ser definido pelo prefeito Casteglione.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Dois pesos, duas medidas


A denúncia do deputado estadual Glauber Coelho (PR) ao Ministério Público sobre a crítica situação da saúde em Cachoeiro é algo a ser analisado. Afinal, também passam por crise outros municípios sulinos – tanto que sempre recorreram a Cachoeiro, atualmente muito mais -, e o próprio governo do Estado, o qual deve fiscalizar, teve a saúde como a pior área avaliada em pesquisa recente.

Como saiu estampada na imprensa, a saúde cachoeirense entrou em colapso, principalmente pelo aumento dos casos de dengue e a diminuição no efetivo de médicos, que temiam o risco profissional e seguiam insatisfeitos com o valor recebido por plantão (este último foi resolvido recentemente).

Não há dúvidas que logo o Ministério Público não estaria informado da situação da saúde. Vejo que o papel dos parlamentares cachoeirenses seria somar forças para enfrentar a crise e não tentar episódios que venham ‘turbinar’ o que já é negativo, considerando que poderia (ou pode) o MP exigir a intervenção na área.

A seriedade do assunto é tão óbvia que, até mesmo, o deputado Theodorico Ferraço (DEM), rival do PT, contribuiu por meio de emenda parlamentar com a compra de sete ambulâncias para a cidade.

O Instituto Futura (pesquisa publicada no dia 3/03/2013 no jornal A Gazeta) identificou que 61% consideraram a saúde pública ruim ou péssima, foi a pior avaliação por área do governo do Estado. No mesmo diapasão, o MP deveria ser provocado para medidas judiciais cabíveis; como não foi, parece que há uma preocupação política distinta para com os executivos.