sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Se a mudança veio de cima, PT pode intervir por Magno

Nos bastidores, diz-se que o maior nome da política local, o governador Paulo Hartung (PMDB), trabalha para inviabilizar a reeleição de Magno Malta (PR). Embora não tenha o cacife de Hartung, Magno não é bobo, muito pelo contrário, é habilidoso tanto quanto Hartung.

Ao perceber que seria jogado na sarjeta pela mão pesada palaciana, Magno se agarrou com unhas e dentes à campanha de Ricardo Ferraço (PMDB), que soma com o republicano (pelo menos na teoria da coligação) na luta pelas duas vagas ao Senado.

No dia do lançamento das candidaturas majoritárias da base governista, Magno foi sábio ao tornar público: “Se não votar em Ricardo, não precisa votar em mim”. Malta aliou seu nome ao do peemedebista e, ao colocar sua fidelidade na mesa, cobrou indiretamente o mesmo sentimento e compromisso.

Além de ser da base aliada ao governo Lula no Senado, Magno se aproximou mais do PT local durante a negociação de sua suplência. Primeiro convidou Perly Cipriano para ocupar uma das duas vagas, depois deixou à escolha do prefeito da capital João Coser (PT).

Sobre a campanha presidencial, Magno é sem dúvida o mais engajado na propaganda de Dilma no estado. Até mais que o candidato ao governo Renato Casagrande (PSB). Dá mais visibilidade à Dilma que Coser, que é o coordenador da campanha dela no estado. Mais ainda que o próprio Hartung, que só tornou público o seu apoio há uma semana, após reunião a portas fechadas com Dilma.

Se realmente veio de cima para baixo a ordem para Hartung colocar Casagrande no lugar de Ricardo, o mesmo pode acontecer para pôr fim à chamada chapa clandestina no estado. Crédito Magno deve ter com a nacional petista, pelo empenho narrado aqui. E certamente a cúpula de Dilma/Lula/Cia não iria aceitar uma manobra para sacrificar Magno em nome de uma candidatura tucana (no caso, Rita Camata).

E tem outra: o pedido para encerrar o suposto ataque à reeleição de Magno pode vir acompanhado da boa relação futura entre o governo federal e o ex-governador Hartung. Pois, se em duas eleições Lula precisou dele e não teve o apoio, pode ter certeza que desta vez a ajuda hartunguiana não faz diferença – vide pesquisas.

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