quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ascensão só com postura firme de Casteglione

Se tem agentes da prefeitura de Cachoeiro dizendo ao prefeito Carlos Casteglione que tudo está ótimo, pode ter certeza que estão tentando enganá-lo. A má avaliação tornada pública no ano passado permanece, apesar das obras. E se esse sentimento popular vingar neste terceiro ano de gestão (uma vez que 2010 já terminou) será quase impossível reverter no último ano de mandato.

Dois mil e dez foi um ano que não existiu, no que diz respeito a colheita política de frutos satisfatórios. Num momento, a população ficou focada na derrota da seleção de Dunga. Depois, parte dela ainda se concentra nas eleições e nos benefícios advindos dela. Sem contar nos comentários sobre o time de Mano Menezes que vão até o próximo ano intensificados.

Ou seja, esses pontos levantados desviam a avaliação popular diante de qualquer intervenção feita pela prefeitura, o que inviabiliza uma mudança positiva na aceitação do governo. Resta ao prefeito investir num esforço concentrado em 2011.

Sobre a permanência da avaliação negativa, basta perguntar a qualquer candidato que percorre as ruas de Cachoeiro. Estará mentindo aquele que disser que ouve elogios dos moradores. Inclusive em bairros que recebem ou já foram agraciados com obras.

A confirmação do que dizem alguns candidatos virá com a pesquisa que está sendo feita para medir o poder de transferência de votos de Casteglione. Para quem não sabe, há coletores na cidade perguntando se a pessoa votaria em candidato indicado pelo prefeito, o que ela acha do governo etc.

Pois bem. Não há mais tempo para teste. O prefeito precisa urgentemente analisar quais foram as secretarias que atingiram a meta até o momento e substituir os atores que não foram capazes de cumprir com o objetivo. Com o resultado dessa pesquisa – sendo da prefeitura, do PT, ou de quem quer que seja -, se for setorial, Casteglione terá que usar o poder da caneta pelo bem da população, do governo e de sua sobrevivência política no município.

Daqueles que ficarem, principalmente os que ocupam secretarias mediante acordo político, deve ser exigido total comprometimento, a apresentação de uma planilha de trabalho com prazos e ser feito o acompanhamento e a cobrança das realizações.

Esse esforço concentrado deve ser pensado e colocado em prática já, para que possa haver resultados positivos até o segundo semestre de 2011. Caso consiga e melhore sua avaliação, é possível até mesmo desidratar o projeto político dos partidos aliados de tentar a prefeitura em 2012. Se não, verá todos os aliados saindo por portas e janelas do palácio, inclusive os de vertentes diferentes de seu próprio partido.


Crédito da foto: Jornal Fato

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