sábado, 5 de outubro de 2013

Fisiologismo bate à porta do PSB

Emplacar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como candidato à presidência da República de peso já não era tarefa fácil para o PSB. Ele é o último nas pesquisas eleitorais (cenário embrionário) e, por isso, longe de se impor como terceira via no processo.

Com a filiação de Marina Silva no PSB a situação fica ainda mais perigosa para os socialistas que pretendem gerir o Brasil. Até então, ela era o único quadro que poderia fazer frente ao PT, podendo levar as eleições para o segundo turno.

Com o fracasso na tentativa de criação do Rede Sustentabilidade, Marina deixou claro que só se filiaria em um partido que aceitasse o seu projeto político. A conversa rápida (de sexta pra sábado) que teve com os socialistas deixa uma dúvida: teria o PSB, com projeto próprio - como alegavam -, abraçado os planos dela? Algo a ser explicado.

A imprensa tenta empurrar que Marina pode ser vice de Eduardo. Pois bem. Não consigo entender como a segunda colocada na corrida eleitoral seria vice do último neste mesmo ranking. Sem contar a dificuldade para atrair aliados em uma chapa puro-sangue.

E não é de se acreditar que ela venceria Campos nas convenções partidárias. E muito menos que o socialista venha a herdar a posição da ex-senadora nas pesquisas.

A princípio, o que se vê é um suicídio político de Marina Silva e uma jogada de risco do PSB em ter ao seu lado ‘forças ocultas’ para tirar do poder o antes aliado de todas as horas.

Nesta linha, os socialistas podem vestir as duras penas que cobriam o frio dos tucanos, atualmente congelados na falta de estratégia e de nomes fortes para concorrer ao pleito.

Ainda é cedo. O momento é de aguardar as declarações de Marina e do PSB, que deverão ter jogo de cintura para camuflar a busca quase que desesperada pelo poder.




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