Emplacar o governador de
Pernambuco, Eduardo Campos, como candidato à presidência da República de peso
já não era tarefa fácil para o PSB. Ele é o último nas pesquisas eleitorais (cenário
embrionário) e, por isso, longe de se impor como terceira via no processo.
Com a filiação de Marina Silva no
PSB a situação fica ainda mais perigosa para os socialistas que pretendem gerir
o Brasil. Até então, ela era o único quadro que poderia fazer frente ao PT,
podendo levar as eleições para o segundo turno.
Com o fracasso na tentativa de
criação do Rede Sustentabilidade, Marina deixou claro que só se filiaria em um
partido que aceitasse o seu projeto político. A conversa rápida (de sexta pra
sábado) que teve com os socialistas deixa uma dúvida: teria o PSB, com projeto
próprio - como alegavam -, abraçado os planos dela? Algo a ser explicado.
A imprensa tenta empurrar que
Marina pode ser vice de Eduardo. Pois bem. Não consigo entender como a segunda
colocada na corrida eleitoral seria vice do último neste mesmo ranking. Sem contar
a dificuldade para atrair aliados em uma chapa puro-sangue.
E não é de se acreditar que ela
venceria Campos nas convenções partidárias. E muito menos que o socialista
venha a herdar a posição da ex-senadora nas pesquisas.
A princípio, o que se vê é um
suicídio político de Marina Silva e uma jogada de risco do PSB em ter ao seu
lado ‘forças ocultas’ para tirar do poder o antes aliado de todas as horas.
Nesta linha, os socialistas podem
vestir as duras penas que cobriam o frio dos tucanos, atualmente congelados na
falta de estratégia e de nomes fortes para concorrer ao pleito.
Ainda é cedo. O momento é de aguardar as declarações de Marina e do PSB, que deverão ter jogo de cintura para camuflar a busca quase que desesperada pelo poder.
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