sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Corrupção na Câmara: simples assim?

Dez mandados de prisão e apenas um preso acusado de um desvio estimado em R$ 1,2 milhão – somente em um ano -, oriundo dos cofres da Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim. 

É de suspeitar que uma única pessoa, por mais sapiente que seja, consiga obter êxito em uma engenharia fraudulenta de tal vulto, principalmente no serviço público, pesado pela burocracia.

O caso, que deflagrou a operação Parlamento Rosa, tem a sua gravidade retratada na velocidade da resposta das autoridades. No dia 23 de setembro, a gerência da Caixa Econômica Federal informou a existência de cheques rasurados ao presidente da Câmara, Julio Ferrare (PV).

No dia seguinte, o vereador denunciou ao Ministério Público, que impetrou ação solicitando o afastamento dos servidores. No dia 26, a justiça expediu a liminar que afastou os seis servidores de suas funções.

Há informação de que tem cheques que tiveram a sua destinação rabiscada, de forma grotesca. Aí me pergunto: como um profissional bancário autoriza a compensação de um cheque nesta situação?

E o esquema identificado pelo MP pode estar acontecendo há muito mais tempo. É difícil compreender como a indução ao erro ou a falta de percepção possam ocorrer corriqueiramente, quase que religiosamente.

Enfim, o que nos resta é aguardar a conclusão dos trabalhos investigativos do Ministério Público para saber se haverá desdobramentos ou se é o contador Hélio Grecchi Rosa o criminoso solitário.



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