segunda-feira, 17 de junho de 2013

Manifestações são frutos da falta de diálogo

Parece mesmo que os brasileiros estão acordando para a politização. A velha dormência, que não deixava ninguém sentir o suor e seus frutos serem arrancados covardemente, perde o efeito. Só que é preciso muito mais.

As pessoas precisam entender que o mandato é um contrato que o político assina com o povo no momento de sua posse. E os eleitores contrataram o político, através do voto, a partir do plano de governo que ele apresenta. Após a posse, a população deve cobrar a execução do contrato.

E mais ainda: além da transparência com as contas públicas (a Lei da Transparência já cobrou isso), é preciso cobrar transparência no interesse político, pois não adianta ter dinheiro em caixa e não existir a vontade de fazer.

Basta ver uma coisa: a União construiu e reformou estádios em tempo recorde para a Copa das Confederações porque havia dinheiro e interesse (s); será que boa parte do problema na saúde, por exemplo, não seria resolvida caso houvesse a mesma vontade política? O país é rico.

Muitos governos não se abrem ao diálogo, somente fingem gestões participativas, abrindo espaço aos cidadãos somente nos assuntos escolhidos por eles. Em São Paulo, por exemplo, do tucano Alckimin, ele optou por negociar somente após dias de manifestações.

É sabido que o reajuste de tarifa de ônibus é anual, mesmo assim dolorosa a quem depende do serviço. Mas, a negociação da nova tarifa deve ter amplitude e não ocorrer apenas entre os representantes da empresa, governo e agência reguladora, que, por vezes, faz o jogo da administração – já saí do exemplo de São Paulo.


Com diálogo uma manifestação só ocorreria se houvesse o descumprimento daquilo que foi acordado entre político e eleitores através do plano de governo contratado. Fora isso, os protestos se dão em regimes ditatoriais. Será que é o caso?

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