terça-feira, 26 de março de 2013

Pronto, socorro!


Nos filmes hollywoodianos, aprendemos que a paciência é uma virtude para vencer as guerras. Porém, na luta pela sobrevivência em nosso cotidiano, a paciência não existe. Não há como ter calma, até porque existe urgência daqueles que esperam por atendimento de saúde, por exemplo.

Os problemas na saúde são sempre os mesmos há décadas. Em Cachoeiro, neste domingo, um aposentado morreu no ‘Paulo Pereira’. Familiares dizem que ele esperou duas horas pelo atendimento; no local só havia um médico. Se não tivesse falecido, esperaria por mais tempo.

Não é difícil encontrar pessoas que esperaram por mais de seis horas para ser assistido. Eu mesmo já passei uma tarde no Paulo Pereira e, longe de chegar a minha vez, optei por sentir a dor dentro de casa.

Sabemos que na Utin do Hospital Evangélico uma ‘bomba’ pode estourar a qualquer momento (queira Deus que não), já que a superlotação obriga os profissionais a atenderem as crianças de forma improvisada, e a situação caótica espanta os pediatras – muitos já pediram demissão.

Enquanto isso, o governo do Estado diz que investe na atenção primária. Ok. Porém, os resultados destes investimentos são de médio e longo prazo. Até lá, quantas pessoas/bebês terão que morrer, já que necessitam de leitos pra ontem? E como a prefeitura está cuidando da atenção básica, que é a sua responsabilidade.

Os casos de gravidez de risco em Cachoeiro e o no sul do estado têm número considerável. E as razões estão atreladas a uma série de fatores, como a questão social, educacional, familiar etc – e esses fatores não são revertidos da noite pro dia.

Sem dúvida, os projetos e ações de longo prazo devem existir e serem levados a sério. Por outro lado, o que é urgente deve ser tratado com a sua devida urgência; para que a procura por atendimento em estabelecimentos de saúde da cidade não seja o primeiro passo para a cova.

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