Nos filmes hollywoodianos,
aprendemos que a paciência é uma virtude para vencer as guerras. Porém, na luta
pela sobrevivência em nosso cotidiano, a paciência não existe. Não há como ter
calma, até porque existe urgência daqueles que esperam por atendimento de saúde,
por exemplo.
Os problemas na saúde são sempre
os mesmos há décadas. Em Cachoeiro, neste domingo, um aposentado morreu no ‘Paulo
Pereira’. Familiares dizem que ele esperou duas horas pelo atendimento; no
local só havia um médico. Se não tivesse falecido, esperaria por mais tempo.
Não é difícil encontrar pessoas
que esperaram por mais de seis horas para ser assistido. Eu mesmo já passei uma
tarde no Paulo Pereira e, longe de chegar a minha vez, optei por sentir a dor
dentro de casa.
Sabemos que na Utin do Hospital
Evangélico uma ‘bomba’ pode estourar a qualquer momento (queira Deus que não),
já que a superlotação obriga os profissionais a atenderem as crianças de forma
improvisada, e a situação caótica espanta os pediatras – muitos já pediram
demissão.
Enquanto isso, o governo do
Estado diz que investe na atenção primária. Ok. Porém, os resultados destes
investimentos são de médio e longo prazo. Até lá, quantas pessoas/bebês terão
que morrer, já que necessitam de leitos pra ontem? E como a prefeitura está
cuidando da atenção básica, que é a sua responsabilidade.
Os casos de gravidez de risco em
Cachoeiro e o no sul do estado têm número considerável. E as razões estão
atreladas a uma série de fatores, como a questão social, educacional, familiar
etc – e esses fatores não são revertidos da noite pro dia.
Sem dúvida, os projetos e ações
de longo prazo devem existir e serem levados a sério. Por outro lado, o que é
urgente deve ser tratado com a sua devida urgência; para que a procura por
atendimento em estabelecimentos de saúde da cidade não seja o primeiro passo
para a cova.
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