quarta-feira, 27 de março de 2013

O jogo de Magno

Sem desistir do sonho de ser presidente da República, nada impede o senador Magno Malta (PR) de disputar a cadeira de governador. Nada mesmo. Tem amplo eleitorado; preside nova CPI (Erros médicos, plano de saúde...), que o deixa próximo dos holofotes; terá mais quatro anos de mandato, caso perca a eleição.


E é de se suspeitar a pavimentação deste caminho. Seus adversários são o atual governador Renato Casagrande (PSB) e o ex Paulo Hartung (este é inimigo político, mesmo). Recentemente, Magno criticou a segurança pública; o que esbarra em Casagrande.

Claro que a segurança pública e saúde no estado são pontos críticos. Porém, é preciso avaliar os momentos em que tais críticas são feitas por alguns políticos. Afinal, essas duas áreas nunca foram exemplares.

Agora, na Assembleia Legislativa, o deputado Gilsinho Lopes (PR), fiel escudeiro de Malta, tenta de qualquer maneira assinaturas para instaurar a CPI do Posto Fantasma, que seria para investigar irregularidades em obra (na verdade, não saiu da fase de terraplanagem) de posto fiscal em Mimoso, com custo de R$ 25 milhões. A intervenção é da época de Paulo Hartung.

Ele negaria até o fim, mas quem duvida da orientação de Magno para a abertura da CPI capixaba? O ‘senador das CPIs’ teria tentáculos investigativos, dos quais um o fortaleceria na mídia; e o outro enfraqueceria seus adversários. Ele está correto, tanto politicamente quanto diante de suas atribuições como parlamentar. Quem sabe jogar e tem o domínio, joga.

E tanto o jogo é jogado que não me lembro de o senador Magno Malta ter proposto a abertura de uma CPI das Empreiteiras ou das Estradas em 2011, quando ocorreram as denúncias de esquema de superfaturamento de obras e recebimento por meio de empreiteiras no Ministério dos Transportes, que era chefiado por seu colega de partido Alfredo Nascimento. Este, inclusive, pediu exoneração do cargo.

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