terça-feira, 12 de março de 2013

Hora de ver se só há saúde na política


Para que tudo aconteça de fato no Brasil é preciso que haja vontade política, o restante fica somente ecoando nos discursos vazios até se renovar nas campanhas eleitorais, assegurado pela falta de pressão popular.

Afinal, alguém duvida que todos os estádios de futebol, ou reformados ou construídos no Brasil – com custos exorbitantes -, ficarão prontos em tempo hábil para a Copa do Mundo?

Em Cachoeiro mesmo, quando do anúncio do show do Roberto Carlos, em 2009, ligeiramente a prefeitura articulou meios para garantir a reforma e adequação do estádio do Sumaré para receber o Rei.

Nas campanhas políticas, antes do desfecho das coligações partidárias, todas as siglas são parceiras e estão pré-dispostas a construir um plano de governo juntas; o amor acaba após cada um seguir o seu rumo (que já era previsto, o anúncio de amor era somente para agregar mais partidos à sua causa – sabe-se lá qual...). Ainda assim, conseguem reunir uma gama de partidos.

Agora, o estado vive uma crise na saúde, resultante de direcionamentos vesgos e investimentos desfocados – pelo menos é a impressão que nos dá. Faltam vagas nos hospitais das redes pública e privada; isso mesmo, não tem leito até para quem paga em dobro pelo serviço de saúde.

Em Cachoeiro, já ocorreu uma reunião para discutir assuntos relacionados à saúde e, simplesmente, nenhum representante do governo do Estado compareceu. Nesta quarta (13), haverá outro encontro.

É neste momento – fora período eleitoral – que os políticos devem mostrar a sua vontade/posicionamento/trabalho, para medirmos se é compatível com a necessidade do povo. Juntar todos os partidos e segmentos da sociedade.

Quero ver a disposição dos vereadores, secretário, prefeito, deputados e senadores de pedirem audiência junto ao secretário estadual de Saúde, Tadeu Marino, e o governador Renato Casagrande (PSB) para cobrar deles a responsabilidade de investimentos justos. Cobrar a presença deles na cidade, para ver e sentir a gravidade do problema.

Existem mais de uma dezena de crianças na fila aguardando internação. Será que algum dono de mandato vai temer a sua sobrevivência política por exigir responsabilidades ou vai comprar a briga das famílias que não temem enterrar seus filhos?

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