Para que tudo aconteça de fato no
Brasil é preciso que haja vontade política, o restante fica somente ecoando nos
discursos vazios até se renovar nas campanhas eleitorais, assegurado pela falta
de pressão popular.
Afinal, alguém duvida que todos
os estádios de futebol, ou reformados ou construídos no Brasil – com custos
exorbitantes -, ficarão prontos em tempo hábil para a Copa do Mundo?
Em Cachoeiro mesmo, quando do
anúncio do show do Roberto Carlos, em 2009, ligeiramente a prefeitura articulou
meios para garantir a reforma e adequação do estádio do Sumaré para receber o
Rei.
Nas campanhas políticas, antes do
desfecho das coligações partidárias, todas as siglas são parceiras e estão
pré-dispostas a construir um plano de governo juntas; o amor acaba após cada um
seguir o seu rumo (que já era previsto, o anúncio de amor era somente para
agregar mais partidos à sua causa – sabe-se lá qual...). Ainda assim, conseguem
reunir uma gama de partidos.
Agora, o estado vive uma crise na
saúde, resultante de direcionamentos vesgos e investimentos desfocados – pelo menos
é a impressão que nos dá. Faltam vagas nos hospitais das redes pública e
privada; isso mesmo, não tem leito até para quem paga em dobro pelo serviço de
saúde.
Em Cachoeiro, já ocorreu uma
reunião para discutir assuntos relacionados à saúde e, simplesmente, nenhum
representante do governo do Estado compareceu. Nesta quarta (13), haverá outro
encontro.
É neste momento – fora período eleitoral
– que os políticos devem mostrar a sua vontade/posicionamento/trabalho, para
medirmos se é compatível com a necessidade do povo. Juntar todos os partidos e
segmentos da sociedade.
Quero ver a disposição dos
vereadores, secretário, prefeito, deputados e senadores de pedirem audiência junto
ao secretário estadual de Saúde, Tadeu Marino, e o governador Renato Casagrande
(PSB) para cobrar deles a responsabilidade de investimentos justos. Cobrar a
presença deles na cidade, para ver e sentir a gravidade do problema.
Existem mais de uma dezena de
crianças na fila aguardando internação. Será que algum dono de mandato vai
temer a sua sobrevivência política por exigir responsabilidades ou vai comprar
a briga das famílias que não temem enterrar seus filhos?
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