A adequação de cargos comissionados perante à lei e a realização de concurso público são obrigações do poder público. O Ministério Público recomenda o cumprimento da legislação em todo o Brasil, e em Cachoeiro não é diferente. O que acontece é que nem todo agente político quer perder a ‘mamata’ de poder empregar seus cabos eleitorais ou futuros eleitores.
A rejeição que o presidente da Câmara Municipal, David Loss (PDT), tem na Casa é estreitamente associada à viabilidade do concurso público. Há vereadores que não querem perder seus cargos e chegam a justificar, sem pudor, que concurso impede a evolução do serviço público; como se somente profissionais despreparados fossem conseguir a aprovação no certame.
E há parlamentares que não se opõem somente ao concurso da Câmara, mas também ao da prefeitura. Quando o prefeito Carlos Casteglione (PT) foi ao legislativo municipal se explicar sobre a determinação da justiça de exonerar quase 300 servidores comissionados, certamente ele já imaginava que teria o apoio da maioria. Afinal, no cabide do Palácio Bernardino Monteiro tinha empregados com o carimbo de vereadores.
O apoio obtido por Casteglione foi surreal, se séria fosse tratada a Constituição. Aliás, o documento que rege juridicamente o país foi rasgado numa encenação deplorável, onde gregos e troianos se uniram para formar uma nuvem de maldade sobre o Ministério Público, quando na verdade a situação era fruto de desleixo e irresponsabilidade com a coisa pública, a qual querem ter a autoridade perpétua de manipular livremente.
Depois de não reelegerem David, querem agora desmoraliza-lo utilizando contra ele a atitude correta. Uma inimaginável inversão de valores. Alegam que não houve transparência na condução da contratação da empresa que realizará o concurso, nem a devida publicidade entre os vereadores. Até onde eu acompanhei, todo o processo foi claro e divulgado (com exceção do investimento que é de R$ 170 mil). Caso um vereador não tenha participado da discussão, de repente faltou-lhe interesse.
O que me preocupa também é ver o presidente eleito, Júlio Ferrari (PV), alimentando o discurso opositor, dando a entender que pode obstruir o andamento do concurso, em nome de um amplo debate entre os edis. Fazendo isso, ele estará ceifando a oportunidade da população ingressar no serviço público e tomará para si o rigor da lei.
Resta a David se indignar. Soltar da garganta tudo o que preferiu engolir para manter a paz na câmara. O cheiro no ar é de guerra, e de forma covarde. O presidente precisa enxergar que é o seu nome e a sua biografia que tentam manchar. Caso ele levante e torne públicas as mazelas (se é que existem) locais, duvido que a sociedade cachoeirense fará oposição a David, mesmo que caia contra ele uma nuvem de munições. Será também uma defesa à ética na política cachoeirense. Não acredito que David quis entrar na vida pública para se calar diante de situações desastrosas.
Leandro,
ResponderExcluirparabéns pelo post. Tenho certeza que expressa tudo que qualquer cidadão cachoeirense consciente pensa. Existe uma campanha explícita do "jornalista" Jackson Rangel para desmoralizar o Prof. David e adiar o Concurso, que assim ficaria nas mãos do novo Presidente que, como se sabe, é altamente influenciado por ele.
Isto já era esperado. Sempre que alguém tenta colocar ordem na Casa, como o Prof. David vem fazendo, sofre duras consequências de quem tem interesses outros que não a coletividade.
Acho que agindo como fez, moralizando a Câmara, realizando o Concurso, pagando as dívidas antigas e ainda devolvendo dinheiro a Prefeitura, o Prof. David infelizmente sepultou sua carreira política, pois isto dificilmente chega aos ouvidos do grande público. Entretanto, acho que isto foi uma manobra calculada por ele, que não é político de carreira e só esteve interessado em administrar sem fazer concessões.
O que eu sinto falta neste momento é da sociedade civil, do Ministério Público, da OAB, enfim, das diversas entidades que conhecem o caráter do Professor virem a público para simplesmente atestarem o comprometimento dele com a causa pública. Senão fica uma luta muito árdua, pois o pseudo jornalista tem um meio de propalar suas inverdades e o Professor não.
Mais uma vez, parabéns pelo post e obrigado por abrir este espaço para comentários.
Abs.
Robson