sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A falta de teto e de interesse

A queda na arrecadação é a reclamação rotineira de todos os gestores públicos capixabas, entre eles o do topo da hierarquia: o governador Renato Casagrande (PSB). E, em contraponto, o socialista deixou de prestigiar a Feira do Mármore e Granito, pelo menos em Cachoeiro de Itapemirim, evento do setor que é um dos alicerces da economia do Espírito Santo.

Na abertura da feira, o governador alegou que não poderia estar presente já que não havia teto para seguir viagem no helicóptero oficial, com ele estava o ministro de Desenvolvimento, Fernando Pimentel.

E qual a justificativa para não se fazer presente nos demais dias? Não poderia Casagrande visitar as instalações da Cachoeiro Stone Fair na quarta, quinta ou sexta-feira?

Bastaria avisar à imprensa sobre sua ida para que as suas intenções em benefício ao setor de rochas ornamentais ganhassem os muros do Parque de Exposições rumo à repercussão esperada.

Na Festa de Cachoeiro, o governador também não veio. Nos bastidores, sabe-se que sua equipe identificou o clima ruim das manifestações contra o prefeito Casteglione (PT) e optou por poupá-lo.

E desta vez? Será que há algo no setor de rochas ao qual poderia denegrir a imagem de Casagrande? Ou algo em Casteglione ou no PT? E, se houver, tudo isso supera em importância o que o setor representa na vitimada economia capixaba?

Para quem separa política de administração sempre que perguntado sobre a primeira, parece estar se pautando demasiadamente na ciência da direção.

Se político for, fica a pergunta: na “turbulência marítima”, o socialista estaria soltando a mão de alguém?


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