quarta-feira, 17 de abril de 2013

Só faltou transparência sobre as denúncias


Antes de tudo, afirmo ser louvável a decisão da Câmara Municipal em aceitar instalar o ponto eletrônico biométrico. O sistema, com identificação pela impressão digital, irá acabar com a possível existência de funcionários fantasmas na Casa de Leis, o que costuma acontecer Brasil afora. Sem dúvida, esse controle de freqüência dará um upgrade na imagem arranhada do legislativo municipal.

Porém, faltou transparência – por parte da Câmara – quanto a o que motivou o acordo com o Ministério Público para a instalação do ponto (o prazo é agosto). O MP propôs a assinatura do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) porque existem denúncias de servidores fantasmas na Câmara de Cachoeiro. O Ministério Público continuará as investigações e deve concluí-las em 90 dias.

A Câmara tem merecimento diante dos elogios rasgados que surgiram na sessão de terça (16/05), até porque não se esquivou em pôr fim ao suposto problema na Casa. Poderia muito bem se negar a assinar o TAC; mas, caso o fizesse, seria alvo de ação judicial.

É bom deixar claro aos cidadãos que o MP, após receber as denúncias de ‘fantasmas’ na Câmara, procurou os vereadores para combater a possível improbidade por meio do ponto eletrônico. Talvez, se não houvesse a iniciativa do MP, o legislativo jamais recorreria ao aparelho; a não ser em cumprimento a uma decisão da justiça. Verdade seja dita. 

Crédito da foto: CMCI

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