Do limão à limonada. A crise
bateu à porta, novamente. Ao invés de lamentar, é preciso abrir os olhos para
enxergar as alternativas e não anular oportunidades e deixar datas importantes
passarem em branco.
As críticas negativas sempre irão
existir, ainda mais em Cachoeiro de Itapemirim, cujo orçamento é baixíssimo; e
outra: a oposição jamais deixará de cumprir o seu papel, às vezes apelando para
o ‘quanto pior, melhor’.
O prefeito Carlos Casteglione
(PT) anunciou, entre outros pontos, o cancelamento de festas até o fim do ano,
entre elas a tradicional, criada pelo saudoso poeta Newton Braga. No ano do
centenário do cronista Rubem Braga, irmão de Newton, o petista pode se
consagrar o primeiro gestor da história a não realizar o evento.
Em minha opinião, ele deveria
fazer a Festa de Cachoeiro, buscando não o onerar tanto os cofres públicos. Seria
o momento de maior aproximação com a iniciativa privada, através de um chamado
de parceria. O prefeito pode lançar o sentimento de união para que todos os
setores cachoeirenses enfrentem a ‘crise’ juntos – adesão que pode ser
utilizada para outras áreas.
Já que os recursos são escassos,
Casteglione poderia fazer a festa do município somente com artistas locais, que
não são poucos. A média de preço das bandas cachoeirenses é de R$ 5 mil.
Um exemplo: o show de Erasmo
Carlos custou R$ 68 mil, ou seja, com o dinheiro dá para contratar praticamente
14 bandas locais. Geralmente, a Festa de Cachoeiro tem entre quatro e cinco
artistas nacionais, basta trocar um por quase 20 locais.
Cada grupo tem o seu público, e,
com uma quantidade considerável, o evento tem de tudo para ser um sucesso. Sem dúvida,
pode-se expandir para as demais atividades culturais. Além de tudo, será uma excelente
oportunidade para ver se realmente ‘em casa de ferreiro o espeto é de pau’.
E mais, Casteglione poderá
parafrasear o seu líder maior no Brasil: “Nunca na história desta cidade houve
uma Festa de Cachoeiro que valorizou tanto os artistas da terra”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário