Uma das principais lideranças do
novo cenário da política cachoeirense, o deputado estadual Glauber Coelho (PR)
certamente está contente com a dimensão eleitoral que atingiu após o pleito
passado e com a grande possibilidade de se reeleger na Assembleia Legislativa. Porém,
o mesmo sentimento não se repete quando o assunto é o PR.
O que acontece dentro do partido
ele prefere não expor. Porém, do lado de fora é possível ver os clarões do
clima tempestivo dentro do céu republicano, cujo São Pedro seria o senador
Magno Malta, presidente estadual do PR.
Nem precisava ser muito observador
para captar a aspereza na relação entre Magno e Glauber - já há algum tempo. Uma
delas foi em outubro de 2011 durante protesto contra a proposta de mudança na
divisão dos royalties. A BR 101 foi fechada em Mimoso do Sul; assim que Glauber
chegou, Malta esbravejou por conta do horário.
No ano seguinte, na convenção do
PR, em Vitória, o clima de antipatia imperou contra Coelho, que não compareceu
ao evento. Naquela ocasião, Magno Malta disse que o PR teria candidato a
prefeito em Cachoeiro, independentemente de quem fosse. A revolta deste dia era
direcionada ao apoio do deputado ao governo do Estado em detrimento de posicionamentos
do partido.
O que dizer então do lançamento
da candidatura a prefeito do republicano; em nenhum momento, em seu discurso,
Magno falou da pretensão eleitoral de Glauber que se consolidava naquela noite.
Muito menos houve o tradicional levantar de braços, com as mãos dadas.
Hostil? A meu ver é. Se
publicamente é assim, imagina dentro das ‘quatro paredes ‘ideológicas’’ do
partido?
A verdade é que a saída de
Glauber Coelho do PR é inevitável. Pesa contra o deputado somente a
possibilidade de perda do mandato, por causa da fidelidade partidária. Pela
imprevisibilidade de seu presidente, não há como Glauber ter a certeza de uma
saída consentida pela sigla, o que lhe garantiria o mandato.
Outro caminho é se filiar no
recém-fundado PMD, dentro de 30 dias a contar de seu registro no TSE. Mas, caso
arrisque o mandato por um clima partidário melhor (neste caso, ele teria mais
de um ano para fazer campanha), é muito provável que Glauber assine a ficha no
PSB, abonada pelo governador Renato Casagrande. O convite já foi feito.
Se fosse Glauber aceitaria o convite do Governador e assumiria uma secretaria. Sempre antenado, Leandro!
ResponderExcluirRapaz, anos atrás eu já havia avisado que se aproximar desse tal de Magno seria um péssimo negócio para o Glauber. Ele teria crescido o mesmo tanto sem esse sujeito. O cara que quer ser um político decente precisa ter um partido decente. Embora ele não tenha afinidades ideológicos com o socialismo, ao menos no PSB ele poderá se consolidar como uma liderança regional longe desses encostos. Ele merece essa dignidade.
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