Há tempos que a Secretaria de
Meio Ambiente de Cachoeiro é formada praticamente por funcionários
comissionados. Desvalidando discursos e boas intenções, não houve nenhum passo
na direção da realização de um concurso público.
A secretaria necessita de
técnicos e a Promotoria local, sabendo da situação, solicitou a contratação
imediata e emergencial de profissionais naquela pasta. O serviço de
licenciamento ambiental está prejudicado, não há pessoal suficiente para
atender a demanda crescente, o que deixa as empresas suscetíveis a penalidades.
O caos na Secretaria de Meio
Ambiente é comprovado pelo decreto de situação de emergência assinado nesta
segunda (15) pelo prefeito Carlos Casteglione (PT). A desordem a qual chegou a pasta
- responsável pela liberação de atividades e de empreendimentos - é de se
analisar.
O último secretário foi o pastor
Delandi Macedo (PRB), hoje vereador. Pode até ser que Delandi tenha se dedicado
à questão, solicitando ao prefeito deferimento para abertura de concurso; tenha
identificado que a secretaria repleta de comissionados não condizia com a
moralidade exigida no serviço público.
Talvez, o ex-secretário sofria
com a falta de técnicos, e não calado. Pode ser que Delandi fora ‘cozido em
banho-maria’ pelo prefeito durante os anos que conduziu a secretaria. Quem sabe
os licenciamentos ambientais de sua época não exigissem tanta agilidade e profissionais,
e as reclamações do setor de rochas, por exemplo, não passavam de ‘balela’.
Ou então, ele também não tenha na
ponta da língua uma explicação plausível, assim como ocorreu quando autorizou o
corte de 92 árvores em área de preservação permanente na rodovia Cachoeiro x
Safra, às margens do rio Itapemirim. Vamos aguardar.
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