quarta-feira, 16 de março de 2011

Casteglione, enfim, assume que não atendeu expectativa do povo


Parece que o palácio resolveu mudar de estratégia. Após quase um mês da divulgação da pesquisa do Instituto Futura, o prefeito de Cachoeiro, Carlos Casteglione (PT), resolveu assumir que seus dois anos de mandato não atenderam às expectativas da população. Nesse intervalo de tempo, o petista insistiu em dizer que gozava crescimento em sua avaliação e que, por isso, estava muito feliz.

Para quem não se lembra, a administração do PT atingiu 29,2% de ‘Ruim’ e ‘Péssimo’; o índice ‘Regular’ foi de 42,5% e 23,8% dos entrevistados consideraram ‘Ótima’ ou ‘Boa’. A pesquisa também aponta que 41,8% têm a impressão de que a atual gestão é pior que a anterior, chefiada pelo ex-prefeito Roberto Valadão (PMDB), que obteve apenas 7 mil votos quando tentou a reeleição.

Casteglione deu publicidade à leitura correta dos números em entrevista ao site Folha Vitória, no dia 14 deste março. Só não é possível saber se o prefeito só enxergou o que os números mostravam por influência externa ou se sempre soube, mas quis forjar um cenário favorável. Confira a parte da entrevista que Casteglione reconhece a insatisfação retratada na pesquisa:

Folha Vitória: Recentes pesquisas mostraram que a população da cidade não aprova sua administração. A que o senhor atribui essa insatisfação?

Na verdade a pesquisa é um resultado dos últimos dois anos de governo. A prefeitura viveu anos de muita dificuldade para reestruturá-la, mas conseguimos colocar obras de grande volume em andamento. Penso que a população tem uma expectativa imediata, mas lamentavelmente não consegui atender. Foram anos de muito esforço e tenho certeza de que vamos colher os frutos desse trabalho. É compreensível essa insatisfação, já que não conseguimos atender a expectativa que a população depositou no Governo, mas temos certeza de que com os planejamentos que temos e os projetos que executamos os resultados vão aparecer muito em breve nas próximas avaliações.

FV: A população diz que o senhor não cumpriu promessas de campanha nas áreas da saúde e educação, por exemplo. Qual é a avaliação do senhor em relação a essas críticas?

Foi o que disse anteriormente. Não foi possível atender às expectativas da população nos últimos dois anos. Mas tivemos muitos avanços. Ampliamos os serviços de saúde, resolvemos problemas que a população tinha antes e que hoje não existem mais. Na educação crescemos bastante. Melhoramos o serviço de creches. Um exemplo é que em 2010 fechamos o ano com 2,2 mil vagas. Em 2011 já são mais de 5 mil vagas abertas. Atualmente temos creches que funcionam em tempo integral, além do atendimento em uma hora a mais para facilitar a mãe trabalhadora. Estamos trabalhando no sentido de aprimorar e melhorar os índices. Nesses dois primeiros anos estamos comemorando muitos avanços e com trabalho vamos avançar ainda mais, seremos reconhecidos por isso.


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