sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Bancos: respeito à base do desrespeito

Não há dúvidas que determinados grupos de pessoas mereçam, por necessidade, de prioridade em serviços prestados, principalmente os públicos. É questão de respeito às gestantes, idosos, deficientes e outros. Porém, não se pode construir o respeito a partir do desrespeito àqueles que não integram a este grupo.

Um exemplo claro do que trato neste texto podemos ver nos bancos instalados em Cachoeiro de Itapemirim (minhas experiências são sempre no Banestes). O contador da senha realiza duas contagens: uma voltada para as pessoas que têm o benefício da prioridade; outra, para os demais. Até aí, tudo certo.

Porém, se houver 100 beneficiados pela prioridade, esta centena será atendida à frente dos demais clientes, que chegam a ficar, no mínimo, uma hora e meia aguardando por atendimento.

Como se não bastasse, quase nunca todos os caixas estão ocupados por seus respectivos funcionários, o que colabora com a morosidade e reforça o desrespeito a quem não está à luz da ‘prioridade’.

Entendo que se houver alternância no contador da senha entre aqueles que têm prioridade e os demais, o respeito está garantido a todos. Creio que pode ser até dois (prioritário) por um; ou três. O que não pode é a arrogância ao ignorar os demais cidadãos, que se afogam em frustrações ao olhar ao relógio e constatar outros compromissos em desonra.


E o pior, ao questionar o sistema caduco de prioridade a qualquer funcionário desses bancos, todos se manifestam em uníssono: estamos respeitando à lei municipal. Ou seja, neste caso, a culpa é dos nossos vereadores. 

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