Não há dúvidas que determinados
grupos de pessoas mereçam, por necessidade, de prioridade em serviços
prestados, principalmente os públicos. É questão de respeito às gestantes,
idosos, deficientes e outros. Porém, não se pode construir o respeito a partir
do desrespeito àqueles que não integram a este grupo.
Um exemplo claro do que trato
neste texto podemos ver nos bancos instalados em Cachoeiro de Itapemirim
(minhas experiências são sempre no Banestes). O contador da senha realiza duas
contagens: uma voltada para as pessoas que têm o benefício da prioridade;
outra, para os demais. Até aí, tudo certo.
Porém, se houver 100 beneficiados
pela prioridade, esta centena será atendida à frente dos demais clientes, que
chegam a ficar, no mínimo, uma hora e meia aguardando por atendimento.
Como se não bastasse, quase nunca
todos os caixas estão ocupados por seus respectivos funcionários, o que
colabora com a morosidade e reforça o desrespeito a quem não está à luz da ‘prioridade’.
Entendo que se houver alternância
no contador da senha entre aqueles que têm prioridade e os demais, o respeito
está garantido a todos. Creio que pode ser até dois (prioritário) por um; ou
três. O que não pode é a arrogância ao ignorar os demais cidadãos, que se
afogam em frustrações ao olhar ao relógio e constatar outros compromissos em
desonra.
E o pior, ao questionar o sistema
caduco de prioridade a qualquer funcionário desses bancos, todos se manifestam
em uníssono: estamos respeitando à lei municipal. Ou seja, neste caso, a culpa é
dos nossos vereadores.
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