quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Acompanhar, para não reclamar


Durante a campanha eleitoral de 2012, as redes sociais foram tomadas por defensores do candidato A ou B no pleito cachoeirense. Uns criticando o que ainda não fora feito na cidade; outros afirmando um avanço a pleno vapor. Mas, passado o pleito, pouquíssimos continuam a falar de política.

Claro que uma boa porcentagem daqueles que empunhavam bandeiras recebia para tal performance, apesar de ‘refletir’, propositalmente, um interesse pelas coisas da cidade. Nada demais, já que o trabalho dignifica o homem – mesmo que temporariamente.

Em um passado recente, as lideranças locais reclamavam da redução drástica de representatividade política, principalmente, na Assembleia Legislativa. Neste mandato, Cachoeiro tem quatro deputados (Rodrigo Coelho – PT, Marcus Mansur – PSDB, Theodorico Ferraço – DEM e Glauber Coelho – PR).

Caso cada um destes parlamentares der a sua parcela de contribuição à cidade, não somente com emendas, mas também reivindicando ações junto ao governo do Estado, é possível aumentar a atuação sobre as prioridades que assolam a população local.

No mercado político, existe a preocupação de um racha na ‘bancada cachoeirense’ na Assembleia Legislativa, por conta de possíveis interesses eleitoreiros, visando 2016. Existindo comprometimento dos deputados e tal possibilidade de divisão, deveria estes promoverem ‘disputa’ para mostrar à população quem faz mais pelo município.

Porém, se verdade for o racha, o foco de alguns pode ser o enfraquecimento do governo petista em Cachoeiro, para retirar uma possível chance de o prefeito Carlos Casteglione (PT) fazer o seu sucessor.

Prefiro crer que tal posicionamento e comportamento não ocorrerão. Marcus Mansur fez parte da base aliada ao governo cachoeirense e apoiou a reeleição de Casteglione, inclusive indo contra as pretensões da executiva estadual do PSDB. Glauber já deixou de lado a rivalidade inerente ao pleito e ‘liberou’ os vereadores republicanos para apoiar a administração; pressupõe-se que fará o mesmo.

Theodorico é inimigo político natural, porém precisou também do PT para ser reconduzido à presidência da Assembleia (mesmo sendo investigado pela operação Derrama). Dizem os mais experientes que o peso da idade deixa o ser humano mais emotivo, com isso - quem sabe? - a gratidão possa tocar o peito da velha raposa.

Vejo que Rodrigo Coelho, até por ser do principal partido que governa Cachoeiro, pode ser o nome a lutar pela unificação da ‘bancada cachoeirense’. E também quero crer que os e-eleitores não se furtarão de acompanhar os trabalhos dos quatro deputados em favor do município, por acreditar que política só se discute em ano eleitoral ou quando recebe para isso. 

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