Durante a campanha eleitoral de
2012, as redes sociais foram tomadas por defensores do candidato A ou B no
pleito cachoeirense. Uns criticando o que ainda não fora feito na cidade;
outros afirmando um avanço a pleno vapor. Mas, passado o pleito, pouquíssimos
continuam a falar de política.
Claro que uma boa porcentagem
daqueles que empunhavam bandeiras recebia para tal performance, apesar de
‘refletir’, propositalmente, um interesse pelas coisas da cidade. Nada demais,
já que o trabalho dignifica o homem – mesmo que temporariamente.
Em um passado recente, as lideranças
locais reclamavam da redução drástica de representatividade política,
principalmente, na Assembleia Legislativa. Neste mandato, Cachoeiro tem quatro
deputados (Rodrigo Coelho – PT, Marcus Mansur – PSDB, Theodorico Ferraço – DEM
e Glauber Coelho – PR).
Caso cada um destes parlamentares
der a sua parcela de contribuição à cidade, não somente com emendas, mas também
reivindicando ações junto ao governo do Estado, é possível aumentar a atuação
sobre as prioridades que assolam a população local.
No mercado político, existe a
preocupação de um racha na ‘bancada cachoeirense’ na Assembleia Legislativa,
por conta de possíveis interesses eleitoreiros, visando 2016. Existindo
comprometimento dos deputados e tal possibilidade de divisão, deveria estes promoverem
‘disputa’ para mostrar à população quem faz mais pelo município.
Porém, se verdade for o racha, o
foco de alguns pode ser o enfraquecimento do governo petista em Cachoeiro, para
retirar uma possível chance de o prefeito Carlos Casteglione (PT) fazer o seu
sucessor.
Prefiro crer que tal posicionamento
e comportamento não ocorrerão. Marcus Mansur fez parte da base aliada ao
governo cachoeirense e apoiou a reeleição de Casteglione, inclusive indo contra
as pretensões da executiva estadual do PSDB. Glauber já deixou de lado a
rivalidade inerente ao pleito e ‘liberou’ os vereadores republicanos para
apoiar a administração; pressupõe-se que fará o mesmo.
Theodorico é inimigo político
natural, porém precisou também do PT para ser reconduzido à presidência da
Assembleia (mesmo sendo investigado pela operação Derrama). Dizem os mais
experientes que o peso da idade deixa o ser humano mais emotivo, com isso -
quem sabe? - a gratidão possa tocar o peito da velha raposa.
Vejo que Rodrigo Coelho, até por
ser do principal partido que governa Cachoeiro, pode ser o nome a lutar pela
unificação da ‘bancada cachoeirense’. E também quero crer que os e-eleitores
não se furtarão de acompanhar os trabalhos dos quatro deputados em favor do
município, por acreditar que política só se discute em ano eleitoral ou quando
recebe para isso.
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