A eleição de 2008 não foi um
momento isolado no entrelaçamento político entre o então candidato a prefeito de
Cachoeiro, Carlos Casteglione (PT), e o deputado federal Camilo Cola (PMDB). Na
época, Camilo apoiou o petista em detrimento do projeto de reeleição de seu
partido, na pessoa do ex-prefeito Roberto Valadão. Atualmente, os laços seguem
mais fortes.
De lá pra cá, mesmo na
presidência do diretório municipal do PMDB, o deputado Camilo passou a
colecionar a insatisfação de peemedebistas, principalmente os que compõem a ala
valadonista – maioria na sigla.
O episódio que reforça o descontentamento
foi a convenção partidária que preteriu Cola e elegeu o ex-deputado José Tasso
como candidato a prefeito de Cachoeiro pelo PMDB. Como reação, Camilo decidiu deixar
a presidência e entrou ‘de cabeça’ na campanha de Casteglione. Tasso desistiu
da candidatura e todo o partido abraçou a candidatura de Glauber Coelho (PR), no
primeiro pleito plebiscitário da história cachoeirense.
Em novembro de 2012, ocorreu a
eleição para a nova diretoria do PMDB local. Um tumulto só, com direito a duas
urnas: uma dentro da sede; outra do lado de fora. Acontece que o peemedebista
Getúlio Santos inscreveu chapa para concorrer com a apoiada pelo grupo de
Valadão; sem êxito. A justificativa é que a chapa foi inscrita fora do prazo.
Muitos, do ninho peemedebista,
acreditavam que a atitude de Getúlio tinha incentivo de Camilo Cola, cujo envolvimento
foi negado por assessores. A verdade é que Getúlio, além de soldado do partido,
tem sua ligação com Cola, que, segundo informações, teria reconhecido agora tal
dedicação.
Uma fonte segura informou a este
blogueiro que o deputado solicitou ao prefeito Casteglione o ingresso de
Getúlio Santos no segundo escalão da prefeitura. E assim será. Em breve,
Getúlio vai ser nomeado sub-secretário de Segurança, pasta que ele já chefiou
quando Valadão foi prefeito do município (2005/08).
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