Bisbilhotar a vida alheia é mais um item da falta de
respeito. Levado em conta a invasão da soberania de diversos países ao longo da
história, por parte dos Estados Unidos, não há surpresa nenhuma em saber que o
Brasil faz parte do leque das ‘nações big brothers’ para a Casa Branca.
E a falta de urgência em se posicionar, tanto para se
explicar, mentir ou negar, diante da ‘descoberta’ de espionagem em desfavor ao
Brasil só destaca a soberba norte americana.
Pode ser que a postura despreocupada de Barack Obama diante
do tema esteja baseada nas escutas feitas desde sempre. Talvez, tenha sido
testemunha anônima das possíveis vezes em que o governo cedeu à pressão do
Congresso Nacional, por exemplo, resultando na criação de mais ministérios.
Ou então na nomeação de aliados, ou de aliados de aliados.
Ou na proteção daqueles que rasgaram a Constituição Federal. Ou na omissão
perante os desmandos e incompatibilidade entre político e função que ocupa.
Obama pode optar também por fingir ouvir a voz tímida e
trêmula que sai do Palácio do Planalto, sinalizar uma solução e aguardar o
esquecimento coletivo, tal como lhe revelou os bastidores obscuros e a
realidade estampada pela mídia.
Deve saber Obama que o Brasil jamais estufará o peito,
destemendo qualquer rompimento de laços – principalmente econômicos -, tal como
fez Cuba após a revolução.
Afinal, pode ser que a política de coalisão verde amarela
abafe o significado de soberania e tudo se resolva com a proximidade do verão e
da Copa do Mundo.
Tomar decisões, apontar caminhos e contaminar o mundo com o
capitalismo que lhe favoreça sempre foi a marca dos Estados Unidos. O que há de
mais, então?
Na cabeça de Dilma Rousseff deve ecoar a frase: “Sim, nós
podemos”. E se um dia ele falou que Lula é o cara, então, está tudo em casa. Festejemos
com nossas armas químicas, produzidas em alambiques.
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