quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Será que o Obama já sabe?

Bisbilhotar a vida alheia é mais um item da falta de respeito. Levado em conta a invasão da soberania de diversos países ao longo da história, por parte dos Estados Unidos, não há surpresa nenhuma em saber que o Brasil faz parte do leque das ‘nações big brothers’ para a Casa Branca.

E a falta de urgência em se posicionar, tanto para se explicar, mentir ou negar, diante da ‘descoberta’ de espionagem em desfavor ao Brasil só destaca a soberba norte americana.

Pode ser que a postura despreocupada de Barack Obama diante do tema esteja baseada nas escutas feitas desde sempre. Talvez, tenha sido testemunha anônima das possíveis vezes em que o governo cedeu à pressão do Congresso Nacional, por exemplo, resultando na criação de mais ministérios.

Ou então na nomeação de aliados, ou de aliados de aliados. Ou na proteção daqueles que rasgaram a Constituição Federal. Ou na omissão perante os desmandos e incompatibilidade entre político e função que ocupa.

Obama pode optar também por fingir ouvir a voz tímida e trêmula que sai do Palácio do Planalto, sinalizar uma solução e aguardar o esquecimento coletivo, tal como lhe revelou os bastidores obscuros e a realidade estampada pela mídia.

Deve saber Obama que o Brasil jamais estufará o peito, destemendo qualquer rompimento de laços – principalmente econômicos -, tal como fez Cuba após a revolução.

Afinal, pode ser que a política de coalisão verde amarela abafe o significado de soberania e tudo se resolva com a proximidade do verão e da Copa do Mundo.

Tomar decisões, apontar caminhos e contaminar o mundo com o capitalismo que lhe favoreça sempre foi a marca dos Estados Unidos. O que há de mais, então?


Na cabeça de Dilma Rousseff deve ecoar a frase: “Sim, nós podemos”. E se um dia ele falou que Lula é o cara, então, está tudo em casa. Festejemos com nossas armas químicas, produzidas em alambiques. 

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