terça-feira, 2 de julho de 2013

Unidos pela catraca

O pedido de vistas apresentado pelo deputado estadual Gildevan Fernandes (PV) sobre o projeto que poderia pôr fim à cobrança de pedágio na Terceira Ponte soou, no mínimo, estranho.

Acontece que o projeto estava na pauta de votação, o que significa que as comissões da Casa de Leis estadual já apreciaram o conteúdo da matéria, portanto o pedido de vistas não se justifica.

Durante a sessão, até onde soube, nenhum deputado argumentou sobre o projeto, antes da votação, até mesmo para explicar se era ou não inconstitucional. Inclusive, o próprio jurídico deveria ter se manifestado sobre essas possibilidades. Tempo havia, afinal a matéria foi a 17ª votada pelos deputados.

Diante da pressão, já que a Assembleia Legislativa estava lotada por manifestantes, Gildevan foi muito corajoso em interromper a votação de um projeto que poderia prejudicar uma empresa – Rodosol - que ganha carros de dinheiro na cobrança de pedágio. Alias, não apenas ele, mas todos os deputados. Ir contra o povo não é para qualquer um.

O mais curioso foi o parlamentar do PV expor que não houve recomendações por parte do governo estadual, que, neste caso, deixara então os aliados à mercê dos manifestantes. Já o fato de o presidente da Ales, Theodorico Ferraço (DEM), ter encerrado a sessão logo após o pedido de vistas e não ter atendido os manifestantes, não há surpresas.


Crédito da foto: Ricardo Medeiros

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