O pedido de vistas apresentado
pelo deputado estadual Gildevan Fernandes (PV) sobre o projeto que poderia pôr
fim à cobrança de pedágio na Terceira Ponte soou, no mínimo, estranho.
Acontece que o projeto estava na
pauta de votação, o que significa que as comissões da Casa de Leis estadual já
apreciaram o conteúdo da matéria, portanto o pedido de vistas não se justifica.
Durante a sessão, até onde soube,
nenhum deputado argumentou sobre o projeto, antes da votação, até mesmo para
explicar se era ou não inconstitucional. Inclusive, o próprio jurídico deveria
ter se manifestado sobre essas possibilidades. Tempo havia, afinal a matéria
foi a 17ª votada pelos deputados.
Diante da pressão, já que a
Assembleia Legislativa estava lotada por manifestantes, Gildevan foi muito
corajoso em interromper a votação de um projeto que poderia prejudicar uma
empresa – Rodosol - que ganha carros de dinheiro na cobrança de pedágio. Alias,
não apenas ele, mas todos os deputados. Ir contra o povo não é para qualquer um.
O mais curioso foi o parlamentar
do PV expor que não houve recomendações por parte do governo estadual, que, neste caso, deixara então os aliados à mercê dos manifestantes. Já o
fato de o presidente da Ales, Theodorico Ferraço (DEM), ter encerrado a sessão
logo após o pedido de vistas e não ter atendido os manifestantes, não há
surpresas.
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