terça-feira, 23 de julho de 2013

Repleto de inimigos

Para o governador Renato Casagrande (PSB) sair da atual crise política, ele terá que focar ainda mais na sua função de gestor do Estado e, enfim, pôr a sua marca. Pois se depender daqueles que ele considera aliados, não sairá do fosso onde se encontra.

Na política, os adversários estão nos partidos opositores e, os inimigos, dentro do grupo de alianças. Casagrande experimentou isso ainda antes do projeto do pedágio ingressar na pauta de votação.

Foram seus ‘aliados’ que retornaram o decreto legislativo para a apreciação na Ales, sendo que em 2009 (início de mandato) o documento foi considerado inconstitucional. Em uma sinuca de bico, o socialista achou por bem mobilizar a base para votar contra a matéria. Não foi nenhuma vitória, apenas ficou claro que só o governador poderia romper o contrato. Ou seja, a manifestação saiu da Assembleia para o Palácio Anchieta.

Fazendo uma ‘reviravolta’ administrativa, surge a possibilidade de conseguir o reagrupamento, por gravitação. Em baixa, dificilmente terá alguém associando a imagem. A não ser que, a suspeita de financiamento ao vandalismo, seja um caminho para apontar contra a tentativa de retorno do ‘crime organizado’.

Curiosidade


Se o projeto, que acabava com a cobrança do pedágio na Terceira Ponte, era inconstitucional, por que o governador Casagrande se mobilizou tanto para que não fosse aprovado? Não seria melhor deixar o ônus de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) para a Ales?

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