sexta-feira, 5 de julho de 2013

E as investigações contra o cartel?

Após as acusações feitas contra um suposto cartel entre os postos de combustíveis em Cachoeiro de Itapemirim feitas pelo presidente da Câmara Municipal, Julio Ferrare (PV), alguns vereadores cogitaram a instauração de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o possível crime.

Mas, ora. Em 2011, os vereadores já averiguaram o caso através de CEI, comandada pelo então edil Fábio Mendes Glória (PV). O relatório final apontou situações gravíssimas: além do preço absurdo do litro, algumas bombas não registravam a quantidade exata de combustível que adentrava o tanque.

Todo o material da investigação foi encaminhado aos órgãos competentes. Então, ao invés de abrir nova CEI, que gera custos à Casa de Leis – leia-se população –, por que não cobrar o andamento das investigações por parte do Ministério Público, Justiça e demais órgãos e instituições?

Há um vasto material na mão deles (os chamados órgãos competentes, como já citado) que pode, talvez, comprovar que os consumidores estão sendo lesados ao pagar R$ 3,00 no litro da gasolina, por exemplo, com o risco de não receber todos os mililitros.

Se a Câmara Municipal pretende abrir outra CEI, é porque está disposta a combater o suposto cartel ou, pelo menos, fazer decrescer o valor do combustível. Em sendo assim, que se erga e cobre o papel dos órgãos competentes, já que a sua função já foi feita sobre o assunto.

Cartel

Parece piada. Para provar a existência de cartel é preciso que alguém filme uma reunião entre proprietários de postos onde eles estejam combinando a igualdade dos preços. Ou seja, somente a existência de preços semelhantes, que seria a ideia de cartel, não vale.

É mais ou menos parecido como se pessoas fossem presas com quantidade exorbitante de entorpecentes, mas só seriam reconhecidos como traficantes se houver uma filmagem com eles confessando o crime. Então, tá!


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