Após as acusações feitas contra
um suposto cartel entre os postos de combustíveis em Cachoeiro de Itapemirim
feitas pelo presidente da Câmara Municipal, Julio Ferrare (PV), alguns
vereadores cogitaram a instauração de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar
o possível crime.
Mas, ora. Em 2011, os vereadores
já averiguaram o caso através de CEI, comandada pelo então edil Fábio Mendes
Glória (PV). O relatório final apontou situações gravíssimas: além do preço
absurdo do litro, algumas bombas não registravam a quantidade exata de
combustível que adentrava o tanque.
Todo o material da investigação
foi encaminhado aos órgãos competentes. Então, ao invés de abrir nova CEI, que
gera custos à Casa de Leis – leia-se população –, por que não cobrar o andamento
das investigações por parte do Ministério Público, Justiça e demais órgãos e
instituições?
Há um vasto material na mão deles
(os chamados órgãos competentes, como já citado) que pode, talvez, comprovar
que os consumidores estão sendo lesados ao pagar R$ 3,00 no litro da gasolina,
por exemplo, com o risco de não receber todos os mililitros.
Se a Câmara Municipal pretende
abrir outra CEI, é porque está disposta a combater o suposto cartel ou, pelo menos,
fazer decrescer o valor do combustível. Em sendo assim, que se erga e cobre o
papel dos órgãos competentes, já que a sua função já foi feita sobre o assunto.
Cartel
Parece piada. Para provar a
existência de cartel é preciso que alguém filme uma reunião entre proprietários
de postos onde eles estejam combinando a igualdade dos preços. Ou seja, somente
a existência de preços semelhantes, que seria a ideia de cartel, não vale.
É mais ou menos parecido como se
pessoas fossem presas com quantidade exorbitante de entorpecentes, mas só seriam
reconhecidos como traficantes se houver uma filmagem com eles confessando o
crime. Então, tá!
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