segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Política de mão única?

O discurso do governador Renato Casagrande (PSB) durante a prestação de contas do senador Ricardo Ferraço (PMDB) foi o mais interessante, do ponto de vista da política atual. Ele reforçou a unidade, afastou qualquer clima de disputa entre ele e o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) e afirmou que existe uma minoria querendo desagregar o grupo.

Ao que parece, em 2012, o mesmo grupo político – criado por Hartung – irá mapear o estado de forma a não causar prejuízos às siglas mais expressivas do conjunto partidário. A disputa entre PMDB e PSB pode dar lugar a um entendimento.

Escrevi na sexta-feira que a presença de Hartung no evento de Ricardo tinha como simbologia política a força do PMDB para o embate em 2012 e 2014. Porém, ficou claro que o objetivo de Ricardo, inclusive com a presença de Casagrande, foi mostrar que a construção feita em 2010 – na chamada reviravolta – permanece consolidada até hoje.

Casagrande, em seu discurso, foi mais longe. Ressaltou que a unidade existe desde 2002, quando se elegeu deputado federal no mesmo grupo. De lá pra cá, principalmente em 2009, o socialista passou por processo de asfixia política após anunciar o interesse em disputar as eleições para governador. Mas, tudo isso parece estar resolvido.

Para Casagrande, mesmo com a máquina na mão, não é interessante ficar fora do grupo. Ou seja, sendo integrante já encontra dificuldades na Assembleia, por exemplo; caso não esteja no grupo, a vida será muito pior. “Quem torce contra essa unidade está contra o Espírito Santo”, registrou o governador.


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