sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Sinuca de bico para Ricardo


Dois mil e doze pode não ser um ano fácil para o senador Ricardo Ferraço (PMDB), pelo menos no que diz respeito às eleições municipais em Cachoeiro de Itapemirim, caso seu pai, o deputado Theodorico Ferraço (DEM), venha a ser candidato a prefeito.

Por razões familiares, Ricardo sempre subiu ao palanque de seu pai, principalmente nas eleições de 2008, quando Ferraço perdeu a disputa para o atual prefeito Carlos Casteglione (PT).

No entanto, o cenário de 2012 ganha outros traços e cores. O PMDB, nesta semana, decidiu que não fará aliança com o PT e lançará candidatura própria para concorrer à prefeitura local. A questão é a seguinte: será Ricardo partidário ou não? Apoiará o provável candidato de seu partido ou o inimigo número 1 do PMDB, que é o seu pai?

Situação parecida passou o ex-senador Gerson Camata (PMDB). Sua esposa, a então deputada Rita Camata (PSDB), disputou uma das duas vagas para o Senado pela coligação adversária. Devido aos laços familiares, o PMDB estadual liberou Camata para fazer campanha para Rita, que, mesmo assim, não teve sucesso no pleito.

Voltando a Cachoeiro, pode também acontecer do PMDB estadual liberar Ricardo para fazer campanha para Ferraço, caso, é claro, ele venha a ser candidato. Mas, certamente, o não alinhamento do senador aos ideais do diretório cachoeirense irá causar grandes revoltas.

Vale ressaltar que o ingresso de Ricardo no PMDB, ainda durante o governo Hartung, foi acentuadamente dificultado pelo partido da capital secreta. E a filiação só foi possível quando a sigla local foi convencida do contrário. 

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