segunda-feira, 5 de maio de 2014

Pesquisa mostra um Magno Malta sem força

O senador Magno Malta (PR) sempre foi visto como uma ameaça para a unidade política construída no Espírito Santo. Há quem acredite que o movimento que rui esta unidade sirva para mostrar que não sobra sustentação para um projeto majoritário, no estado, para o republicano. E a pesquisa publicada pelo Instituto Futura, no jornal A Gazeta, no último dia 3, apresenta um Malta com ascensão limitada.

Na pesquisa estimulada (a que se assemelha com a urna), o senador Magno Malta aparece em terceiro lugar, com 15,2% das intenções de voto, enquanto o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) tem 34,1% e, o atual, Renato Casagrande (PSB), com 30%. A limitação existe a partir da rejeição mostrada: a maior entre os prováveis candidatos - 27,9%.

Outro dado curioso é o cenário sem o senador Magno na disputa. Os votos dele são praticamente distribuídos entre Casagrande (35%) e Hartung (39,4%). Se o votos de Magno fossem realmente dele deveriam acrescer, consideravelmente, as opção de branco/nulo ou, até mesmo, a de indecisos. Ou ainda reforçar um pré-candidato que simbolize oposição ao atual projeto, no caso Guerino Balestrassi.

É como se alguém dissesse: “o seu apoio é melhor para nós dois”. Afinal, para medir o que Malta representa no contexto eleitoral seria necessário um cenário sem Hartung, para identificar quem herdaria esses votos.

Magno já disse que não caminhará junto com o PMDB. Tem Hartung como inimigo e virou as costas para o PT. Não se esquece das eleições de 2010, quando esteve no palanque da unidade: enquanto pedia votos para Ricardo Ferraço (PMDB) para o Senado; pediam para Rita Camata (PSDB), em seu detrimento.

O senador também sustenta resistência por Casagrande, por este ter estabelecido um governo de continuidade ao invés de carimbar sua própria marca. Porém, nada irreversível como é com os peemedebistas.

Atualmente, Malta se diz presidenciável. Não é difícil imaginar que negociará a tranquilidade para o PR nacional, que é da base aliada à presidente Dilma Rousseff (PT), pela livre condução da sigla no estado.

Conseguindo, pode trabalhar a adesão dos partidos pequenos e tentar um enfrentamento. A tarefa é difícil, mas duvidar de Magno é besteira – basta ver seu currículo eleitoral. E outra: um discurso seu atinge Hartung e Casagrande, ou seja, o que começou e aquele que continuou. Não o temem atoa.

Na frente

A matéria no jornal A Gazeta discorda dos números. O texto diz que há empate técnico entre Casagrande (30%) e Hartung (34,1%). Ora, se a margem de erro é de 2,6 pontos percentuais, os números indicam que o ex-governador está na frente. A Futura ouviu 1,4 mil eleitores entre 22 e 28 de abril.



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