terça-feira, 29 de abril de 2014

Hartung se articula desde 2010

Claro que esta não é uma afirmação do ex-governador Paulo Hartung (PMDB). Mas, nem é necessária uma manifestação dele neste sentido; suas ações foram na direção de se manter próximo às lideranças de todo o estado, além de demarcar território durante as eleições de 2012.

Ainda antes de entregar a chave do palácio Anchieta a Renato Casagrande (PSB), Hartung dizia que prestaria consultoria aos prefeitos, além de ministrar palestras – quando solicitado -, no intuito de dividir seu conhecimento com o estado.

Politicamente, em minha opinião, esta foi a forma de se fazer presente no cenário político e participar do dia a dia dos prefeitos. O diálogo se manteve nesses quatro anos, e se mantêm. Nas eleições municipais, o ex-governador foi às ruas apoiar os candidatos de seu partido e, também, alguns do PT.

Com a fama de sempre ficar em cima do muro, principalmente durante seus dois últimos mandatos, Hartung trabalhou diferente nos últimos quatro anos. Posicionou-se no pleito de 2012 (resguardando a possibilidade de ser candidato), o partido entregou cargos ao governo em 2013, iniciou campanha para candidatura própria e ele pôs seu nome como pré-candidato. Não houve diferença?

Sem dúvida, ele trabalhou para manter vivo o seu capital político, no período sem a ‘caneta’, e estar pronto para um possível embate eleitoral. E essa disputa é afirmada e reafirmada pelo PMDB, através de seu presidente estadual, deputado Lelo Coimbra. O anúncio oficial do posicionamento do partido está marcado para este dia 30/04.

Continuidade

Essa história de continuidade na política mostrou mais uma vez que é fadada ao fracasso. Quem assume o posto jamais irá perpetuar a imagem do antecessor em detrimento de empregar a sua marca e a sua forma de trabalhar. E o que entrega o poder não acredita que o sucessor dará a continuidade a contento. E olha que Casagrande até tentou; o peemedebista se articulou.

Vejo que a disputa é o melhor para o Espírito Santo, cuja democracia precisa ser oxigenada através da escolha dos eleitores, e não nomeação. E é provável que o senador Magno Malta (PR) surja neste cenário eleitoral. E, com base em sua experiência, vai aproveitar a tentativa de reaproximação do PSB com o PMDB para polarizar com Hartung. Mas, isso é conversa para outro artigo.


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