No mínimo, surreal. Certo que o
prefeito Carlos Casteglione ainda tem prazo para cumprir a decisão judicial. Porém,
a antecipação em se colocar como gestor da Agersa ultrapassa a linha da
coerência, uma vez que o petista passa a fiscalizar as concessões autorizadas
por ele. Ou seja, o prefeito vai, praticamente, fiscalizar-se e se regulamentar.
Sem dúvida, também não entendo o
fato da Justiça querer bater o martelo sobre o novo nome a dirigir a Agersa em
detrimento do poder discricionário do prefeito e do crivo da Câmara Municipal,
a quem cabe a sabatina.
Pela decisão do juiz Robson
Louzada, qualquer nome que o prefeito nomeasse até o prazo determinado (dia 29)
seria de forma interina. Ainda assim, o personagem não teria perfil que soasse
contrariedade entre executor e o fiscalizador.
Um exemplo disso ocorreu na
Câmara Municipal nos últimos anos, exceto em poucos períodos. O contador Hélio
Grecchi, que está preso e prestes a ser exonerado, era quem cuidava da
contabilidade e dos pagamentos da Casa de Leis. Como bem disse, recentemente, o
vereador David Loss (PDT), os profissionais destes dois postos deveriam ser
inimigos, de preferência.
Mas, como tem data marcada – não acredito
que o prefeito descumprirá a decisão judicial -, a dupla (e confrontante)
função não se estenderá.
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