terça-feira, 5 de novembro de 2013

Números substituem discurso de Casagrande

A pesquisa feita pelo Instituto Futura, publicada no domingo (03/11), identificou que o governador Renato Casagrande (PSB) venceria as eleições no primeiro turno e superaria (dentro da margem de erro), até mesmo, o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) em um hipotético segundo turno.

Embora seja cedo para as avaliações, a divulgação dos números eleitorais ocorreu no momento ideal para os socialistas, que percebiam uma movimentação contrária do PMDB e PT.

Um posicionamento firme do PSB soaria hostil, aceleraria uma possível dobradinha entre PMDB e PT e reduziria o leque de apoio em torno do projeto de reeleição de Casagrande.

Para anular quaisquer intrigas, o próprio governador Casagrande deu o tom, dizendo incansavelmente que a antecipação do debate eleitoral era um equívoco, indo de encontro à pré-candidatura à presidência (embrionária) da maior estrela de seu partido: Eduardo Campos.

Por isso, ao que se imagina, a reação do PSB - ou Palácio Anchieta -, diante de toda a movimentação política, veio através dos números do Futura.

A pesquisa mostra que o senador Magno Malta (PR) não é ameaça, como se imaginava, e que, para crescer seu potencial, dependerá de ampla aliança - o que é pouco provável de acontecer.

No PMDB, o estrago foi maior. O diagnóstico do cenário eleitoral joga um balde de água fria nas intenções de Ricardo Ferraço (PMDB), que não aparece competitivo. Com isso, os planos peemedebistas para a majoritária podem considerar Hartung em detrimento de Ricardo.

Pior: pode crescer e se fortalecer no PMDB a ala que está decidida a apoiar a reeleição de Casagrande.

Para o PT, que tem Dilma Rousseff e uma vaga no Senado como prioridades principais, restam prosseguir com o discurso amigável e monitorar o cenário, para a difícil tarefa de conseguir a vitória de Dilma no estado.

Já Casagrande conseguiu um prazo para respirar e ganhar fôlego para o ano eleitoral.




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