A pesquisa feita pelo Instituto Futura, publicada no domingo (03/11),
identificou que o governador Renato Casagrande (PSB) venceria as eleições no
primeiro turno e superaria (dentro da margem de erro), até mesmo, o
ex-governador Paulo Hartung (PMDB) em um hipotético segundo turno.
Embora seja cedo para as avaliações, a divulgação dos números eleitorais
ocorreu no momento ideal para os socialistas, que percebiam uma movimentação
contrária do PMDB e PT.
Um posicionamento firme do PSB soaria hostil, aceleraria uma possível
dobradinha entre PMDB e PT e reduziria o leque de apoio em torno do projeto de
reeleição de Casagrande.
Para anular quaisquer intrigas, o próprio governador Casagrande deu o
tom, dizendo incansavelmente que a antecipação do debate eleitoral era um
equívoco, indo de encontro à pré-candidatura à presidência (embrionária) da
maior estrela de seu partido: Eduardo Campos.
Por isso, ao que se imagina, a reação do PSB - ou Palácio Anchieta -,
diante de toda a movimentação política, veio através dos números do Futura.
A pesquisa mostra que o senador Magno Malta (PR) não é ameaça, como se
imaginava, e que, para crescer seu potencial, dependerá de ampla aliança - o
que é pouco provável de acontecer.
No PMDB, o estrago foi maior. O diagnóstico do cenário eleitoral joga um
balde de água fria nas intenções de Ricardo Ferraço (PMDB), que não aparece
competitivo. Com isso, os planos peemedebistas para a majoritária podem
considerar Hartung em detrimento de Ricardo.
Pior: pode crescer e se fortalecer no PMDB a ala que está decidida a
apoiar a reeleição de Casagrande.
Para o PT, que tem Dilma Rousseff e uma vaga no Senado como prioridades
principais, restam prosseguir com o discurso amigável e monitorar o cenário,
para a difícil tarefa de conseguir a vitória de Dilma no estado.
Já Casagrande conseguiu um prazo para respirar e ganhar fôlego para o
ano eleitoral.
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