quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Vice evangélico em um partido forte


Os riscos que dificultam a candidatura do deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM) a prefeito de Cachoeiro são fortes e já foram abordados aqui. Tanto que ele não afirma a sua participação no pleito e utiliza como escudo o discurso de apoio a um nome em consenso com outros partidos.

Para sair do isolamento político partidário e garantir mais eleitores, Ferraço articula para ter um vice evangélico, uma vez que ele sempre encontrou restrições na igreja católica. Durante entrevista concedida ao programa Jogo da Verdade, da rádio Cultura, de Castelo, na quarta (31/08), ele citou três vezes o nome de Rogério Glória, que é irmão do vereador Fábio Mendes Glória (PMDB).

Theodorico enalteceu Rogério, dizendo ser ele uma pessoa “religiosa e de caráter exemplar”. E complementou que seria excelente se o PMDB ou o PR o agasalhassem. Ou seja, Ferraço quer a proximidade com o PMDB para não se opor ao filho, o senador Ricardo Ferraço (PMDB), e o PR para abraçar os evangélicos e ser abraçado nas urnas. Rogério é evangélico.

E essa construção não é impossível. O PMDB busca no meio empresarial um nome para lançar como candidato a prefeito, pois muitos peemedebistas não acreditam na candidatura do deputado Camilo Cola (PMDB), embora ele seja pré-candidato. E, enquanto isso, aguardam por Abel Santana (PV). Mas, se o partido não tiver um nome, pode ocorrer de apresentar um vice a Ferraço.

Abel
Durante a entrevista a Cezar Nemer, Ferraço disse não saber se apoiaria Abel caso este se filiasse ao PMDB. O silêncio, segundo o deputado, foi em respeito ao fato de Santana estar em outro partido; o que não ocorre com Rogério Glória.

Na mesma entrevista, o demista fez uma observação interessante, deixando subentendido que se Abel continuar no PV ele pode perder a oportunidade de ser cabeça de chapa no pleito seguinte.

Ferraço evidenciou que o PV “está de galope” no atual governo cachoeirense, ocupando secretarias; e integrantes da executiva estadual também fazem parte do governo de João Coser (PT), em Vitória. “A não ser que o PT lance Abel”, suspeitou Ferraço.
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

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