terça-feira, 2 de novembro de 2010

Luiz Paulo teve mais coragem que Serra


O fato de Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB) não ter atacado o governo de Paulo Hartung (PMDB) é mais compreensível que José Serra (PSDB) não ter atacado a administração de Lula (PT). Na verdade, a covardia de Serra não justificava nem mesmo o seu ingresso como candidato; era melhor ter permanecido como governador de São Paulo: mais honroso terminar o mandato do que tentar engabelar o povo para se mostrar uma continuidade de Lula, sem a hombridade de se assumir oposição.

Luiz Paulo é amigo pessoal e de militância de Hartung há mais de duas décadas. O PSDB participou efetivamente do atual governo estadual e só deixou de caminhar junto porque os ventos políticos os separam. Contudo, a administração hartunguiana tem o DNA tucano, mais que o petista.

Ficar fora do guarda-chuva de Hartung era uma situação óbvia de completo desfavorecimento político para Velloso. Imagino que o único momento em que o tucano imaginou que poderia dar a volta por cima foi quando aconteceu a famosa reviravolta política. Na época, muitos – inclusive eu – previam que as consequências da mudança favoreceriam Luiz por conta da tamanha insatisfação que gerou no mercado político; principalmente no PDT e PR. Só não aconteceu por causa da habilidade do governador e da ausência de revolta de Ricardo Ferraço (PMDB).

Na campanha, Luiz Paulo atacou seu adversário Casagrande (PSB) e poupou Hartung, tanto por sua imensa popularidade como por sua estreita relação política e de fidelidade. Já Serra não tinha nenhum vínculo com Lula. Pelo contrário, ele e seu partido sempre foram rivais. Por isso, foi covarde por não ser o que é.

Retornando a Luiz Paulo, devo registrar aqui o seu partidarismo e militância. Ele fez o que Serra temeu: gritou em todo lugar onde ia contra o PT e também em desfavor a Lula. Para mim, é um político corajoso, que, já consciente da derrota, não deturpou sua ideologia para fazer falsa média e conquistar eleitores com discursos maquiados.

Luiz perdeu, mas pode seguir com a cabeça erguida, pois não se ‘submeteu’ a pintar algumas penas do tucano de vermelho, nem de verde no 1º turno. Foi derrotado também (não só por isso, é óbvio) por se dedicar mais a Serra do que à sua própria candidatura. Um guerreiro que faltou ao PT do Espírito Santo (com justa exceção de Magno Malta - PR).


Um comentário:

  1. Gostaria de entender melhor, ou embasados em que, os senhores formam suas opiniões. Os Velosos(Mãe e filho) são politicamente, sempre derrotados. O carisma (sempre muito cobrado pelo eleitor menos esclarecido)deles é nulo. Eu os verei sempre derrotados. Notadamente, resta ao filho(da mãe que já era!) um percentual minimo de votos, dado certamente, por eleitors do seu grupo social. Quanto à votação em Cachoeiro para Presidente, lamento a performance das nossas urnas. A Atenas(?) foi mal! Sugiro novo nome para integrar a lista dos futuros candidatos a Prefeito de Cachoeiro: Zé Serra! Cachoeiro ama Zé Serra! Pior: ele topará. Saudações.

    2 de novembro de 2010 19:02

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