quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Independência dos projetos


O vice-prefeito Abel Santana (PV) briga com o prefeito Carlos Casteglione (PT). Essa afirmação - que não é minha - repercutiu em Cachoeiro de Itapemirim nesta semana. Porém, só faltou um detalhe: a verdade.

Em conversa com o próprio Abel (o mínimo a se fazer antes de publicar uma informação), constatei que ele estava surpreso e chateado com a notícia, que, como afirma, não é verdadeira. Ou seja, a relação dele com Casteglione é a mesma que os uniram para disputar as eleições municipais de 2012.

Uma coisa é certa: ele vai deixar a Secretaria de Saúde. Desde quando Abel surgiu no cenário político cachoeirense em 2010, creio que ninguém duvidou (ou não enxerga ainda hoje) que a sua pretensão é ser prefeito de Cachoeiro.

Para isso, tem que se cacifar politicamente. E uma avaliação prévia face à meta pretendida é passar novamente pelo crivo da população nas eleições de 2014. E para concorrer ao pleito do ano que vem, terá, conforme exige a legislação eleitoral, que se desincompatibilizar da secretaria até março.

Apesar do sonho, Santana faz parte do planejamento do PV. Abel não é e nunca foi projeto do PT, naturalmente. As forças petistas estão voltadas para aqueles que compõem os seus quadros. E assim acontece com o PMDB, DEM, PSB e quaisquer outros partidos.

Impossível que nenhum petista sabia da vontade de Abel em ser prefeito. Embora seja o desejo de muitos que ele desista de ser candidato a deputado estadual para não atrapalhar a reeleição do deputado Rodrigo Coelho (PT), ninguém terá a arrogância em desrespeitar o projeto alheio.

A aliança administrativa permanece entre os dois personagens e os dois partidos. Quanto aos projetos políticos, cada partido tem o seu. Para que ocorra o cruzamento de interesses ou a desvinculação de ideais basta o diálogo. Mas, a independência de cada sigla jamais deve ser ignorada; afinal cada filiado sabe do suor e do sofrimento para construir um projeto vitorioso.

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