A insatisfação com a atual gestão
em Muqui, liderada pelo prefeito Nicolau Esperidião (PSB), pode ser constatada
a partir da quantidade de candidaturas registradas no município. Por lá, são
cinco concorrentes, sendo que o ex-prefeito frei Paulão (PSB) substituiu o
titular, que preferiu não tentar a reeleição – por motivos óbvios.
A administração de Nicolau
conseguiu desagregar o grupo de partidos aliados e transformou parceiros de
primeira hora em adversários políticos. A missão de Paulão foi trazer para o ‘aconchego’
esses parceiros, porém o sucesso passou longe.
Esta tentativa fracassada de
reagregar o grupo mostra que a revolta de algumas siglas não era apenas
direcionada às atitudes de Nicolau, mas também às ações – ou falta delas – de Paulão.
Afinal, o atual mandato é fruto de sua indicação e empenho.
Até o dia 7 de outubro, o
socialista tem nova missão: tentar reagregar os seus antigos eleitores. E não
será tarefa fácil, considerando que a sua votação sofreu queda no município
durante a gestão de Nicolau, vide as eleições de 2010, quando ele tentou vaga
na Assembleia Legislativa.
Agora, ele tem quatro obstáculos
pela frente, sobressaindo aos olhos dos eleitores muquienses e impedindo-os de
enxergar mudanças necessárias na cidade sob um novo comando de frei Paulão.
Os candidatos Aluízio Filgueiras
(PSDB), Claudiomar (PHS), Ronie Von (PSDC) e Short (PDT) batem firmemente nos
baixos índices da saúde e educação, falta de saneamento básico em algumas localidades
e ainda nos transtornos e engessamento que causam o decreto do Patrimônio
Histórico.
Reforçam que Paulão foi
secretário estadual e não conseguiu junto ao governador Renato Casagrande, de
seu partido, nem um Campo Bom de Bola e nem incluiu uma via sequer no programa
Caminhos do Campo.
Os adversários do ex-prefeito
socialista plantam em cada esquina que as deficiências nos referidos setores
surgiram durante os oito anos que Paulão governou o município. E associam a
atual gestão a ele; ficando, assim sendo, 12 anos de administração. Sem dúvida,
isso pesa na cabeça do eleitor, que fica desacreditado em ações benéficas,
afinal não faltou tempo para fazer o que propõe.
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