terça-feira, 14 de agosto de 2012

Frei Paulão em maus lençóis


A insatisfação com a atual gestão em Muqui, liderada pelo prefeito Nicolau Esperidião (PSB), pode ser constatada a partir da quantidade de candidaturas registradas no município. Por lá, são cinco concorrentes, sendo que o ex-prefeito frei Paulão (PSB) substituiu o titular, que preferiu não tentar a reeleição – por motivos óbvios.

A administração de Nicolau conseguiu desagregar o grupo de partidos aliados e transformou parceiros de primeira hora em adversários políticos. A missão de Paulão foi trazer para o ‘aconchego’ esses parceiros, porém o sucesso passou longe.

Esta tentativa fracassada de reagregar o grupo mostra que a revolta de algumas siglas não era apenas direcionada às atitudes de Nicolau, mas também às ações – ou falta delas – de Paulão. Afinal, o atual mandato é fruto de sua indicação e empenho.

Até o dia 7 de outubro, o socialista tem nova missão: tentar reagregar os seus antigos eleitores. E não será tarefa fácil, considerando que a sua votação sofreu queda no município durante a gestão de Nicolau, vide as eleições de 2010, quando ele tentou vaga na Assembleia Legislativa.

Agora, ele tem quatro obstáculos pela frente, sobressaindo aos olhos dos eleitores muquienses e impedindo-os de enxergar mudanças necessárias na cidade sob um novo comando de frei Paulão.

Os candidatos Aluízio Filgueiras (PSDB), Claudiomar (PHS), Ronie Von (PSDC) e Short (PDT) batem firmemente nos baixos índices da saúde e educação, falta de saneamento básico em algumas localidades e ainda nos transtornos e engessamento que causam o decreto do Patrimônio Histórico.

Reforçam que Paulão foi secretário estadual e não conseguiu junto ao governador Renato Casagrande, de seu partido, nem um Campo Bom de Bola e nem incluiu uma via sequer no programa Caminhos do Campo.

Os adversários do ex-prefeito socialista plantam em cada esquina que as deficiências nos referidos setores surgiram durante os oito anos que Paulão governou o município. E associam a atual gestão a ele; ficando, assim sendo, 12 anos de administração. Sem dúvida, isso pesa na cabeça do eleitor, que fica desacreditado em ações benéficas, afinal não faltou tempo para fazer o que propõe.

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