quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Caminho do ataque é perigoso


Após a veiculação da primeira propaganda eleitoral, este colunista registrou que o candidato a prefeito de Cachoeiro, Glauber Coelho (PR), estava atacando a gestão do adversário, sendo que tal estratégia comumente é utilizada por aqueles que estão atrás nas pesquisas de intenção de voto. E não é o caso do republicano, que, mesmo sendo pequena a diferença, lidera.

Imaginei uma campanha fazendo um balanço de seus mandatos e atuações nas cinco secretarias municipais. Na última, que foi a de Saúde, tive a oportunidade de acompanhar e sei que fez um belo trabalho, embora a saúde no país seja sempre um desafio.

Pensei também em uma estratégia mais voltada para os seus projetos e propostas; para a materialização daquilo que Glauber, como gestor, pensa para Cachoeiro a curto, médio e longo prazo.

Os problemas da cidade estão e sempre estiveram aí e todos sabem. Alguns gestores fizeram mais e outros menos, e a avaliação também é do eleitor. Se hoje o candidato do PR lidera as pesquisas é porque, obviamente, este público não está satisfeito com a condução de Casteglione. Seria então o melhor caminho mostrar o trabalho a ser realizado, num possível mandato, mostrando que não há tempo nem para pensar no que supostamente deu errado.

E nesses ataques à gestão petista Glauber pode se complicar e afastar de si os indecisos. Primeiro porque ninguém acreditará que os pontos negativos na cidade tiveram início nesses quase quatro anos. Segundo, que ele não poderá avançar nos ataques, já que, à medida que retroceder, atingirá aos ex-prefeitos Roberto Valadão (PMDB), Theodorico Ferraço (DEM) e José Tasso (PMDB) – todos seus apoiares. Seria o verdadeiro tiro no pé.

E há uma última questão: olhando para frente e apresentando as suas propostas, a campanha abre espaço e a oportunidade para o eleitor avaliar somente o seu potencial, equilibrando com aquilo que ele mesmo mede a respeito da atual gestão. Atacando, a margem é estendida para uma avaliação alheia, seguida de comparação. E é aí que mora o perigo: será que a administração de Casteglione é tão ruim como diz?

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