Todas as intempéries e os
diversos quilômetros de caminhadas as quais se submetem os políticos que tentam
mandato têm que ser também um enfrentamento do prefeito Edival Petri (PSDB) nas
eleições deste ano. E essa dedicação constante é necessária para fazer o seu
sucessor no município, na pessoa de Renato Lorencini (PSB), já que o pleito
segue empatado.
De acordo com a pesquisa
eleitoral realizada pelo Instituto Ipeses, por encomenda do jornal Aqui
Notícias, o candidato da oposição Marquinhos (PTB) e Lorencini estão no mesmo
patamar, no que diz respeito às intenções de voto dos eleitores anchietenses, a
considerar a margem de erro de 5%.
A aprovação popular do prefeito
Edival Petri é alta na cidade, e, sem dúvida, ele venceria estas eleições, caso
fosse o candidato. Mas, não é o caso. Como consta na pesquisa, além do empate
técnico, Renato carrega consigo uma rejeição superior a de Marquinhos, que tem
mais estrada.
Cabe destacar que Renato chefiou
a pasta de Infraestrutura na gestão de Petri, coordenando investimentos da
ordem de R$ 100 milhões. Dois fatores podem justificar a sua rejeição:
primeiro, o pouco tempo para se tornar conhecido no município – o que demonstra
que o sucessor não foi escolhido em tempo hábil -; segundo, a fixação da
rejeição do próprio governo.
Porém, o caminho se mostra livre
para os dois candidatos, pois a pesquisa diagnosticou que quase a metade
(43,9%) dos 367 entrevistados não rejeita nenhum dos dois. Porém, existe um
sério agravante para o petebista: a influência do prefeito na decisão de voto
dos eleitores de Anchieta. A pesquisa apontou que 50,8% votam em um candidato apoiado
por Edival.
Como registrado no início do
texto, Edival tem que caminhar e pedir voto como se fosse ele o candidato, no
que diz respeito ao empenho. A apresentação de Renato e a associação da imagem
do prefeito ao candidato podem ser o caminho para abrir uma frente de vantagem
e reduzir a rejeição.
É possível flagrar o envolvimento
do tucano na campanha de Lorencini. Afinal, chegar ao segundo mandato com o
governo aprovado por mais de 80% da população e com o poder de transferir a
metade dos votos não é um estágio alcançado por muitos políticos, por isso, é
preciso anular as chances de queda.
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