sexta-feira, 8 de julho de 2011

Efeito Marina, mesmo que na coincidência

A saída de Marina Silva do PV causou uma inevitável onda (ou marola verde) de desfiliações dentro do partido. Em alguns casos, a desvinculação nada tem a ver com a decisão daquela que foi candidata a presidente da República, mas o motivo forçou a coincidência.

A briga de forças pelo comando do PV nacional foi uma das razões que levaram à desfiliação de Marina. No Espírito Santo, ainda no ano passado, Guerino Balestrassi deixou a sigla. Na capital secreta, o excesso de individualidade em detrimento de um projeto à altura para Cachoeiro também desagrada alguns membros.

Zé Antônio do Village obteve 812 votos pelo PV em 2008. Insatisfeito nos quadros do partido, pediu a desfiliação e já faz parte do PSB. A sigla ainda tem nomes fortes, além dos dois vereadores Julio Ferrari – presidente da Câmara -, e Tenente Moulon – secretário de Serviços Urbanos.

Falando no presidente, vale sublinhar a guerra – de cunho pessoal – que há dentro do PV. Julio e o presidente do Sindimunicipal, Jonathan Willian, por pouco não partiram para as vias de fato em evento no teatro Rubem Braga, promovendo um episódio vexatório. Inclusive, esse é um dos motivos de a Casa de Leis sustentar a manutenção de ataques ao sindicato, sendo que não tem atribuições legais para investigá-lo.

Não sei se o fato de ser presidente da Câmara garante a reeleição. Em 2008, Ferrari foi o vereador com a menor votação (1.232). Sendo assim, deve trabalhar dobrado caso queira permanecer no legislativo. A situação de Moulon (1.826 votos) pode ser mais favorável, já que uma secretaria colabora demasiadamente para a ampliação do capital eleitoral; desde que haja satisfação da população.

Sem mandato, podemos destacar mais três nomes do PV: Jonas Nogueira, que teve 1.181 votos; Índio, 1.038; e Marcos Santos, com 714.

Para encerrar, existe a real possibilidade de o PV perder um grande nome. E isso a partir da movimentação de alguns quadros na direção de ter candidatura própria. Ou seja, enquanto uns esbravejavam e batiam o pé contra uma composição sem a garantia da cabeça de chapa, parece que o partido só tinha olhos para os cargos na administração. O horizonte verde não mudará, mas os personagens, sim; antes de setembro.

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