quinta-feira, 12 de maio de 2011

Glauber pode herdar votos de Ferraço

Nos bastidores, existe a conversa de que o presidente estadual do PT, Givaldo Vieira, teria dialogado com o deputado Glauber Coelho (PR) sobre as eleições de 2012. Imagina-se que, caso o encontro tenha acontecido, Givaldo tenha solicitado para que o republicano não entrasse na disputa pela prefeitura de Cachoeiro, garantindo apoio em 2016.

Só que o ingresso ou não de Glauber no próximo pleito não passa por ele e sim pelo senador Magno Malta, que é o mentor do PR no estado. E Magno tem motivos de sobra para desejar a prefeitura de Cachoeiro: inimizade política (com teor de vingança) com o atual prefeito Carlos Casteglione (PT) e incompatibilidade política com o deputado Theodorico Ferraço (DEM).

Glauber pode se aproveitar de dois pontos que enfraquecem seus principais adversários: o isolamento político de Ferraço e a má avaliação de Casteglione. Coelho segue em ascendência nas últimas eleições. Foi o vereador mais votado em 2008 e se elegeu deputado estadual em 2010. Sem dúvida, está no colo dos eleitores.

Já no meio político, nem tudo será flores. Glauber não é tido como confiável entre as lideranças políticas locais, por isso pode ter sérias dificuldades para formar grupo; sem contar que a maioria dos partidos pode seguir a orientação do Palácio Anchieta, mesmo que no comando petista.

O que poderá sustentar uma eventual candidatura de Glauber é a aliança com os partidos pequenos, que têm o carimbo de Magno, tais como PSC e PRB. O alicerce principal é o eleitorado evangélico, somado ao conquistado por Coelho e Magno no município – o que não é pouco.

Com Glauber no ‘páreo’, não acredito no ingresso de Ferraço nas eleições. É derrota anunciada. Caso Ferraço desista, Coelho pode herdar boa parte dos votos ferracistas, por ser o único menos distante de sua marca; talvez por já ter atuado em seu governo. Enquanto a Casteglione, tudo ainda pode acontecer. 

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