terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Retorno das férias

Olá. Após férias de 15 dias, retorno com a atualização deste blogue. Para retomar as atividades por aqui, neste ano, irei republicar artigo escrito no jornal Folha do Caparaó, na edição desta terça-feira (18/01).

Em tempo: feliz ano novo a todos!

Segue:


PT e PMDB na capital secreta

Leandro Moreira

O PT de Cachoeiro de Itapemirim articula o crescimento de seu grupo político, para não cair no isolamento. O prefeito Carlos Casteglione (PT) foi eleito em 2008 na coligação composta pelo PR, PRB e PSC. Todas essas siglas tiveram momentos conflituosos com o governo cachoeirense, e apenas o PSC restou como aliado, considerando a parceria nas últimas eleições.

Para viabilizar condições de disputar a reeleição em 2012, os petistas terão que fortalecer o seu grupo político para evitar um grande número de candidatos e polarizar, desde já, o embate com o suposto concorrente, o deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM). Vale ressaltar que se Casteglione e o demista forem personagens no próximo pleito, quanto mais candidatos será, teoricamente, pior para o petista, que poderá ter os 49.698 votos obtidos em 2008 divididos com os demais. Já o ex-prefeito tem cerca de 30 mil votos cativos.

De acordo com os bastidores, o PT pode retomar a parceria com o PV, que saiu da base aliada no ano passado, quando os dois vereadores pevistas se comportavam como oposição ao governo. Como contrapartida, os verdes poderão ganhar duas secretarias no palácio Bernardino Monteiro. Claro que isso não quer dizer que as duas siglas estarão juntas também nas eleições, mas, desta forma, a probabilidade é maior.

Outro partido, de grande expressão, que está sendo cobiçado pelos petistas é o PMDB. Agremiação política com o maior número de filiados no município, e aliado em nível nacional, o PMDB pode ser um parceiro importante para o PT. Inclusive, com diálogo após possível entendimento, pode ser descartada a suposta intenção dos peemedebistas lançarem candidato em 2012.

No entanto, o PT encontrará algumas resistências dentro do nicho peemedebista para conquistar essa parceria. Ainda no primeiro ano de governo, Casteglione participou de encontro na sede do PMDB local e lá fez crítica a gestão anterior à sua, talvez se esquecendo que a cidade era gerida pelo ex-prefeito Roberto Valadão, figura histórica do partido.

Além disso, outras pedras também foram jogadas para trás, principalmente no que envolvia a retomada das obras do PAC, do governo federal, no município. O prefeito fez questão de ressaltar que a Operação João de Bairro, realizada em Cachoeiro pela Polícia Federal, impedia o retorno das intervenções nos nove bairros locais, deixando subentendida uma suposta corrupção. Mas, o que aconteceu foi a natural morosidade para analisar a prestação de contas apresentada pela prefeitura. Inclusive, os recursos ainda não foram liberados devido à ausência de documentação que a atual administração viabiliza para obter.

Enfim, 2011 será um ano de muito diálogo político para os palacianos. É óbvio que nem tudo dependerá apenas da conversa, pois o mais importante é convencer a população por meio de uma eficiente administração. Caso os cachoeirenses avaliem bem a gestão, a maioria das siglas vai querer pegar carona na crista desta onda.

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