segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Fim de uma fase


A reeleição do prefeito Carlos Casteglione (PT) marca a transição na política cachoeirense. Sempre foi dito que as candidaturas do petista e de Glauber Coelho (PR) representavam essa passagem no tempo, mas, na verdade, somente a de Casteglione tinha essa finalidade.

Reafirmo o que já disse antes: Glauber não era um candidato ruim, simplesmente foi traído pelas circunstâncias. Em 2008, Casteglione venceu o então candidato Theodorico Ferraço (DEM), que não tinha a preferência da maioria dos cachoeirenses desde 2004, quando seu candidato Jathir Moreira foi derrotado por Roberto Valadão (PMDB), que também perdeu na eleição seguinte.

O ex-deputado estadual José Tasso sangrou à época que esteve na Assembleia Legislativa com denúncias de improbidade, sem contar que é mais um personagem do rodízio político eleitoral em Cachoeiro.

Respeito também a contribuição de todos os ex-prefeitos para a cidade, porém é comum à população renovar suas lideranças. Não há dúvidas que Glauber Coelho seria ‘o novo’ nestas eleições, tanto que o próprio PT temia uma candidatura sua - preferia a de Ferraço.

Porém, a candidatura de Coelho perdeu o rótulo de ‘novo’ e acabou por representar o ‘bloco dos ex-prefeitos’, cuja rejeição pode ter pesado em sua derrota. Por isso, a sua vitória não representaria uma transição.

Do outro lado, Casteglione, que tinha um mandato desgastado – mediante algumas pesquisas -, conseguiu fôlego novo ao ter como vice-prefeito o médico Abel Santana (PV). Além disso, muitos eleitores mediram o quadro eleitoral com o que foi feito nos quase quatro anos desta gestão com o que os ex-prefeitos deixaram de fazer.

Enfim, eis que vivemos a transição política em Cachoeiro. Até porque, caso Glauber Coelho tente a prefeitura em 2016, não tenho certeza se ele desejará os mesmos apoios conquistados neste pleito; e duvido que algum ex-prefeito se aventure a tentar voltar à prefeitura.

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