A reeleição do prefeito Carlos
Casteglione (PT) marca a transição na política cachoeirense. Sempre foi dito
que as candidaturas do petista e de Glauber Coelho (PR) representavam essa
passagem no tempo, mas, na verdade, somente a de Casteglione tinha essa
finalidade.
Reafirmo o que já disse antes:
Glauber não era um candidato ruim, simplesmente foi traído pelas
circunstâncias. Em 2008, Casteglione venceu o então candidato Theodorico
Ferraço (DEM), que não tinha a preferência da maioria dos cachoeirenses desde
2004, quando seu candidato Jathir Moreira foi derrotado por Roberto Valadão
(PMDB), que também perdeu na eleição seguinte.
O ex-deputado estadual José Tasso
sangrou à época que esteve na Assembleia Legislativa com denúncias de
improbidade, sem contar que é mais um personagem do rodízio político eleitoral
em Cachoeiro.
Respeito também a contribuição de
todos os ex-prefeitos para a cidade, porém é comum à população renovar suas
lideranças. Não há dúvidas que Glauber Coelho seria ‘o novo’ nestas eleições,
tanto que o próprio PT temia uma candidatura sua - preferia a de Ferraço.
Porém, a candidatura de Coelho
perdeu o rótulo de ‘novo’ e acabou por representar o ‘bloco dos ex-prefeitos’, cuja
rejeição pode ter pesado em sua derrota. Por isso, a sua vitória não
representaria uma transição.
Do outro lado, Casteglione, que
tinha um mandato desgastado – mediante algumas pesquisas -, conseguiu fôlego
novo ao ter como vice-prefeito o médico Abel Santana (PV). Além disso, muitos
eleitores mediram o quadro eleitoral com o que foi feito nos quase quatro anos
desta gestão com o que os ex-prefeitos deixaram de fazer.
Enfim, eis que vivemos a
transição política em Cachoeiro. Até porque, caso Glauber Coelho tente a
prefeitura em 2016, não tenho certeza se ele desejará os mesmos apoios conquistados
neste pleito; e duvido que algum ex-prefeito se aventure a tentar voltar à
prefeitura.
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