segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Incoerência parece distanciar candidatura

O deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM) sempre optou pelo silêncio às vésperas de eleições. E mesmo quando se manifestava, preferia fazer rodeios, mas jamais acusava o seu verdadeiro propósito.


Pelo o que se vê e se ouve, parece que o demista não é mais o mesmo. Talvez a derrota para o PT em 2008 tenha lhe inspirado outros comportamentos nestes períodos pré-eleitorais. Ou então tantos anteprojetos significam a sua permanência na Assembleia Legislativa.

Sua primeira manifestação de cunho eleitoral foi em meados deste ano, quando, na sede do PMDB, lançou dúvida de sua participação no pleito próximo, afiançou que havia 99% de chances de apoiar uma candidatura peemedebista e confidenciou sua relação estreita com o senador Magno Malta (PR).

O apoio à candidatura alheia não fez brilhar os olhos de ninguém. Afinal, imagino que Ferraço tenha dado essa garantia por saber que o PMDB não tinha nomes. Já a relação com Magno é óbvia: o não ingresso do deputado estadual Glauber Coelho (PR) nas eleições.

O discurso hospitaleiro e respeitoso de Ferraço para Magno tinha os dias contados, principalmente para quem sempre ouviu nos bastidores que o republicano também tem Cachoeiro como prioridade e que o objetivo era derrubar ‘dois coelhos com apenas uma cajadada’ – ditado que se faz irônico.

Isolado politicamente, Ferraço se acomodou no grupão, com mais de 15 partidos, que tem o objetivo de construir um projeto para Cachoeiro, sem a participação do PT. Só que pelas últimas declarações do demista à imprensa local sua estada no grupo também pode estar com os dias contados.

O ex-prefeito expôs o desentendimento com o senador Magno e revelou que não há mais conversa com o PR. Obviamente, isso significa que os republicanos não se curvaram às reivindicações ferracistas e reafirmaram a participação na disputa pela prefeitura sendo Ferraço aliado ou adversário.

Conhecedor de seu prestígio político, Ferraço, na mesma declaração à imprensa, disse que pode até mesmo abrir o diálogo com o PT em detrimento ao PR. Certo que a política em si não é feita de muita coerência; porém a incoerência dos últimos discursos do deputado é memorável.

Esse mais novo posicionamento de Ferraço pode lhe trazer sérios prejuízos eleitorais. Pode muito bem o PT não lhe abrir as portas, publicamente. E nem motivo tem para isso. Quem manifestou a vontade de dialogar é o mesmo que sustenta processos de supostos crimes eleitorais contra o governo petista e chegou a sugerir na Assembleia a criação de projeto que proíba o governo do Estado de repassar recursos a Cachoeiro.

Ao encontrar a porta fechada, há de querer retornar ao grupo que não tem afinidades com o PT. Pode também encontrar resistência por lá. Sem a máquina e a igreja católica e ainda sem o apoio evangélico que ora junto com Magno, Ferraço pode ver surgir uma polarização entre Casteglione e Glauber. Talvez, ser candidato a prefeito novamente nunca fora a intenção dele.

2 comentários:

  1. A política reserva muitas conexões sem lógica - seria a de Ferraço entrar em negociações com o PT.

    Sinceramente, não acredito em aceitação de apoio ou o que for pelo governo petista, que se mostra estável e consolidado com as atuais alianças. Possui autonomia e lideranças bem definidas, e sob um prisma econômico-financeiro se mostra próspero. Mantém suas contas em equilíbrio. Além do mais, não se fala em escândalos políticos, denúncias de corrupção. As que apareceram o tempo e as impugnações mostraram serem vazias.

    Cumpre lembrar o desfazimento dos laços entre o PT e o PR na cidade, o que resultou na exoneração de dezenas de servidores públicos. Mostra certa autosuficiência.

    Possui prestígio em várias localidades, em razão, em grande parte, do cumprimento das obras do orçamento participativo - deu voz à população. Fora isso, contempla as comunidades com com programas e pequenas obras há muito esperadas, prometidas e não cumpridas.

    Entretanto, como dito, algumas coisas na política se mostram ilógicas. Algo pode acontecer, não se pode duvidar, e com o transcorrer do tempo as explicações aparecerão.

    ResponderExcluir
  2. O Jornal Rede Sul(Anchieta,Marataizes e Kennedy), fez um levantamento com conhecimento da justiça eleitoral e Ministério Publico e tudo leva para o Deputado Glauber Coelho que se tiver a humildade de buscar o fator decisivo nessas eleições na terra do Rei leva só não pode espera Casteglione ir buscar este fator decisivo , ocupa cargo de destaque no Governo CASAGRANDE é querida e amada por uma parcela de classe D se eles não buscarem e ela for candidata pode surpreender até por que mulher tá na moda alem disso ela é competente.

    ResponderExcluir